NOSSAS EXPERIÊNCIAS: 2012-01-15

21 de jan. de 2012

Pais ausentes, pedófilos presentes
Se você tem filhos, fique alerta, foi constatada a existência de 40 mil sites de pedofilia. 80% deles têm finalidade puramente comercial e, lamentavelmente, expõem fotos de pornografia infantil. Veja o ranking de países sujeitos a esse problema:

1) Rússia

2) Coréia do Sul

3) EUA

4) Brasil.

Em nosso país o foco principal da prática de pedofilia são os sites de relacionamentos e salas de bate-papo. As polícias civil e federal, bem como alguns congressistas do Senado, estão promovendo investigações. Pedofilia é um transtorno da sexualidade, caracterizado pela formação de fantasias sexualmente excitantes e intensas de adultos por crianças pré-púberes, geralmente com 13 anos ou menos. O perfil do pedófilo que age na Internet, é de homem entre 30 e 45 anos, solteiro, que mora sozinho, faz parte das classes A, B, e C e tem bom poder aquisitivo. Trata-se de pessoa reservada e insegura, com dificuldade em manter relações afetivas por muito tempo e que, em alguns casos, cansou de consumir pornografia adulta, migrando para a pedofilia. O problema é grave e cabe aos pais e professores orientarem as crianças no trato com computadores e na utilização da internet. Algumas dicas são fundamentais:

a) Crianças até 10 anos não devem ter acesso à internet.

b) Menores de 14 anos não devem ter câmera e microfone ligados ao computador.

c) Estipule tempo e regras para seu filho utilizar o computador diariamente. Lembre-se que internet pode causar dependência em caso de utilização excessiva.

d) Estabeleça que seu filho use o computador somente após ter feito a lição de casa.

e) É deveras importante que os pais utilizem programas conhecidos como "filtros", que bloqueiam o acesso à determinadas páginas da internet, tais como: prostituição, pornografia, jogos violentos, pedofilia, etc.

f) Os horários das refeições são uma ótima oportunidade de confraternização entre pais e filhos. Portanto, habitue as crianças a se afastarem do computador, jogos eletrônicos e televisão durante esse período. Se os pais estiverem ausentes, um pedófilo pode se fazer presente na intimidade de crianças e adolescentes.

fonte: tudosobreseguranca.com.br

20 de jan. de 2012

Futuro ferido

Cresce o número de denúncias
contra pais que espancam ou
violentam os próprios filhos,
um mal que atinge 500 000
crianças por ano no país
Marcelo Carneiro
Aline tem apenas 7 anos. Aos 6 enfrentou um demorado interrogatório. Sozinha, em depoimento a dois promotores e um juiz de menores do Rio de Janeiro, contou em detalhes como seu pai a dopava com tranqüilizantes e, no banco traseiro de um carro, dava início a uma interminável sessão de sevícias sexuais. Felipe, de 12 anos, ouviu dezenas de vezes sua mãe dizer que queria vê-lo morto. Só acreditou quando, num ataque de fúria, ela tentou asfixiá-lo. Fugiu de casa e hoje vive em um abrigo para menores. Márcio, 8 anos, filho do guarda municipal Valdemir Santos Cerqueira, não conseguiu escapar. Recusou-se a fazer um dever de casa e foi morto a golpes de cano de PVC, que provocaram fraturas em duas vértebras e hematomas nos braços, pernas e costas. Essas três histórias de violência, todas reais, têm um elemento ainda mais aterrador. Seus protagonistas jamais haviam praticado algum crime antes de espancar ou violentar os próprios filhos. São pessoas que, ao menos de longe, chamamos de normais – daquelas que levam as crianças para passear no parque e participam das festinhas da escola. Um deles possuía curso superior e trilhava uma carreira profissional em ascensão.
Agredir uma criança é um ato tão abominável que não encontra tolerância nem mesmo no submundo do crime. Os presídios têm celas especiais para assassinos ou violentadores de menores. Se o agressor tiver um laço de sangue com a vítima, sua chance de sobrevivência na cadeia diminui inapelavelmente. Criminosos desse tipo costumam ser minoria, mas isso não significa que as crianças brasileiras estejam livres de atrocidades cometidas pelo pai, padrasto, tia ou avó. Estatísticas americanas – os Estados Unidos são, de longe, o país que mais produz dados sobre o assunto – indicam que, em todo o mundo, pelo menos 1% da população de crianças e adolescentes de cada país sofre algum tipo de violência doméstica. No Brasil, que tem quase 50 milhões de crianças até 14 anos, isso significa 500.000 casos ao ano. Ou quase um por minuto. O detalhamento desses números reunidos pelas organizações não-governamentais brasileiras (ONGs) de apoio a vítimas de maus-tratos é ainda mais dramático: uma em cada três crianças espancadas tem 5 anos ou menos, muitas delas são recém-nascidas. Estima-se também que, em 70% dos casos, o agressor seja mãe ou pai biológico. O retrato pintado pelas ONGs é assombroso, mas também há exemplos de sobra para mostrar que o uso da força por parte de um adulto contra uma criança indefesa já não encontra a complacência de antigamente. Nos casos relatados no início desta reportagem nenhum dos espancadores ficou impune. Rompendo um muro de silêncio que costuma encobrir o que ocorre dentro de casa, foram denunciados por parentes, amigos e vizinhos e agora respondem na Justiça por seus atos. Em São Paulo, o Laboratório de Estudos da Criança (Lacri), ligado ao departamento de psicologia da Universidade de São Paulo, acaba de concluir um estudo sobre notificações de violência doméstica, com base em denúncias encaminhadas a 78 ONGs de dezesseis Estados brasileiros. O número de registros em 1999 chegou a 6.700. Isso representa treze vezes mais que o apurado três anos antes. No Rio, a Associação Brasileira para Proteção da Infância e Adolescência (Abrapia) recebeu, durante 1998, 1.500 comunicados de maus-tratos contra 3.099 crianças. Em 1990, quando o serviço de notificação da entidade foi inaugurado, essa cifra não chegava a setenta. Em Curitiba foram registradas 23.000 denúncias contra pais agressores nos dois primeiros anos de funcionamento dos conselhos tutelares, criados com a entrada em vigor do Estatuto da Criança e do Adolescente com a função de receber as denúncias de violência contra crianças.
No fim do ano passado, a Pastoral da Criança do Paraná, ligada à Igreja Católica, também decidiu quebrar o muro do silêncio. Ao lançar a campanha Mutirão pela Paz, treinou e orientou seus 140.000 líderes comunitários em todo o paí+s para identificar todo tipo de abuso contra crianças, da simples negligência aos casos mais graves de violência sexual. Espalhados por 3.000 municípios, os líderes mantêm contatos quase diários com mais de 1 milhão de pais e mães de todas as classes sociais. "O governo, por mais que se esforce, não tem como chegar às famílias, especialmente quando o assunto é a agressão dentro de casa", explica a pediatra Zilda Arns, que há dezesseis anos dirige a pastoral. "Nosso trunfo é o trabalho voluntário, que estabelece uma relação de confiança com as vítimas."
Invasão de privacidade – O crescimento exponencial do número de denúncias contra agressores de crianças inaugura um novo ciclo no país. Até o início da década de 80, a família era intocável inclusive nos comportamentos domésticos mais negativos. Toda crítica sobre como uma pessoa educava os filhos ou tratava seu casamento era encarada como invasão de privacidade. A prática de infligir castigos corporais, também disseminada por outros países, era não apenas tolerada como até mesmo estimulada culturalmente no Brasil. No século XIX, o historiador João Capistrano de Abreu resumia em seis palavras o ambiente que cercava uma típica família brasileira do período colonial: "Pai soturno, mulher submissa, filhos aterrorizados". Fora de casa, o mundo mudou. Com o avanço das liberdades individuais e a projeção dos movimentos feministas, isso começou a ser questionado. No Brasil, a implantação das delegacias de atendimento à mulher deu voz a uma geração de mulheres brutalizadas pelos maridos. Entre os especialistas da área infantil, há a convicção de que algo parecido esteja acontecendo agora em relação aos pais agressores. É claro que crianças, diferentemente de pessoas adultas, precisam de alguém que as ajude a tirar da sombra suas histórias de crueldade. A implantação dos conselhos tutelares pelo governo e a criação de programas de denúncia de abuso por todo o país mostram que essa trilha já foi aberta.
Mas ainda existe muito a ser feito. Convencer uma criança a contar sua história de sofrimento é um trabalho que exige delicadeza, paciência e determinação. Há quem passe toda uma vida escondendo da mãe, dos irmãos, do marido e dos filhos a violência que sofreu ainda na infância. A maioria rompe esse ciclo ao chegar à adolescência, quando o abuso já vem sendo praticado há vários anos. "Passei muito tempo acreditando que meu marido era um verdadeiro pai para a enteada. Só vim a saber o que ele fazia quando minha filha tinha 17 anos. Jamais duvidei dela. As expressões que ele usava quando a violentava eram as mesmas que empregava na nossa intimidade", conta a carioca Vera, executiva do mercado financeiro. (Leia depoimentos, alguns deles com nomes fictícios.) Vera rompeu com o marido e iniciou um tratamento psicoterápico que envolve toda a família, incluindo outros dois filhos.
Nem sempre a criança encontra apoio e proteção. É comum que seu primeiro depoimento seja encarado com desconfiança. "Minha mãe nunca acreditou que eu estivesse sendo assediada, apesar de as minhas irmãs também serem atacadas, muitas vezes com violência. Decidi contar para uma professora. Foi pior. A primeira coisa que ela fez foi alertar meu pai", conta Fabiana Pereira de Andrade, 23 anos, autora do livro Labirintos do Incesto – O Relato de uma Sobrevivente. Vítima de estupro dos 10 aos 17 anos, Fabiana gerou duas filhas e só se livrou do abuso quando, em 1993, seu pai foi preso. Nos hospitais públicos, todos os profissionais são obrigados, desde 1990, a registrar os casos em que há suspeita de espancamento. Não existe, em todo o país, uma cidade brasileira que cumpra integralmente essa lei. Os conselhos tutelares, por exemplo, funcionam precariamente até mesmo nas grandes capitais. "A cada mudança de governo, os conselheiros são trocados, e o trabalho recomeça praticamente do zero", explica Claudio Augusto da Silva, vice-presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Criança.
Em boa parte dos países africanos, a polícia simplesmente ignora as denúncias de maus-tratos a menores. Na Inglaterra, uma pesquisa divulgada no início do ano mostra que metade dos pais britânicos aprova a reintrodução da punição física como método disciplinar nas escolas. Mesmo nos Estados Unidos, que há trinta anos incluíram o combate à violência doméstica infantil como política de saúde pública, as chamadas punições leves ainda não são proibidas. O castigo corporal só veio a ser banido pela primeira vez no mundo em 1979, quando a Suécia aprovou uma lei proibindo que os pais punissem fisicamente os filhos. Atualmente, apenas setes países têm leis semelhantes – Finlândia, Dinamarca, Noruega, Áustria, Chipre, Croácia e Letônia. Nesses lugares, qualquer beliscão pode ser considerado uma agressão indevida. No Brasil, o Código Penal prevê punição somente para o "castigo imoderado", eufemismo que oculta situações em que o agressor perde o controle, causando danos irreparáveis à vítima, que não tem a mínima chance de defesa. Uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz revelou que dos 105 casos de violência doméstica contra crianças registrados em 1990, em dezoito delegacias do Rio de Janeiro, apenas 25 foram transformados em inquérito policial e só um chegou aos tribunais, resultando na absolvição do acusado – trata-se de um dado antigo, mas o único produzido a esse respeito no país. Especialistas no tema estimam que esse cenário tenha melhorado de lá para cá, mas não muito.
O baixo número de pais levados à Justiça torna difícil outra tarefa dos especialistas em violência infantil: a análise do perfil do agressor. Afinal, o que leva alguém a esmurrar, violentar ou torturar psicologicamente o próprio filho? "Em geral, uma criança espancada transforma-se num adulto agressor", afirma o pediatra Lauro Monteiro, presidente da Abrapia, ONG que até o ano passado concentrou a maior parte das denúncias de maus-tratos contra menores no Rio. "Esse problema não é exclusividade de pobres, analfabetos, drogados ou doentes mentais, ainda que a maioria dos casos que chegam à Justiça seja de pessoas das classes menos favorecidas."
A ausência de qualquer distinção de classe social torna a agressão na infância um assunto mais perturbador ainda. Pior: quando o abuso sobe para a metade de cima da pirâmide social, entra em funcionamento uma rede de proteção que normalmente livra da Justiça o agressor e leva as vítimas a consultórios particulares. Felizmente, nem sempre esse modelo é seguido à risca. Instalada em Ipanema, no coração da Zona Sul carioca, a Clínica da Violência, um dos mais conceituados centros de tratamento para crianças vítimas de abuso físico e sexual, é um tormento para pais agressores de classe média para cima. Os laudos da psicanalista Graça Pizá, diretora da clínica, já foram usados no julgamento de cinco homens que tiveram o pátrio poder destituído. Há ainda dezenas de processos em andamento. A clínica atendeu 480 meninos e meninas entre 1996 e 1998. Em 55% dos casos, a vítima sofreu abuso sexual, freqüentemente seguido de violência física. Em 87% das denúncias, descobriu-se que o algoz da criança era o pai biológico. "Nos nossos prontuários de atendimento, percebemos que o agressor é alguém com curso superior", afirma a psicanalista. O fato de gente aparentemente acima de qualquer suspeita ser flagrada brutalizando um inocente e sofrer conseqüências é apenas o início do fim da violência contra crianças. Um bom caminho para acabar com a impunidade.
Com reportagem de Rachel Verano, de Curitiba
Cracolandia São Paulo e Porto alegre.

Dependentes do crack voltam a ocupar ruas do centro de São Paulo nesta sexta-feira, 13 de janeiro, conforme constatou a reportagem da TV Bandeirantes. Foram vários dias de operação da polícia para retirar os usuários desta droga das ruas centrais da cidade. Com a polêmica sobre a atuação policial e dos demais órgãos de governos, usuários retornam ao ponto de partida de toda a operação. Uma prova de que o problema pode ser mais complexo do que se imaginava.

Cracolândia na Rua Dona Eugênia – Porto Alegre * Hiram Reis e Silva
Antes, aparecia só um ou outro dependente de crack. Hoje, dos sete pacientes internados na minha clínica, que tem mensalidade de 13.500 reais, três são viciados nessa droga. Tem advogado, filósofo, professor... O poder viciante é impressionante. De cada dez pessoas que provam bebida alcoólica, uma vira dependente. Com o crack, são nove. Quem fuma não precisa de mais nada. Encontra tudo na droga. Tem a sensação de que é forte e invulnerável. Rapidinho, o prazer da droga desaparece, mas a lembrança eufórica faz com que a pessoa não consiga largar. Ela fica agressiva, perde a autocrítica. Se precisar pisar no pescoço da mãe para conseguir a droga, vai pisar. Quem fuma crack vira um monstro.
(Psiquiatra Jorge César Gomes de Figueiredo)


Os altos da Rua Dona Eugênia, no Bairro Santa Cecília, em Porto Alegre, RS, onde passei minha adolescência era um exemplo de sadia comunidade onde os vizinhos eram gentis parceiros e não raras vezes amigos. As residências ostentavam belas árvores e jardins bem cuidados, se passeava pelas ruas limpas e arborizadas com segurança.

- Índice de Área Verde (IAV)

“Áreas verdes” é um termo que se aplica a diversos tipos de espaços urbanos que têm em comum o fato de serem abertos, acessíveis; relacionados com saúde e recreação ativa e passiva, proporcionaram interação das atividades humanas com o meio ambiente.
(José Alexandre Melo Demattê)

O IAV da cidade de Porto Alegre, RS, é de 13,5 m² por habitante bastante inferior à de Curitiba que ultrapassa os 50 m². Nossos administradores parecem desconhecer que a vegetação das áreas privadas possui um papel fundamental no IAV e que Curitiba só atingiu esse alto índice graças a uma inteligente política de incentivo fiscal. Este incentivo proporciona abatimento no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) proporcionalmente à área do terreno que é mantida com cobertura vegetal pelo proprietário, em alguns casos essa isenção pode chegar a até 100%.

A arborização urbana contribui significativamente para a melhoria da qualidade ambiental das cidades regularizando o ciclo hidrológico, moderando os extremos climáticos, permitindo a sobrevivência da fauna e reduzindo os níveis de poluição atmosférica. Além disso, proporciona um imenso bem-estar ao cidadão quebrando a monotonia das cidades e permitindo sua integração a um ritmo mais natural cuja harmonia se reflete profundamente nos aspectos psicológico e espiritual.

- Cracolândia na Dona Eugênia

  A roda do tempo seguiu sua lenta e inexorável marcha, frios edifícios tomaram o lugar das decanas e amistosas casas, os jardins e árvores centenárias foram aniquilados, os cumprimentos efusivos de outrora foram substituídos pela frieza e indiferença, o respeito aos mais velhos e à tradição pela falta de educação. As crianças transformaram o carinho para com os animais domésticos alheios em uma gratuita e desumana provocação que conta, na maior parte das vezes, com a aquiescência dos pais omissos, tornando os pobres animais irritados e estressados. O acolhedor Bairro residencial de outrora transformou-se em mais um aglomerado de zumbis. Diz o velho ditado que “nada está tão ruim que não possa piorar”. Recentemente uma empresa de arquitetura adquiriu duas decanas casas na região e não providenciou nenhum tapume ou vigilância para as mesmas. Como era de se esperar as casas abandonadas se transformaram em um antro de marginais e viciados que as invade todas as noites promovendo badernas e importunando a pacata vizinhança. Somente a nossa gloriosa Brigada Militar tem cumprido sua missão constitucional comparecendo sempre que chamada pela vizinhança para expulsar os invasores.

Não sei até quando ficaremos à mercê da bandidagem, a empresa já foi contatada diversas vezes e nenhuma providência foi tomada. Ao adentrar nas dependências das casas a atuante Brigada Militar constatou que além da depredação, existem restos de comida, lixo e dejetos por onde circulam enormes ratos. O caso se tornou de polícia e saúde pública, mas a empresa continua se negando a tomar qualquer tipo providência. Estarão esperando que os marginais incendeiem as antigas moradias ou que façam alguma vítima nas redondezas?

Conclamamos aos amigos e moradores da vizinhança que se juntem a nós nessa cruzada cobrando da empresa e de seu proprietário providências urgentes antes que um mal maior aconteça. Hiram Reis e Silva

Antes, aparecia só um ou outro dependente de crack. Hoje, dos sete pacientes internados na minha clínica, que tem mensalidade de 13.500 reais, três são viciados nessa droga. Tem advogado, filósofo, professor... O poder viciante é impressionante. De cada dez pessoas que provam bebida alcoólica, uma vira dependente. Com o crack, são nove. Quem fuma não precisa de mais nada. Encontra tudo na droga. Tem a sensação de que é forte e invulnerável. Rapidinho, o prazer da droga desaparece, mas a lembrança eufórica faz com que a pessoa não consiga largar. Ela fica agressiva, perde a autocrítica. Se precisar pisar no pescoço da mãe para conseguir a droga, vai pisar. Quem fuma crack vira um monstro.
(Psiquiatra Jorge César Gomes de Figueiredo)


Os altos da Rua Dona Eugênia, no Bairro Santa Cecília, em Porto Alegre, RS, onde passei minha adolescência era um exemplo de sadia comunidade onde os vizinhos eram gentis parceiros e não raras vezes amigos. As residências ostentavam belas árvores e jardins bem cuidados, se passeava pelas ruas limpas e arborizadas com segurança.

- Índice de Área Verde (IAV)

“Áreas verdes” é um termo que se aplica a diversos tipos de espaços urbanos que têm em comum o fato de serem abertos, acessíveis; relacionados com saúde e recreação ativa e passiva, proporcionaram interação das atividades humanas com o meio ambiente.
(José Alexandre Melo Demattê)

O IAV da cidade de Porto Alegre, RS, é de 13,5 m² por habitante bastante inferior à de Curitiba que ultrapassa os 50 m². Nossos administradores parecem desconhecer que a vegetação das áreas privadas possui um papel fundamental no IAV e que Curitiba só atingiu esse alto índice graças a uma inteligente política de incentivo fiscal. Este incentivo proporciona abatimento no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) proporcionalmente à área do terreno que é mantida com cobertura vegetal pelo proprietário, em alguns casos essa isenção pode chegar a até 100%.

A arborização urbana contribui significativamente para a melhoria da qualidade ambiental das cidades regularizando o ciclo hidrológico, moderando os extremos climáticos, permitindo a sobrevivência da fauna e reduzindo os níveis de poluição atmosférica. Além disso, proporciona um imenso bem-estar ao cidadão quebrando a monotonia das cidades e permitindo sua integração a um ritmo mais natural cuja harmonia se reflete profundamente nos aspectos psicológico e espiritual.

19 de jan. de 2012

Entenda como a cracolândia foi formada
TV Estadão | 06.01.2012
O repórter Bruno Paes Manso explica como se deu a criação da cracolândia, que resiste no centro desde os anos 1990

A Cracolândia que fica no centro de São Paulo, está lá a mais de vinte anos é um lugar tipicamente paulistano, não existe nenhum lugar semelhante, em nenhuma capital do Brasil em nenhum lugar do mundo, o último levantamento da polícia antes desta operação detectou 400 pessoas lá, mas se calcula que a população flutuante que vai e volta chega a mais de 2.000.
O que que levou a criação da cracolândia? isso é uma coisa muito pouco falada e é uma história que ajuda a compreender um pouco a cidade . A região do centro de São Paulo que fica perto da antiga rodoviária sempre foi historicamente a boca do lixo da cidade, eram os lugares aonde tinham as prostitutas, os prostíbulos, os jogos e também o tráfico de drogas e sempre foi um lugar de certa forma acobertado pela policia civil historicamente, era um lugar onde os maus policiais civis sempre tiveram um tipo de relação de tolerância ao negócio ilegal, ao mesmo tempo que tinha essa facilidade, essa tolerância, por parte das próprias autoridades nos anos 90 foi o auge da violência aqui na capital em são Paulo e na periferia principalmente, que se tinha um problema muito grande de extermínio e era comum chacinas naqueles anos que matavam os chamados nóias que sempre foram figuras muito estigmatizadas nos bairros onde eles viviam porque eles eram considerados pessoas que roubavam os varais, roubavam os trabalhadores ou entregavam os próprios bandidos que as vezes vivam naqueles locais e por isso era muito comum as chacinas dos chamados nóias . Em 92 e 93 juntado este fato de que lá era um lugar fácil de vender drogas, como extermínio nas periferias a cracolândia acabou se consolidando como um exílio dos jovens , dos garotos que eram ameaçados muitas vezes nas bocas pelos traficantes e pelos matadores das periferias que encontraram lá no centro um lugar onde poderiam consumir e comprar drogas tranquilamente. A cracolândia tem uma especicidade em relação a outros lugares de São Paulo é que lá é o único território que é livre para a venda de drogas, se você quer montar uma biqueira na periferia é preciso ter contato, é preciso saber chegar, é preciso ter um fornecedor, é preciso ser bem relacionado, porque você tem um certo equilíbrio nesses mercados de periferia, na região central este lugar que é conhecido como a cracolândia é o único lugar que se pode vender drogas livremente, sem pedir autorização pra ninguém, qualquer um que precisar fazer um fre lá, chega com uma pedra de craque e pode vender, então estas especividades se tornaram um lugar um local com sua própria sociabilidade e suas próprias regras de convívio que persistem a vinte anos.
 
Que fazer  abuso sexual.

Uma falsa crença é esperar que a criança abusada avise sempre sobre o que está acontecendo. Entretanto, na grande maioria das vezes, as vítimas de abuso são convencidas pelo abusador de que não devem dizer nada a ninguém. A primeira intenção da criança é, de fato, avisar a alguém sobre seu drama mas, em geral, nem sempre ela consegue fazer isso com facilidade, apresentando um discurso confuso e incompleto. Por isso os pais precisam estar conscientes de que as mudanças na conduta, no humor e nas atitudes da criança podem indicar que ela é vítima de abuso sexual.
Muitos pais se sentem totalmente despreparados e pegos de surpresa quando sua criança é abusada, mas sempre devemos ter em mente que as reações emocionais da família serão muito importante na recuperação da criança.
Quando uma criança confia a um adulto que sofreu abuso sexual, o adulto pode sentir-se muito incomodado e não saber o que dizer ou fazer. Vejamos algumas sugestões (American Academy of Child and Adolescent Psychiatry):
1.Incentivar a criança a falar livremente o que se passou, sem externar comentários de juízo.
2.Demonstrar que estamos compreendendo a angústia da criança e levando muito a sério o que esta dizendo. As crianças e adolescentes que encontram quem os escuta com atenção e compreensão, reagem melhor do que aquelas que não encontram esse tipo de apoio.
3.Assegurar à criança que fez muito bem em contar o ocorrido pois, se ela tiver uma relação muito próxima com quem a abusa, normalmente se sentirá culpada por revelar o segredo ou com muito medo de que sua família a castigue por divulgar o fato.
4.Dizer enfaticamente à criança que ela não tem culpa pelo abuso sexual. A maioria das crianças vítimas de abuso pensa que elas foram a causa do ocorrido ou podem imaginar que isso é um castigo por alguma coisa má que tenham feito.
Finalmente, oferecer proteção à criança, e prometer que fará de imediato tudo o que for necessário para que o abuso termine.
No momento em que esse incidente vem à tona, devemos considerar que o bem estar da criança é a prioridade. Se os familiares estão emocionalmente muito perturbados nesse momento, o assunto deve ser interrompido para que as emoções e idéias possam ser mais bem organizadas. Depois disso, deve-se voltar a tratar do assunto com a criança, explicando sempre que as emoções negativas são dirigidas ao agressor e nunca contra a criança.
Não devemos apressar insensivelmente a criança para relatar tudo de uma só vez, principalmente se ela estiver muito emocionada. Mas, por outro lado, devemos encorajá-la a falar com liberdade tudo o que tenha acontecido, escutando-a carinhosamente para que se sinta confiante. Responda a qualquer pergunta que a esteja angustiando e esclareça qualquer mal entendido, enfatizando sempre que é o abusador e não a criança o responsável por tudo.
Se o abusador é um familiar a situação é bastante difícil para a criança e para demais membros da família. Embora possam existir fortes conflitos e sentimentos sobre o abusador, a proteção da criança deve continuar sendo a prioridade. Abaixo, algumas condutas que devem ser pensadas nos casos de violência sexual contra crianças.
1. Informe as autoridades qualquer suspeita séria de abuso sexual.
2.Consultar imediatamente um pediatra ou médico de família para atestar a veracidade da agressão (quando houver sido concretizada). O exame médico pode avaliar as condições físicas e emocionais da criança e indicar um tratamento adequado.
3.A criança abusada sexualmente deve submeter-se a uma avaliação psiquiátrica por ou outro profissional de saúde mental qualificado, para determinar os efeitos emocionais da agressão sexual, bem como avaliar a necessidade de ajuda profissional para superar o trauma do abuso.
4. Ainda que a maior parte das acusações de abuso sejam verdadeiras, pode haver falsas acusações em casos de disputas sobre a custódia infantil ou em outras situações familiares complicadas.
5. Quando a criança tem que testemunhar sobre a identidade de seu agressor, deve-se preferir métodos indiretos e especiais sempre que possível, tais como o uso de vídeo, afastamento de expectadores dispensáveis ou qualquer outra opção de não ter que encarar o acusado.
6.Quando a criança faz uma confidência a alguém sobre abuso sexual, é importante dar-lhe apoio e carinho; este é o primeiro passo para ajudar no restabelecimento de sua autoconfiança, na confiança nos outros adultos e na melhoria de sua auto-estima.
7.Normalmente, devido ao grande incômodo emocional que os pais experimentam quando ficam sabendo do abuso sexual em seus filhos, estes podem pensar, erroneamente, que a raiva é contra eles. Por isso, deve ficar muito claro que a raiva manifestada não é contra a criança abusada.
Seqüelas
Felizmente, os danos físicos permanentes como conseqüência do abuso sexual são muito raros. A recuperação emocional dependerá, em grande parte, da resposta familiar ao incidente (Embarazada.Com). As reações das crianças ao abuso sexual diferem com a idade e com a personalidade de cada uma, bem como com a natureza da agressão sofrida. Um fato curioso é que, algumas (raras) vezes, as crianças não são tão perturbadas por situações que parecem muito sérias para seus pais.
O período de readaptação depois do abuso pode ser difícil para os pais e para a criança. Muitos jovens abusados continuam atemorizados e perturbados por várias semanas, podendo ter dificuldades para comer e dormir, sentindo ansiedade e evitando voltar à escola.
As principais seqüelas do abuso sexual são de ordem psíquica, sendo um relevante fator na história da vida emocional de homens e mulheres com problemas conjugais, psicossociais e transtornos psiquiátricos.
Antecedentes de abuso sexual na infância estão fortemente relacionados a comportamento sexual inapropriado para idade e nível de desenvolvimento, quando comparado com a média das crianças e adolescentes da mesma faixa etária e do mesmo meio sócio-cultural sem história de abuso.
Em nível de traços no desenvolvimento da personalidade, o abuso sexual infantil pode estar relacionado a futuros sentimentos de traição, desconfiança, hostilidade e dificuldades nos relacionamentos, sensação de vergonha, culpa e auto-desvalorização, à baixa autoestima à distorção da imagem corporal, Transtorno Borderline de Personalidade e Transtorno de Conduta.
Em relação a quadros psiquiátricos francos, o abuso sexual infantil se relaciona com o Transtorno do Estresse Pós-traumático, com a depressão, disfunções sexuais (aversão a sexo), quadros dissociativos ou conversivos (histéricos), dificuldade de aprendizagem, transtornos do sono (insônia, medo de dormir), da alimentação, como por exemplo, obesidade, anorexia e bulimia, ansiedade e fobias.

Fonte: Ballone GJ
Quem é o Agressor Sexual

Mais comumente quem abusa sexualmente de crianças são pessoas que a criança conhece e que, de alguma forma, podem controla-la. De cada 10 casos registrados, em 8 o abusador é conhecido da vítima. Esta pessoa, em geral, é alguma figura de quem a criança gosta e em quem confia. Por isso, quase sempre acaba convencendo a criança a participar desses tipos de atos por meio de persuasão, recompensas ou ameaças.
Mas, quando o perigo não está dentro de casa, nem na casa do amiguinho, ele pode rondar a creche, o transporte escolar, as aulas de natação do clube, o consultório do pediatra de confiança e, quase impossível acreditar, pode estar nas aulas de catecismos da paróquia. Portanto, o mais sensato será acreditar que não há lugar absolutamente seguro contra o abuso sexual infantil.

Segundo a Dra. Miriam Tetelbom, o incesto pode ocorrer em até 10% das famílias. Os adultos conhecidos e familiares próximos, como por exemplo o pai, padrasto ou irmão mais velho são os agressores sexuais mais freqüentes e mais desafiadores. Embora a maioria dos abusadores seja do sexo masculino, as mulheres também abusam sexualmente de crianças e adolescentes.

                                                                                           
Esses casos começam lentamente através de sedução sutil, passando a prática de "carinhos" que raramente deixam lesões físicas. É nesse ponto que a criança se pergunta como alguém em quem ela confia, de quem ela gosta, que cuida e se preocupa com ela, pode ter atitudes tão desagradáveis.

A Família da Criança Abusada Sexualmente

A primeira reação da família diante da notícia de abuso sexual pode ser de incredulidade. Como pode ser comum crianças inventarem histórias, de fato elas podem informar relações sexuais imaginárias com adultos, mas isso não é a regra. De modo geral, mesmo que o suposto abusador seja alguém em quem se vinha confiando, em tese a denúncia da criança deve ser considerada.

Em geral, aqueles que abusam sexualmente de crianças podem fazer com que suas vítimas fiquem extremamente amedrontadas de revelar suas ações, incutindo nelas uma série de pensamentos torturantes, tais como a culpa, o medo de ser recriminada, de ser punida, etc. Por isso, se a criança diz ter sido molestada sexualmente, os pais devem fazê-la sentir que o que passou não foi sua culpa, devem buscar ajuda médica e levar a criança para um exame com o psiquiatra.

                                                                                             
Os psiquiatras da infância e adolescência podem ajudar crianças abusadas a recuperar sua auto-estima, a lidar melhor com seus eventuais sentimentos de culpa sobre o abuso e a começar o processo de superação do trauma. O abuso sexual em crianças é um fato real em nossa sociedade e é mais comum do que muita gente pensa. Alguns trabalhos afirmam que pelo menos uma a cada cinco mulheres adultas e um a cada 10 homens adultos se lembra de abusos sexuais durante a infância.

O tratamento adequado pode reduzir o risco da criança desenvolver sérios problemas no futuro, mas a prevenção ainda continua sendo a melhor atitude. Algumas medidas preventivas que os pais podem tomar, fazendo com que essas regras de conduta soem tão naturais quanto as orientações para atravessar uma rua, afastar-se de animais ferozes, evitar acidentes, etc. Se considerar que a criança ainda não tem idade para compreender com adequação a questão sexual, simplesmente explique que algumas pessoas podem tentar tocar as partes íntimas (apelidadas carinhosamente de acordo com cada família), de forma que se sintam incomodadas.
1.Dizer às crianças que "se alguém tentar tocar-lhes o corpo e fazer coisas que a façam sentir desconfortável, afaste-se da pessoa e conte em seguida o que aconteceu."
2.Ensinar às crianças que o respeito aos maiores não quer dizer que têm que obedecer cegamente aos adultos e às figuras de autoridade. Por exemplo, dizer que não têm que fazer tudo o que os professores, médicos ou outros cuidadores mandarem fazer, enfatizando a rejeição daquilo que não as façam sentir-se bem.
3.Ensinar a criança a não aceitar dinheiro ou favores de estranhos.
4.Advertir as crianças para nunca aceitarem convites de quem não conhecem.
5.A atenta supervisão da criança é a melhor proteção contra o abuso sexual pois, muito possivelmente, ela não separa as situações de perigo à sua segurança sexual.
6.Na grande maioria dos casos os agressores são pessoas conhecem bem a criança e a família, podem ser pessoas às quais as crianças foram confiadas.
7.Embora seja difícil proteger as crianças do abuso sexual de membros da família ou amigos íntimos, a vigilância das muitas situações potencialmente perigosas é uma atitude fundamental.
8.Estar sempre ciente de onde está a criança e o que está fazendo.
9.Pedir a outros adultos responsáveis que ajudem a vigiar as crianças quando os pais não puderem cuidar disso intensivamente.
10.Se não for possível uma supervisão intensiva de adultos, pedir às crianças que fiquem o maior tempo possível junto de outras crianças, explicando as vantagens do companheirismo.
11.Conhecer os amigos das crianças, especialmente aqueles que são mais velhos que a criança.
12.Ensinar a criança a zelar de sua própria segurança.
13.Orientar sempre as crianças sobre opções do que fazer caso percebam más intenções de pessoas pouco conhecidas ou mesmo íntimas.
14.Orientar sempre as crianças para buscarem ajuda com outro adulto quando se sentirem incomodadas.
15.Explicar as opções de chamar atenção sem se envergonhar, gritar e correr em situações de perigo.
16.Orientar as crianças que elas não devem estar sempre de acordo com iniciativas para manter contacto físico estreito e desconfortável, mesmo que sejam por parte de parentes próximos e amigos.
17.Valorizar positivamente as partes íntimas do corpo da criança, de forma que o contacto nessas partes chame sua atenção para o fato de algo incomum e estranho estar acontecendo.
ABUSO SEXUAL INTRAFAMILIAR
AGRESSOR
No.
%
PAI
77
52
PADRASTO
47
32
TIO
10
8
MÃE
4
4
AVÔ
3
2
PRIMO
2
1
CUNHADO
2
1
TOTAL
145

100


Fonte: Ballone GJ


ABUSO SEXUAL INFANTIL .

Seja qual for o número de abusos sexuais em crianças que se vê nas estatísticas, seja quantos milhares forem, devemos ter em mente que, de fato, esse número pode ser bem maior. A maioria desses casos não é reportada, tendo em vista que as crianças têm medo de dizer a alguém o que se passou com elas. E o dano emocional e psicológico, em longo prazo, decorrente dessas experiências pode ser devastador.

O abuso sexual às crianças pode ocorrer na família, através do pai, do padrasto, do irmão ou outro parente qualquer. Outras vezes ocorre fora de casa, como por exemplo, na casa de um amigo da família, na casa da pessoa que toma conta da criança, na casa do vizinho, de um professor ou mesmo por um desconhecido.

Em Tese, define-se "Abuso Sexual" como qualquer conduta sexual com uma criança levada a cabo por um adulto ou por outra criança mais velha. Isto pode significar, além da penetração vaginal ou anal na criança, também tocar seus genitais ou fazer com que a criança toque os genitais do adulto ou de outra  criança mais velha, ou o contacto oral-genital ou, ainda, roçar os genitais do adulto com a criança.

Às vezes ocorrem outros tipos de abuso sexual que chamam menos atenção, como por exemplo, mostrar os genitais de um adulto a um criança, incitar a criança a ver revistas ou filmes pornográficos, ou utilizar a criança para elaborar material pornográfico ou obsceno.

A Criança Abusada

Devido ao fato da criança muito nova não ser preparada psicologicamente para o estímulo sexual, e mesmo que não possa saber da conotação ética e moral da atividade sexual, quase invariavelmente acaba desenvolvendo problemas emocionais depois da violência sexual, exatamente por não ter habilidade diante desse tipo de estimulação.
A criança de cinco anos ou pouco mais, mesmo conhecendo e apreciando a pessoa que o abusa, se sente profundamente conflitante entre a lealdade para com essa pessoa e a percepção de que essas atividades sexuais estão sendo terrivelmente más. Para aumentar ainda mais esse conflito, pode experimentar profunda sensação de solidão e abandono.


Quando os abusos sexuais ocorrem na família, a criança pode ter muito medo da ira do parente abusador, medo das possibilidades de vingança ou da vergonha dos outros membros da família ou, pior ainda, pode temer que a família se desintegre ao descobrir seu segredo.

A criança que é vítima de abuso sexual prolongado, usualmente desenvolve uma perda violenta da auto-estima, tem a sensação de que não vale nada e adquire uma representação anormal da sexualidade. A criança pode tornar-se muito retraída, perder a confiaça em todos adultos e pode até chegar a considerar o suicídio, principalmente quando existe a possibilidade da pessoa que abusa ameaçar de violência se a criança negar-se aos seus desejos.

Algumas crianças abusadas sexualmente podem ter dificuldades para estabelecer relações harmônicas com outras pessoas, podem se transformar em adultos que também abusam de outras crianças, podem se inclinar para a prostituição ou podem ter outros problemas sérios quando adultos.

Comumente as crianças abusadas estão aterrorizadas, confusas e muito temerosas de contar sobre o incidente. Com freqüência elas permanecem silenciosas por não desejarem prejudicar o abusador ou provocar uma desagregação familiar ou por receio de serem consideradas culpadas ou castigadas. Crianças maiores podem sentir-se envergonhadas com o incidente, principalmente se o abusador é alguém da família.

Mudanças bruscas no comportamento, apetite ou no sono pode ser um indício de que alguma coisa está acontecendo, principalmente se a criança se mostrar curiosamente isolada, muito perturbada quando deixada só ou quando o abusador estiver perto.

O Comportamento das Crianças Abusadas Sexualmente pode Incluir:

1.Interesse excessivo ou evitação de natureza sexual;
2.Problemas com o sono ou pesadelos;
3.Depressão ou isolamento de seus amigos e da família;
4.Achar que têm o corpo sujo ou contaminado;
5.Ter medo de que haja algo de mal com seus genitais;
6.Negar-se a ir à escola,
7.Rebeldia e Delinqüência;
8.Agressividade excessiva;
9.Comportamento suicida;
10. Terror e medo de algumas pessoas ou alguns lugares;
11. Retirar-se ou não querer participar de esportes;
12. Respostas ilógicas (para-respostas) quando perguntamos sobre alguma ferida em seus  genitais;
13. Temor irracional diante do exame físico;
14. Mudanças súbitas de conduta.

Algumas vezes, entretanto, crianças ou adolescentes portadores de Transtorno de Conduta severo fantasiam e criam falsas informações em relação ao abuso sexual.

Fonte: Ballone GJ

18 de jan. de 2012

A importância do tratamento
contra a AIDS

 
Por que tomar os medicamentos (o coquetel) contra o HIV?
A aids é uma doença que ainda não tem cura, mas tem tratamento. Tomando os remédios corretamente, você pode melhorar sua qualidade de vida. Os medicamentos se chamam anti-retrovirais (ou coquetel) e são importantes para evitar que a doença avance, protegendo você de problemas mais graves de saúde.

Como funcionam esses medicamentos?
Eles impedem a multiplicação do HIV e diminuem a quantidade do vírus no organismo. Com isso, suas defesas melhoram, você fica mais forte, com menos riscos de desenvolver doenças.





Quando devo começar o tratamento?
Converse com seu médico. Sua disposição para o tratamento, seu estado geral e os seus exames são todos fatores que precisam ser considerados. Além disso, lembre-se de que o tratamento é um compromisso diário, uma nova rotina para você. Por isso, é importante saber como tudo vai funcionar e como você pode contribuir para o processo.

Se o tratamento for recomendado pelo meu médico e eu não começá-lo, o que pode acontecer?
O HIV (vírus da aids) se multiplica no organismo e enfraquece a sua imunidade (que é a defesa do seu corpo). Dessa forma, você fica mais frágil para desenvolver doenças oportunistas, que podem se tornar mais graves.

Existe alguma regra para tomar o medicamento?
Sim. Cada tratamento tem uma forma de ser seguido. Alguns remédios devem ser tomados com o estômago cheio, outros com o estômago vazio.
O importante é seguir a orientação da equipe de saúde que o acompanha, pois eles irão daptar os horários de acordo com a sua rotina de vida. E mais importante ainda é não esquecer de tomar os medicamentos nas horas determinadas e nas doses certas.

DOENÇA OPORTUNISTA
é aquela que se aproveita de um organismo debilitado (com baixa imunidade) para se desenvolver,
como o herpes, a toxoplasmose e a tuberculose

Tenho que mudar meus hábitos?
Quem tem uma doença como a aids precisa manter e incluir hábitos saudáveis no seu cotidiano, tais como:
praticar exercícios, ter uma alimentação equilibrada, transar sempre com camisinha e tomar os remédios diariamente. Com o tempo, isso vira hábito, assim como tomar banho ou escovar os dentes.

É verdade que os medicamentos causam efeitos colaterais?
Sim. No começo do tratamento é comum ter sensações desagradáveis, que podem desaparecer com o tempo. Qualquer medicamento (não só contra a aids) pode trazer efeitos negativos para o organismo. O importante é dar continuidade ao tratamento, pois seu organismo vai se acostumando com os novos remédios. Sempre que você sentir algo diferente ou incômodo, procure o serviço de saúde onde você faz seu acompanhamento.

Quais são esses efeitos?
Os mais comuns são enjôos, vômitos, diarréia, insônia, dor de cabeça e mal-estar. Em geral, acontecem logo que o tratamento é iniciado e vale lembrar que, na maioria das vezes, esses sintomas são temporários e não se deve interromper o tratamento por causa deles, como você verá na próxima pergunta.

Devo interromper o tratamento por causa desses efeitos colaterais?
Não se deve interromper os medicamentos até conversar com o médico, com raras exceções (veja o quadro abaixo). De modo geral, o tratamento deve seguir normalmente.
No momento em que estiver recebendo sua receita, procure sempre saber do médico quais efeitos o tratamento pode causar em você, para não ser pego de surpresa e não saber como agir.

ATENÇÃO!
Ao iniciar o tratamento com NEVIRAPINA ou ABACAVIR, pergunte ao seu médico quais os efeitos colaterais que devem fazê-lo parar de tomar os medicamentos

E se os sintomas continuarem ou forem muito fortes?
Procure o médico ou a equipe de saúde que acompanha você. Não tenha vergonha de perguntar e nem de pedir ajuda aos profissionais de saúde. Eles sabem que os remédios podem ter esses efeitos e sabem como tratá-los.

E se eu desistir de tomar os medicamentos?
Interromper o tratamento totalmente, faz com que o HIV fique mais forte em seu organismo. Isso pode enfraquecer mais rapidamente suas defesas e aumentar o risco de ficar doente.
O melhor é procurar o seu médico ou a equipe de saúde que o acompanha e conversar sobre suas dificuldades antes de decidir parar com os medicamentos.

E se eu não conseguir tomar corretamente e falhar nas doses dos remédios?
O HIV se tornará mais resistente aos medicamentos, levando à falha do tratamento e à necessidade de trocar os anti-retrovirais. A cada troca, diminui a quantidade de anti-retrovirais que o médico pode receitar para combater o HIV no seu organismo.

E a lipodistrofia? O que é e como posso prevenir?
Lipodistrofia é o acúmulo ou a perda de gordura em determinadas partes do corpo. Pode acontecer aumento de gordura na barriga, mamas e na parte de trás do pescoço.A perda de gordura é mais comum nos braços, pernas, rosto e nádegas. Além disso, essas mudanças podem vir acompanhadas por alterações dos níveis de gordura e açúcar no sangue, que aumentam o risco de doenças do coração e diabetes. Procure evitar alimentos gordurosos e frituras. Doces e massa devem ser consumidos com moderação. Atividades físicas, como ginástica e musculação, ajudam a prevenir esses efeitos.

Quem tem aids e está em tratamento pode ter uma vida normal?
Sim. Quem tem aids pode levar uma vida normal: namorar, trabalhar e conviver com seus amigos e familiares. Aproveite também o dia-a-dia para se manter ativo e se exercitar, como passear com o cachorro, descer do ônibus uma parada antes, subir escadas, arrumar a casa, cuidar do jardim...
Tomar sol também é muito importante, de preferência antes das 10 e depois das 16 horas.

Quais os exercícios mais indicados para quem está em tratamento?
Caminhada, corrida, ginástica, bicicleta, natação e musculação são boas opções. Os exercícios estimulam suas defesas, ajudam a combater a depressão, a ansiedade, são bons para o funcionamento do coração e pulmão, além de manter a massa muscular e o seu corpo audável. Também ajudam a manter baixos os níveis de colesterol e triglicerídeos e ajudam a reduzir outros efeitos colaterais que podem ocorrer com o tratamento, como a lipodistrofia. Mas não se esqueça de checar com o seu médico quais são as atividades físicas mais adequadas para você.

Posso consumir bebida alcoólica junto com os medicamentos?
O consumo deve ser moderado ou evitado. Embora o álcool não “corte o efeito dos medicamentos” como alguns pensam, pode agredir o fígado e aumentar os efeitos colaterais de alguns anti-retrovirais. O álcool pode fazer você se esquecer de tomar seus remédios, o que é um grande problema.
Lembre-se: tenha sempre seus medicamentos com você para tomá-los, mesmo que você tenha bebido. Não abuse de bebidas alcoólicas.

O uso da maconha atrapalha o tratamento?
Existem evidências que a maconha pode reduzir a concentração de alguns anti-retrovirais no seu sangue, o que reduz a potência dos medicamentos. Utilizando a maconha ou não, é fundamental não falhar nas doses dos remédios.

E o ecstasy? Tem algum perigo no uso do medicamento com essa droga?
Sim. Já foram relatados casos de morte em pessoas que usavam o medicamento e que tomaram ecstasy. Seu uso deve ser sempre evitado!

E o crack, a merla ou a cocaína?
Assim como a maconha, a cocaína e seus derivados também podem reduzir a concentração de alguns medicamentos anti-retrovirais no seu sangue. Um grande problema é esquecer de tomar os medicamentos por causa das drogas.
E vale a pena repetir: você não deve falhar nas doses dos remédios!

RESUMINDO

1. Não tenha medo e nem vergonha de falar sobre álcool e outras drogas com a equipe de saúde que faz seu acompanhamento.

2. Nunca deixe de tomar os remédios por causa do consumo de álcool e de outras drogas.


3. O ecstasy não deve ser consumido por pessoas que usam o coquetel.




LEMBRE-SE:

Quando for atendido no serviço de saúde, o diálogo é fundamental. Fale sobre o que está acontecendo com você e nunca saia com dúvidas. Para ajudar, procure anotar suas perguntas em um papel antes de ir à consulta. Assim, fica fácil lembrar de tudo durante o atendimento. O sucesso de seu tratamento também depende de você.
A camisinha protege você e o seu parceiro do vírus da aids. Ela evita um novo contato com o HIV, o que pode aumentar a quantidade de vírus em seu organismo, ou te infectar com um vírus já resistente ao medicamento.
Além disso, usando o preservativo você também evita outras DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis). Caso o seu parceiro ou a sua parceira não consigam usar a camisinha masculina, vale a pena experimentar a camisinha feminina.

17 de jan. de 2012

Prostituição - Falta Orientação Sobre Aids

Estudo da UnB mostra que prostitutas se protegem contra doenças com os clientes. Mas esquecem disso na hora de transar com os maridos. Governo e entidades discutem hoje resultados da pesquisa
Maria Vitória
Da equipe do Correio
Perfil

45,5% das prostitutas brasileiras têm 20 a 29 anos
43,9% trabalham somente na rua. Entre as que não recebem orientação sobre Aids, 60,3% tiveram relações usando preservativo masculino em todos os programas nos últimos seis meses, mas somente 15,8% usaram camisinhas com os seus companheiros fixos

Elas são jovens, solteiras e trabalham geralmente na rua, bares e boates para receber, em média, de um a quatro salários mínimos por mês. São mulheres que, ao vender sexo, cercam-se de cuidados para evitar a Aids. Mas que dispensam o uso do preservativo masculino com seus namorados ou maridos. Esse é o perfil das prostitutas brasileiras, resultado de pesquisa inédita encomendada pelo Ministério da Saúde e que será apresentada hoje na abertura do seminário Prostituição e Aids. No encontro, profissionais do sexo de todo o país e técnicos das coordenações estaduais e municipais de DST/Aids vão traçar novas estratégias de prevenção para pessoas que fazem do sexo seu trabalho.
De outubro de 2000 a fevereiro de 2001, pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) ,com o apoio de nove Organizações Não-Governamentais (ONGs), percorreram ruas, boates, bares, hotéis e motéis de cidades em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Maranhão, Paraíba e Sergipe. Segundo a psicóloga Kátia Guimarães, coordenadora da pesquisa, o Distrito Federal não entrou no estudo por não possuir associação que trabalha com prostituição. Apenas o Grupo de Apoio e Prevenção da Aids (Gapa) faz trabalho de orientação da Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis.
A pesquisa analisou os riscos das práticas sexuais dos profissionais e seus clientes, a auto-estima das pessoas que vivem do sexo pago, o acesso aos serviços públicos de saúde, o preconceito e as mulheres infectadas pelo HIV, sífilis e hepatites B e C.
A maioria tem orientação sobre essas doenças. O que não quer dizer que se proteja direito, principalmente com seus parceiros fixos. São mulheres como a loura Sandra Spíndola, 29 anos, prostituta desde os 13. Todos os dias ela sai de casa, em Luziânia, para buscar clientes nos viadutos da S2, a pista que passa por trás do Conic. ‘‘Sempre exijo camisinha dos clientes’’, diz a mulher que, de short branco e botas pretas até o joelho, se agarra a um casaco de peles falso para se proteger do frio da noite.

Testes
O problema é que Sandra nem sempre pedia que seu último namorado usasse preservativo nas relações sexuais. É essa informação que preocupa os técnicos da Coordenação de DST e Aids do Ministério da Saúde. Segundo a pesquisa, 73,8% das prostitutas orientadas por ONGs usam camisinha nas relações sexuais por dinheiro, e apenas 23,9% usam quando estão com companheiros fixos. Os números caem para 15,8% quando elas não recebem nenhum tipo de orientação. Para avaliar o grau de risco desse tipo de atitude, as três mil prostitutas pesquisadas fizeram testes de HIV e vírus da Hepatite B e C. Os resultados serão divulgados no último dia do encontro, na sexta-feira.
O Ministério da Saúde aproveitará o seminário para lançar hoje à noite campanha nacional de prevenção com ênfase na organização e auto-estima das prostitutas. Além do spot para rádio, gravado pelo cantor Reginaldo Rossi, a campanha tem folhetos com informações sobre práticas seguras do sexo e as principais doenças que podem ser transmitidas nas relações sem o uso do preservativo.

SERVIÇO
Seminário Prostituição e Aids
Data: 6 a 8 de março
Local: Hotel Carlton
Aberto a profissionais do sexo
Histórias na noite
PRECAUÇÃO


‘‘Tomo todos os cuidados para evitar o contágio com o HIV e outras doenças sexuais. Sempre exijo o uso de camisinha e periodicamente faço exames de rotina. Os últimos foram em fevereiro. Apenas uma vez tive problemas com um cliente que se recusou a usar preservativo. Ele queria fazer sexo anal e eu disse não. Ficou muito nervoso, quis me agredir, mas eu fugi com a ajuda dos funcionários do motel.’’

Adriana, 24 anos, solteira
Completou o ensino médio, é mãe de um garoto de cinco anos, mora no Núcleo Bandeirantes e trabalha há quatro anos em boates do Plano Piloto

DESEMPREGO

‘‘Hoje é o meu primeiro dia. Desisti de ficar desempregada e uma prima me aconselhou a trabalhar como garota de programa. Sei como me prevenir contra a Aids, pretendo só transar de camisinha, mas tenho muito medo de pegar a doença.’’

Mônica, 18 anos, solteira
Cursa o 3º ano do 2º grau, mora no Plano Piloto

EXAMES

‘‘Preciso me cuidar com a Aids, sífilis e outras doenças. Tenho um filho para criar. Já fiz cinco testes para detectar o HIV. Todos deram negativo. O último foi em julho, quando doei sangue para uma pessoa amiga.’’

Juliana, 29 anos, separada
Não completou o ensino médio, tem um filho de oito anos, mora em Planaltina e trabalha há cinco anos nas ruas do Plano Piloto
 
MAQUIAGEM

‘‘Trabalhei durante quatro anos nas ruas e boates do Plano Piloto. Uma vez o cliente se recusou a usar camisinha e me estuprou. Há seis meses fiquei grávida e deixei de ‘‘batalhar’’ na rua. Venho ao Conic vender produtos e maquiagem e perfumes às minhas amigas e antigas companheiras. Preciso ganhar o dinheiro da comida, mas tenho medo que o meu companheiro descubra. Ele não quer que eu continue nessa vida, mas não consigo emprego.’’

Carol, 24 anos, tem parceiro fixo
Não completou o ensino fundamental, é mãe de um menino de oito anos e está grávida de seis meses. Mora em Valparaíso

Tradutor