NOSSAS EXPERIÊNCIAS

20 de jan. de 2012

Cracolandia São Paulo e Porto alegre.

Dependentes do crack voltam a ocupar ruas do centro de São Paulo nesta sexta-feira, 13 de janeiro, conforme constatou a reportagem da TV Bandeirantes. Foram vários dias de operação da polícia para retirar os usuários desta droga das ruas centrais da cidade. Com a polêmica sobre a atuação policial e dos demais órgãos de governos, usuários retornam ao ponto de partida de toda a operação. Uma prova de que o problema pode ser mais complexo do que se imaginava.

Cracolândia na Rua Dona Eugênia – Porto Alegre * Hiram Reis e Silva
Antes, aparecia só um ou outro dependente de crack. Hoje, dos sete pacientes internados na minha clínica, que tem mensalidade de 13.500 reais, três são viciados nessa droga. Tem advogado, filósofo, professor... O poder viciante é impressionante. De cada dez pessoas que provam bebida alcoólica, uma vira dependente. Com o crack, são nove. Quem fuma não precisa de mais nada. Encontra tudo na droga. Tem a sensação de que é forte e invulnerável. Rapidinho, o prazer da droga desaparece, mas a lembrança eufórica faz com que a pessoa não consiga largar. Ela fica agressiva, perde a autocrítica. Se precisar pisar no pescoço da mãe para conseguir a droga, vai pisar. Quem fuma crack vira um monstro.
(Psiquiatra Jorge César Gomes de Figueiredo)


Os altos da Rua Dona Eugênia, no Bairro Santa Cecília, em Porto Alegre, RS, onde passei minha adolescência era um exemplo de sadia comunidade onde os vizinhos eram gentis parceiros e não raras vezes amigos. As residências ostentavam belas árvores e jardins bem cuidados, se passeava pelas ruas limpas e arborizadas com segurança.

- Índice de Área Verde (IAV)

“Áreas verdes” é um termo que se aplica a diversos tipos de espaços urbanos que têm em comum o fato de serem abertos, acessíveis; relacionados com saúde e recreação ativa e passiva, proporcionaram interação das atividades humanas com o meio ambiente.
(José Alexandre Melo Demattê)

O IAV da cidade de Porto Alegre, RS, é de 13,5 m² por habitante bastante inferior à de Curitiba que ultrapassa os 50 m². Nossos administradores parecem desconhecer que a vegetação das áreas privadas possui um papel fundamental no IAV e que Curitiba só atingiu esse alto índice graças a uma inteligente política de incentivo fiscal. Este incentivo proporciona abatimento no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) proporcionalmente à área do terreno que é mantida com cobertura vegetal pelo proprietário, em alguns casos essa isenção pode chegar a até 100%.

A arborização urbana contribui significativamente para a melhoria da qualidade ambiental das cidades regularizando o ciclo hidrológico, moderando os extremos climáticos, permitindo a sobrevivência da fauna e reduzindo os níveis de poluição atmosférica. Além disso, proporciona um imenso bem-estar ao cidadão quebrando a monotonia das cidades e permitindo sua integração a um ritmo mais natural cuja harmonia se reflete profundamente nos aspectos psicológico e espiritual.

- Cracolândia na Dona Eugênia

  A roda do tempo seguiu sua lenta e inexorável marcha, frios edifícios tomaram o lugar das decanas e amistosas casas, os jardins e árvores centenárias foram aniquilados, os cumprimentos efusivos de outrora foram substituídos pela frieza e indiferença, o respeito aos mais velhos e à tradição pela falta de educação. As crianças transformaram o carinho para com os animais domésticos alheios em uma gratuita e desumana provocação que conta, na maior parte das vezes, com a aquiescência dos pais omissos, tornando os pobres animais irritados e estressados. O acolhedor Bairro residencial de outrora transformou-se em mais um aglomerado de zumbis. Diz o velho ditado que “nada está tão ruim que não possa piorar”. Recentemente uma empresa de arquitetura adquiriu duas decanas casas na região e não providenciou nenhum tapume ou vigilância para as mesmas. Como era de se esperar as casas abandonadas se transformaram em um antro de marginais e viciados que as invade todas as noites promovendo badernas e importunando a pacata vizinhança. Somente a nossa gloriosa Brigada Militar tem cumprido sua missão constitucional comparecendo sempre que chamada pela vizinhança para expulsar os invasores.

Não sei até quando ficaremos à mercê da bandidagem, a empresa já foi contatada diversas vezes e nenhuma providência foi tomada. Ao adentrar nas dependências das casas a atuante Brigada Militar constatou que além da depredação, existem restos de comida, lixo e dejetos por onde circulam enormes ratos. O caso se tornou de polícia e saúde pública, mas a empresa continua se negando a tomar qualquer tipo providência. Estarão esperando que os marginais incendeiem as antigas moradias ou que façam alguma vítima nas redondezas?

Conclamamos aos amigos e moradores da vizinhança que se juntem a nós nessa cruzada cobrando da empresa e de seu proprietário providências urgentes antes que um mal maior aconteça. Hiram Reis e Silva

Antes, aparecia só um ou outro dependente de crack. Hoje, dos sete pacientes internados na minha clínica, que tem mensalidade de 13.500 reais, três são viciados nessa droga. Tem advogado, filósofo, professor... O poder viciante é impressionante. De cada dez pessoas que provam bebida alcoólica, uma vira dependente. Com o crack, são nove. Quem fuma não precisa de mais nada. Encontra tudo na droga. Tem a sensação de que é forte e invulnerável. Rapidinho, o prazer da droga desaparece, mas a lembrança eufórica faz com que a pessoa não consiga largar. Ela fica agressiva, perde a autocrítica. Se precisar pisar no pescoço da mãe para conseguir a droga, vai pisar. Quem fuma crack vira um monstro.
(Psiquiatra Jorge César Gomes de Figueiredo)


Os altos da Rua Dona Eugênia, no Bairro Santa Cecília, em Porto Alegre, RS, onde passei minha adolescência era um exemplo de sadia comunidade onde os vizinhos eram gentis parceiros e não raras vezes amigos. As residências ostentavam belas árvores e jardins bem cuidados, se passeava pelas ruas limpas e arborizadas com segurança.

- Índice de Área Verde (IAV)

“Áreas verdes” é um termo que se aplica a diversos tipos de espaços urbanos que têm em comum o fato de serem abertos, acessíveis; relacionados com saúde e recreação ativa e passiva, proporcionaram interação das atividades humanas com o meio ambiente.
(José Alexandre Melo Demattê)

O IAV da cidade de Porto Alegre, RS, é de 13,5 m² por habitante bastante inferior à de Curitiba que ultrapassa os 50 m². Nossos administradores parecem desconhecer que a vegetação das áreas privadas possui um papel fundamental no IAV e que Curitiba só atingiu esse alto índice graças a uma inteligente política de incentivo fiscal. Este incentivo proporciona abatimento no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) proporcionalmente à área do terreno que é mantida com cobertura vegetal pelo proprietário, em alguns casos essa isenção pode chegar a até 100%.

A arborização urbana contribui significativamente para a melhoria da qualidade ambiental das cidades regularizando o ciclo hidrológico, moderando os extremos climáticos, permitindo a sobrevivência da fauna e reduzindo os níveis de poluição atmosférica. Além disso, proporciona um imenso bem-estar ao cidadão quebrando a monotonia das cidades e permitindo sua integração a um ritmo mais natural cuja harmonia se reflete profundamente nos aspectos psicológico e espiritual.

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