NOSSAS EXPERIÊNCIAS: 2011-12-18

23 de dez. de 2011

Desejo um Feliz Natal e um Prospero Ano Novo a todos amigos e a vocês de todos os paizes que vieram nos prestigiar em nosso Blog Nossas Experiências, que é uma parte de mim pois trato com muito orgulho este trabalho, com uma equipe formada por Paulo Bueno Pensador, Andreia com muito amor, a Ellenis no Rio de Janeiro tratando o blog como seu filho, a Daniela nossa nova integrante e ao grande amigo Chang que contribuiu para a realização do blog, agradeço a todos porque sozinho não teria conseguido, muito obrigado. Tenho tentado transmitir a vocês todos que nos acessam a verem a realidade da vida sobre vários temas e espero que continuem nos visitando.

Senhor,
Sejam para o teu coração misericordioso
Todas as nossas alegrias, esperanças e aspirações
Ensina-nos a executar teus propósitos desconhecidos,
Abre-nos as portas de ouro das oportunidades do serviço
E ajuda-nos a compreender a tua vontade!...
Seja o nosso trabalho a oficina sagrada de bençãos infinitas,
Converte-nos as dificuldades em estímulos santos,
Transforma os obstáculos da senda em renovadas lições...
Em teu nome, semearemos o bem onde surjam espinhos do mal,
Acenderemos tua luz onde a treva demore,
Verteremos o balsamo do teu amor onde corra o pranto do sofrimento,
Proclamaremos tua benção onde haja condenações,
Desfraldaremos tua bandeira de paz junto as guerras do ódio!
Senhor,
Dai que possamos servir-te
Com a fidelidade com que nos amas,
E perdoa nossas fragilidades e vacilações na execução de tua obra.
Fortifica-nos o coração para que o passado não nos perturbe e o
futuro não nos inquiete,
A fim de que possamos honrar-te a confiança no dia de hoje
que nos deste para a renovação permanente até a vitória final.
Somos tutelados na Terra,
Confundidos nas lembranças de erros milenares
Mas queremos, agora, com todas as forças da alma,
Nossa libertação em teu amor para sempre!
Arranca-nos do coração as raízes do mal,
Liberta-nos dos desejos inferiores,
Dissipa as sombras que nos obscurecem a visão de teu plano divino
E ampara-nos para que sejamos servos leais de tua infinita sabedoria!
Da¡-nos o equilibrio de tua lei,
Apaga o incêndio das paixões que, por vezes, irrompe ainda,
no amago de nossos sentimentos,
Ameaçando-nos a construção da espiritualidade superior
Conserva-nos em tua inspiração redentora,
no ilimitado amor que nos reservaste
E que, integrados no teu trabalho de aperfeiçoamento incessante,
Possamos atender-te os sublimes designios, em todos os momentos,
Convertendo-nos em servidores fiéis de tua luz, para sempre!
Assim seja.

Considerando a alta significação do Natal em tua vida, podes ouvir e atender os apelos dos pequeninos esquecidos no grabato da orfandade ou relegados às palhas da miséria, em memória de Jesus quando menino; consegues compreender as dificuldades dos que caminham pela via da amargura, experimentando opróbrio e humilhação e dás-lhes a mão em gesto de solidariedade humana, recordando Jesus nos constantes testemunhos; abres os braços em socorro aos enfermos, estendendo-lhes o medicamento salutar ou o penso balsamizante, desejando diminuir a intensidade da dor, evocando Jesus entre os doentes que O buscavam, infelizes; ofereces entendimento aos que malograram moralmente e se escondem nos recantos do desprezo social, procurando-os para os levantar, reverenciando Jesus que jamais se furtou à misericórdia para os que os foram colhidos nas malhas da criminalidade, muitas vezes sob o jugo de obsessões cruéis; preparas a mesa, decoras o lar, inundas a família de alegrias e cercas os amigos de mimos e carinho pensando em Jesus, o Excelente Amigo de todos...
Tudo isto é Natal sem dúvida, como mensagem festiva que derrama bênçãos de consolo e amparo, espalhando na Terra as promessas de um Mundo Melhor, nos padrões estabelecidos por Jesus através das linhas mestras do amor.
Há, todavia, muitos outros corações junto aos quais deverias celebrar o Natal, firmando novos propósitos em homenagem a Jesus.
Companheiros que te dilaceraram a honra e se afastaram; amigos que se voltaram contra a tua afeição e se fizeram adversários; conhecidos caprichosos que exigiram alto tributo de amizade e avinagraram tuas alegrias; irmãos na fé que mudaram o conceito a teu respeito e atiraram espinhos por onde segues; colaboradores do teu ideal, que sem motivo se levantaram contra teu devotamento, criando dissensão e rebeldia ao teu lado; inimigos de ontem que se demoram inimigos hoje; difamadores que sempre constituíram dura provação. Todos eles são oportunidade para a celebração do Natal pelo teu sentimento cristão e espírita.
Esquece os males que te fizeram e pede-lhes te perdoem as dificuldades que certamente também lhes impuseste.
Dirige-lhes um cartão colorido para esmaecer o negrume da aversão que os manteve em silêncio e à distância nos quais, talvez, inconscientemente te comprazes.
Provavelmente alguns até gostariam de reatar liames... Dá-lhes esta oportunidade por amor a Jesus, que a todo instante, embora conhecendo os inimigos os amou sem cansaço, oferecendo-lhes ensejos de recuperação.
O Natal é dádiva do Céu à Terra como ocasião de refazer e recomeçar.
Detém-te a contemplar as criaturas que passam apressadas. Se tiveres olhos de ver percebê-las-ás tristes, sucumbidas, como se carregassem pesados fardos, apesar de exibirem tecidos custosos e aparência cuidada. Explodem facilmente, transfigurando a face e deixando-se consumir pela cólera que as vence implacavelmente.
Todas desejam compreensão e amor, entendimento e perdão, sem coragem de ser quem compreenda ou ame, entenda ou perdoe.
Espalha uma nova claridade neste Natal, na senda por onde avanças na busca da Vida.
Engrandece-te nas pequenas doações, crescendo nos deveres que poucos se propõem executar. Desde que já podes dar os valores amoedados e as contribuições do entendimento moral, distribui, também, as jóias sublimes do perdão aos que te fizeram ou fazem sofrer.
Sentirás que Jesus, escolhendo um humílimo refúgio para viver entre os homens semeando alegrias incomparáveis, nasce, agora, no teu coração como a informar-te que todo dia é natal para quem o ama e deseja transformar-se em carta-viva para anunciá-lo às criaturas desatentas e sofredoras do mundo.
Somente assim ouvirás no imo d’alma e entenderás a saudação inesquecível dos anjos, na noite excelsa:
"Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade, para com os homens" - vivendo um perene natal de bênçãos por amor a Jesus.
Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Espírito e Vida. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Capítulo 60. LEAL Editora.
                                          PROSTITUIÇÃO - NO BRASIL


                                                                                                                                                                                                
                                           AS GAROTAS DO BRASIL


                                                                                                                                                                                        
O negócio é lucrativo e antigo. Como em todo ramo comercial, ajusta-se aos altos e baixos do mercado. Para garantir lucro maior em época de moeda desvalorizada e muita concorrência, eliminam-se intermediários. Os rufiões, cafetinas e gigolôs estão a caminho do período jurássico desde que as prostitutas começaram a se organizar e descobriram a autogestão. Autônomas, desenham um novo perfil para a profissão mais antiga do mundo.
Aliás, o nome prostituta é feio, uma ofensa. As mulheres que têm como produto o corpo e ganham uns trocados para satisfazer a libido alheio, hoje vendem programas. Politicamente corretas, são garotas de programa.

Estudo inédito da Faculdade de Ciências Humanas da Fundação Mineira de Educação e Cultura (Fumec) revela o submundo das garotas do Brasil. A pesquisa, que ainda não terminou, traça o perfil econômico e psicológico de cerca de 7 mil prostitutas de Belo Horizonte. Com base em projeções, os pesquisadores mineiros chegam à situação nacional. Coordenado pelo psicólogo Emerson Tardieu, o projeto Trajetória e Vida das Profissionais do Sexo revela que o país possui um exército de 1,5 milhão de pessoas que cobram para fazer sexo.

No ramo, o domínio é feminino. São 98% de mulheres e 2% de homens com diploma de prazer garantido ou o dinheiro de volta. Ali também estão prostitutas com 10 anos de carreira, tempo máximo de sobrevida com tudo em cima, moças de calçada, de hotéis, boates e que anunciam em jornais e revistas.

Na tropa, apenas 4% são analfabetas, pelo menos 70% tem o primeiro grau completo e 8%, cerca de 120 mil, fazem parte do seleto time hoje apelidado de Capitu — uma referência à personagem de Giovana Antonelli na novela Laços de Família, que faz a alegria da rapaziada para poder sustentar o filho pequeno, pagar a faculdade particular, a prestação do apartamento dos pais, comprar roupas caras e, claro, fazer uma poupança básica para o rebento não passar por tudo aquilo que ela passou. 
                                            
                                            Cofrinho


                                                    
Para sustentar-se na categoria luxo, essas meninas alimentam o cofrinho com mais de R$ 2.700 por mês. São 218% a mais do que ganhará um futuro analista judiciário do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. 

‘‘Não é de assustar que a metade dessas meninas entrem para a prostituição para complementar a renda da família’’, explica Emerson Tardieu. Mas como apenas R$ 2.700 não são suficientes para pagar a prestação da casa própria, escola, fraldas, supermercado, papinhas, leite em pó, roupas de marcas famosas e jantares em restaurantes caros, o psicólogo aposta que as top de linha levam muito mais, algo como R$ 4 mil líquidos, sem desconto de imposto de renda, INSS, taxa para pagamento de sindicato ou plano de saúde. No clube-das-lulus das altas rodas, não se usam roupas, unhas ou cabelos que, mesmo em pensamento, possam ser associados à vulgaridade das rainhas do baixo meretrício. 
A zona delas é :                                     
                                           CLASSE "A". 


                                                       
Pelo menos na semântica do sexo, o apelido dessas meninas é importado.
A curiosidade é que começam a rejeitar o politicamente correto ‘‘garotas de programa’’ e atendem por scorts ou coisa mais simples como hot-call-girls. Traduzindo: garotas ‘‘quentes’’ que esperam sua ligação a qualquer hora do dia ou da noite e estão prontas para satisfazer sabe-se lá o quê. Ser uma hot-girl exige fino trato, cabelo sedoso, pernas de veludo e cintura de Barbie.

Como aparência não enche barriga, pelo menos por muito tempo, um curso superior ou a intenção de um vestibular garantem pontos extras no quesito ‘‘eu sou mais inteligente que você’’. ‘‘É uma forma delas tapearem, até diminuírem o tamanho da culpa por terem o corpo como um produto. Por isso inventam nomes diferentes e hierarquias para diferenciar pobres e ricas. Fica combinado que as pobres são prostitutas e as ricas não’’, aponta o psicólogo e coordenador da pesquisa, Emerson Tardieu. ‘‘Está certo que não se misturam, não se conhecem, mas, vamos e convenhamos, são todas do mesmo ofício’’, diz.
                                 
                                     Uma Barbie Luxo.


                      
                                                            
Chegar até as garotas de programa não é tão fácil como se imagina. 
Fora do estigma da prostituta comum, pode ser qualquer pessoa.

Em 71% dos casos, as famílias não têm nem idéia da atividade econômica que gera vestidos de até US$ 5 mil pendurados no armário. ‘‘Meus pais pensam que trabalho com moda, sou gerente de uma importadora de roupas no bairro chique de Brasília’’, despista Márcia, uma morena de 1,75m, universitária, 59 kg, cara de modelo de revista fashion.

Aos 25 anos, Márcia chegou no nível máximo da prostituição. Fatura até R$ 5 mil por mês, tem clientes fixos, é mimada com jóias de design exclusivo, freqüenta colunas sociais, vive na ponte aérea São Paulo-Brasília-Rio de Janeiro, conhece gente de novela e, por enquanto, nem sonha em concluir o estágio obrigatório exigido pela faculdade para ganhar o diploma de professora.


                                                          
‘‘São R$ 300 por seis horas de trabalho, quatro vezes na semana. Sábado e domingo, se necessário. Gasto essa quantia em uma tarde no salão de beleza’’, metralha, sem nenhuma modéstia. 
Para engrossar a pesquisa do professor Tardieu, Márcia, que nem se chama Márcia e nem sob tortura revela o nome verdadeiro, às vezes, só às vezes, sente-se deprimida e estressada com a vida que leva. 
Rebola para esconder dos pais, não participa da vida social do amigos de universidade, não tem namorado, aliás não fala sobre o assunto, morre de medo da violência de algum cliente, embora não tenha sofrido nenhuma e chegou a contratar um segurança particular para protegê-la.

A garota está nos 76% que vivem no auge do estresse e depressão computados pela pesquisa. Na vida da superstar do sexo, cuidados são poucos para driblar curiosos e pretensas concorrentes. 
Amizades, Márcia diz ter apenas duas, mais do que o suportável para uma garota de seu nível. 
Reprova, sem sombras de dúvidas, o comportamento bonzinho e coitadinho ‘‘daquela prostituta da novela, como é mesmo o nome dela?’’. 

Capitu, na pele de Giovana Antonelli, personagem número um na simpatia popular da novela Laços de Família, parece que aprendeu bem a lição da classe.

Prostituta, de jeito nenhum. 
A moça é gente fina, garota de programa, informa sua empresária, que atende por Fernanda, sem sobrenome. 
Segundo ela, o público confunde — sem explicar o porquê — garotas de programas, prostitutas, call-girls, hot-call-girls, scorts e afins. 
‘‘Se a pesquisa for sobre prostituição, te afirmo que a personagem Capitu não é uma’’, garante.

Márcia aponta, que Capitu é muito ‘‘amiguinha’’, ‘‘boazinha’’ e que a novela está toda errada. 


Erro um: não toma cuidados na hora de marcar seus encontros. 
Márcia garante que isso é coisa primária. 


Erro dois: envolve-se emocionalmente com dois homens, possíveis namorados, Isso pode atrapalhar os negócios. 


Erro três: desfila sensualidade em tops, camisetas e chega ao cúmulo de misturar unhas pretas ‘‘vulgaríssimas’’, com maquiagem berrante.

Erro quatro: a amiga pentelha que também se faz de coitadinha e comenta cada detalhe do programa da noite anterior. 


Erro cinco: programas só a noite? Está errado. 
Call-girls atendem a qualquer hora do dia. 


Erro seis: dizer que para os clientes que tem que voltar para casa cedo porque precisa cuidar do filho. 
Para Márcia, isso é coisa de iniciante.

No fim das contas, defende a colega do folhetim e jura que ela não é tão má quanto imagina, mas que apesar de ser ficção serve para desmistificar o ideal de prostituta mesquinha, vulgar, que fala palavrão a cada cinco minutos. 


‘‘E eu? 
Detesto o nome prostituta. 
Não sou’’, responde, convicta. 
É o que, então? ‘‘CALL-GIRLS’’. 
(DG)

fonte:www.oblatas.org.br

                                               LANÇA-PERFUME

                                                                                         

Antigamente o lança-perfume era a coqueluche dos salões - até mesmo as crianças ganhavam tubinhos para se divertirem nos bailes. Hoje em dia é considerado entorpecente pela vigilância sanitária, e seu uso é crime.
Com fabricação proibida no Brasil, ele aparece por ocasião do carnaval, contrabandeado de outros países sul-americanos, como Argentina , Paraguai , Uruguai e etc, pois lá seu consumo não é considerado crime.
O lança-perfume é um solvente inalante.
Solvente significa substância capaz de dissolver coisas e inalante é toda substância que pode ser inalada, isto é, introduzida no organismo através da aspiração pelo nariz ou boca.
Via de regra, todo o solvente é uma substância altamente volátil, isto é, se evapora muito facilmente sendo daí que pode ser inalada.

Um número enorme de produtos comerciais, como esmaltes, acetona , colas, tintas, benzina, tiners, propelentes, gasolina, removedores, vernizes, etc., contém estes solventes.
Todos estes solventes ou inalantes são substâncias pertencentes a um grupo químico chamado de hidrocarbonetos, tais como o tolueno, xilol, n-hexana, acetato de etila, tricloroetileno, etc.


No Brasil é a droga mais usada pelos adolescentes, depois do Álcool.
A primeira experiência geralmente ocorre em casa , segundo a já citada pesquisa do Cebrid. Como o acesso é fácil, o adolescente começa inalando esmaltes, acetona, removedores e ate o corretivo "Carbex" (no colégio) .

                                                                                     
A Trip
Uma cheirada profunda com a boca em um pedaço de tecido embebido pelo solvente, ou no próprio tubo. Imediatamente uma sensação de euforia e excitação, uma incontrolável dificuldade de se entender o que estão falando ao seu redor, seguido de um barulhinho constante, semelhante a um apito, ou assobio ("piiiiiiiiii").
O início do efeito, após a aspiração, é bastante rápido, normalmente de segundos a minutos (em, no máximo de 5 a20 minutos já desapareceu); assim o usuário repete as aspirações várias vezes para que as sensações durem mais tempo. Passado o efeito, vem uma ressaca, eventualmente semelhante a do álcool.

Efeitos
Os efeitos os solventes vão desde um estimulo inicial, com muita excitação e aceleração das batidas cardíacas, até uma depressão, podendo também surgir processos alucinatórios.
Eles afetam a respiração, causando a sensação de estrangulamento e asfixia.
Dor de cabeça também é um sintoma comum. Vários autores dizem que os efeitos dos solventes (qualquer que sejam) lembram aqueles do álcool sendo, entretanto, que este último não produz alucinações.
Depois o sistema nervoso central pode sofrer uma sobrecarga que leva a pessoa a desmaiar ou ate entrando em coma, é o chamado "Teto".

Dentre esses efeitos dos solventes o mais predominante é a depressão do cérebro.
Sabe-se que a aspiração repetida, dos solventes pode levar a destruição de neurônios (as células cerebrais) causando lesões irreversíveis do cérebro.
Além disso, pessoas que usam solventes cronicamente apresentam-se apáticas, têm dificuldade de concentração e déficit de memória, lesões da medula óssea, do fígado, dos rins e dos nervos periféricos que controlam os nossos músculos.
                                                                                                                                                                                     Os solventes tornam o coração humano mais sensível a uma substância que o nosso corpo fabrica, a adrenalina, que faz o número de batimentos cardíacos aumentar. Esta adrenalina é liberada toda vez que o corpo humano tem que exercer um esforço extra, por exemplo, correr, praticar certos esportes, pular de pára-quedas etc.

Assim, se uma pessoa inala um solvente e logo depois faz esforço físico, o seu coração pode sofrer, pois ele está muito mais sensível à adrenalina liberada por causa do esforço, podendo levar a morte por síncope cardíaca.

Abstinência
Os inalantes ou delirantes não causam dependência física, mas, o mesmo não se pode afirmar da psicológica e da tolerância. Depois de absorvidos pela mucosa pulmonar, essas substâncias são levadas para o sistema nervoso central, fígado, rins, medula óssea e cérebro, causando neste último o bloqueio da transmissão nervosa. Para os indivíduos já viciados, a síndrome de abstinência, embora de pouca intensidade, está presente na interrupção abrupta do uso dessas drogas, aparecendo ansiedade, agitação, tremores, câimbras nas pernas, insônia e perda de outros interesses que não seja o de usar solvente. A tolerância pode ocorrer, embora não tão dramática quanto de outras drogas.

Saiba um pouco mais...

Uma versão tupiniquim do lança- perfume é um produto muito conhecido pelos adolescentes, é o "cheirinho" ou "loló" ou ainda " cheirinho da loló". Este é um preparado clandestino, à base de clorofôrmio mais éter.
Mas sabe-se que quando estes "fabricantes" não encontram uma daquelas duas substâncias misturam qualquer outra coisa em substituição, o que traz complicações quando se tem casos de intoxicação aguda por esta mistura.
Um outro inalante do gênero é poppers. Vendido em sex shops europeus, e com a propriedade de aguçar a excitação, é usado principalmente por gays que o aspiram no momento do orgasmo. É raro no Brasil. São vários os tipos de inalantes, os mais simples e baratos são os mais utilizados, e podem ser:
gasolina, adesivos, fluido para isqueiro, acetona, cola de sapateiro, massa plástica clorofórmio, lança perfume ,éter, spray para cabelos e desodorantes.

Fonte: Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas - CEBRID


Os solventes tornam o coração humano mais sensível a uma substância que o nosso corpo fabrica, a adrenalina, que faz o número de batimentos cardíacos aumentar. Esta adrenalina é liberada toda vez que o corpo humano tem que exercer um esforço extra, por exemplo, correr, praticar certos esportes, pular de pára-quedas etc.
Assim, se uma pessoa inala um solvente e logo depois faz esforço físico, o seu coração pode sofrer, pois ele está muito mais sensível à adrenalina liberada por causa do esforço, podendo levar a morte por síncope cardíaca.

Abstinência
Os inalantes ou delirantes não causam dependência física, mas, o mesmo não se pode afirmar da psicológica e da tolerância. Depois de absorvidos pela mucosa pulmonar, essas substâncias são levadas para o sistema nervoso central, fígado, rins, medula óssea e cérebro, causando neste último o bloqueio da transmissão nervosa. Para os indivíduos já viciados, a síndrome de abstinência, embora de pouca intensidade, está presente na interrupção abrupta do uso dessas drogas, aparecendo ansiedade, agitação, tremores, câimbras nas pernas, insônia e perda de outros interesses que não seja o de usar solvente. A tolerância pode ocorrer, embora não tão dramática quanto de outras drogas.

                                               Sistema nervoso central

                                                                                         
Saiba um pouco mais...

Uma versão tupiniquim do lança- perfume é um produto muito conhecido pelos adolescentes, é o "cheirinho" ou "loló" ou ainda " cheirinho da loló". Este é um preparado clandestino, à base de clorofôrmio mais éter.
Mas sabe-se que quando estes "fabricantes" não encontram uma daquelas duas substâncias misturam qualquer outra coisa em substituição, o que traz complicações quando se tem casos de intoxicação aguda por esta mistura.
Um outro inalante do gênero é poppers. Vendido em sex shops europeus, e com a propriedade de aguçar a excitação, é usado principalmente por gays que o aspiram no momento do orgasmo. É raro no Brasil. São vários os tipos de inalantes, os mais simples e baratos são os mais utilizados, e podem ser:
gasolina, adesivos, fluido para isqueiro, acetona, cola de sapateiro, massa plástica clorofórmio, lança perfume ,éter, spray para cabelos e desodorantes.

Fonte:
Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas - CEBRID

22 de dez. de 2011

Depoimentos de ex-usários do Ecstasy.


ALEX KOROLKOVAS, 33 ANOS (EX-USUÁRIO)
"Para mim, a droga em si não vicia, mas sim a sensação que ela traz"



"Conheci a droga quando vivia nos Estados Unidos, em 1999. Uma amiga me chamou para tomar ecstasy em sua casa. Fui com minha mulher. Depois de 40 minutos começamos a ficar eufóricos. Você está normal e, de repente, se sente super de bem com a vida, solto. Nossa primeira reação foi tentar transar, mas vimos que não tinha nada a ver. Para mim foi uma coisa de querer sentar e conversar, abraçar as pessoas, senti-las com um toque, de forma sensual, não sexual. Nós o usamos várias vezes, sempre em ocasiões especiais, quando podíamos ficar três dias relaxando. O ecstasy é uma droga que o deixa meio debilitado depois, como se você passasse três noites dançando em vez de uma. E tem também a questão psicológica. Você vai a uma altura tão grande de felicidade e emoção que, quando sai disso e depara com a realidade de novo, tem uma tendência à depressão. Depois que você fez, quer fazer de novo. Para mim, a droga em si não vicia, mas sim a sensação que ela traz. A primeira vez é a melhor de todas, não há uma segunda que se iguale, porque antes você não tem base para comparar. Em dois anos, tomei no máximo dez vezes, sempre com minha esposa."
--
A., 26 ANOS (EX-USUÁRIO)
"Para sustentar o vício, comecei a vender"



"Minha história com droga começou em 1994 com LSD. Para sustentar o vício, comecei a vender. Mas meu mundo mudou em 1999, quando me apresentaram o ecstasy. Além de ficar maravilhado, percebi que ele era mais lucrativo. Isso foi no início, quando a droga ainda era rara. É fácil perceber quem toma. O usuário sempre anda com um kit rave: uma garrafinha de água, um Vick Vaporub, usado para dar sensação de frescor, um lança-perfume e óculos escuros ou coloridos para esconder os olhos virando no auge. Distribuí até dezembro de 2001, quando a barra pesou. Só consenti em ser internado porque já não agüentava mais."
--
G., 19 ANOS (EX-USUÁRIO)
"As crises começaram a ficar freqüentes e cheguei até a bater na minha mãe"



"Como a maioria, comecei minha escalada com o álcool, aos 11 anos. Parti para a maconha e depois queria experimentar tudo. A primeira vez que tomei ecstasy foi em uma rave. Nessa fase eu freqüentava morro, mas começou a rolar muito tiroteio. Teve uma vez em que eu estava indo comprar maconha na Rocinha e começou uma troca de tiros doida entre a polícia e os bandidos. Um cara que estava do meu lado foi atingido. Fiquei impressionado com aquela cena. Podia ter sido comigo. Quando passei a tomar "bala" (ecstasy) o contexto mudou. Era outro mundo, bem menos perigoso. Numa rave, o máximo que acontece são os seguranças tomarem tua droga para vender para os outros. Só percebi que estava no fundo do poço no dia que cheguei em casa e comecei a discutir com minha irmã. Fui ficando irritado, quebrei tudo e ameacei me jogar do 2o andar. Depois as crises começaram a ficar mais freqüentes e cheguei até a bater na minha mãe. Fui internado e estou limpo há seis meses."

Fonte: Revista Época.

                                                          LSD

                                                                                   
                                                           Estasy
                                                                               
                                                                                                                                                                                   
Clavicepis purpurea (ergot)

São drogas sintéticas, e provocam distorções sérias no funcionamento cerebral;
O usuário sente-se um "super-homem", incapaz de avaliar situações de perigo; ilusões, alucinações e desorientação têmporo-espacial são comuns.

Destacamos algumas reações do uso agudo ou crônico do LSD:

- Alteração das percepções visual, gustativa, tátil, auditiva e olfativa
- Sensação anormalmente estranha de perda do limite entre o espaço e o corpo
- Sensação de que os sons podem ser vistos
- Sensação de pânico e medo
- Apreensão constante
- Reações psicóticas representadas por alucinações, delírio, grande   labilidade afetiva, depressão psíquica.
- Sensação simultânea de relaxamento e tensão, alegria e tristeza
- Sensação paranóide de poder voar
- Morte acidental
- Aparecimento de surtos de esquizofrenia
- Distúrbio da memória, reflexos exaltados
- Tremores corporais
- Náuseas, tonteira
- Parestesia (sensação pervertida de formigamento, arranhamento ou queimação da pele)
- Distúrbios visuais
- Perda do controle dos pensamentos
- Aumento da glicose no sangue e da freqüência cardíaca
- Elevação da pressão arterial e convulsão.

Fonte:
Salvar o Filho Drogado, Dr. Flávio Rotman, 2ª edição, Editora Record.

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O LSD é solúvel em água, pode ser rapidamente absorvido depois de administrado oralmente e é eficaz em quantidades notavelmente pequenas.
Uma dose média de 25 microgramas pode produzir efeitos significativos durante 10 a 12 horas.
Sua potência é impressionante (300 mil vezes mais ativa que a maconha), porque o tecido cerebral mantém uma baixíssima concentração de LSD em relação a qualquer outro tecido do corpo, durante todo o tempo posterior a ingestão da droga.

A tolerância ao LSD ultrapassa a maioria dos outros alucinógenos, incluindo os derivados de anfetamina alucinógena e a mescalina; mas não se estende à maconha. Os usuários de LSD, portanto, repetem as doses após longos intervalos e não o substituem nem o administram simultaneamente com outros alucinógenos.

Fonte:
Como agem as drogas, Gesina L. Longenecker,PH.D. Quark books.

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                                   "Estasy "Ilusão do amor perfeito.                                                  

                                                                                           
Chamada erroneamente de droga do amor, o estasy é considerada uma droga nova e é muito conhecida entre a galera que sai à noite na balada, principalmente em raves.
O estasy causa uma sensação de euforia e prazer.
 Segundo algumas pessoas que já experimentaram a droga, você é tomado por uma sensação de leveza, alegria e poder.

O ecstasy foi inventado em 1914 em uma pesquisa com antidepressivos com efeito rápido.
Começou a ser usada há 10 anos na Inglaterra e hoje é consumido em geral por jovens de classe média. O tráfico não vem dos morros das favelas: na maioria das vezes, é feito dentro de algumas festas mesmo.
Mas o perigo está justamente nessa sensação de poder que a droga passa. Esse "bem estar", alegria e muita energia é como se fosse uma "ilusão" que o cérebro passa. De repente, uma pessoa toma a droga e fica dançando por umas 5 horas, mas muitas vezes ela não tem um preparo físico para agüentar tanta agitação. Não é raro algumas pessoas ficarem com febre ou resfriadas no dia seguinte. Isso porque a droga diminui a resistência do corpo.

Está muito errado quem pensa que só porque o ecstasy é "droga de final de semana", não vicia.
Vicia sim!
O estasy é uma anfetamina, uma droga sintetizada em laboratório. Anfetamina é estimulante do sistema nervoso central.
Ou seja, faz com que você fique "ligado" por mais tempo do que o normal, executando atividades e descartando o descanso.
Só que esse cansaço aparece depois que a droga sai do organismo.
Quando o usuário for tomar a droga de novo, a energia vem em menor intensidade.
Aí, é claro que a pessoa vai tomar uma dose muito maior na próxima vez.
O organismo da pessoa vai ficando cada vez mais tolerante à droga e aí vira uma bola de neve.
Quando menos se imagina, a pessoa já virou dependente.

                                                                                         

A droga pode provocar euforia, desinibição, ansiedade e intensa sensação de sociabilidade.
Porém, existem casos onde os efeitos são exatamente ao contrário: ao invés de prazer, a pessoa pode ser tomada por uma sensação de paranóia e pânico, além de profunda depressão.

Depois de ingerido, o ecstasy começa a fazer efeito depois de 20 a 60 minutos.
Além de psíquico, causa efeitos físicos: aumento da pressão arterial, aceleração dos batimentos cardíacos, diminuição do apetite, pupilas dilatadas e boca seca.

O metabolismo acelera, e por isso, a temperatura do corpo aumenta, chegando até 40º.
Esse é um dos motivos que levam os consumidores a beber litros e litros de água enquanto dançam. A vista também fica sensível a luz, por isso que muitos usam óculos escuros.

Aliás, o calor provocado pela droga é o efeito colateral mais discutido, sendo que se a temperatura do corpo aumentar muito, pode causar convulsões e levar o usuário até a morte.

                                                                                               

Para saciar a sede, o pessoal abusa da água. Só que aí que vem o dilema: se beber muita água, o usuário não vai conseguir controlar a urina e se não beber muita água, pode sofrer de desidratação!!

Lembrando que como a droga faz parte do grupo das anfetaminas, os efeitos deste também servem para o ecstasy: sérios danos no fígado, coração, cérebro e degeneração dos neurônios, além da possibilidade de aparecer sintomas psíquicos como paranóia, agressividade, ansiedade fóbica, insônia, etc.

                                                                                           
Depressão e perda de memória são outros efeitos colaterais.
Ou seja, por se tratar de uma droga química, ou seja, produzida em laboratório, os efeitos dessa e de tantas outras drogas podem não ser tão agradáveis assim como muitas pessoas acham!

 Fonte: MSN

ANFETAMINAS
Sob a designação geral de anfetaminas, existem três categorias de drogas sintéticas que diferem entre si do ponto de vista químico. As anfetaminas, propriamente ditas, são a destroanfetamina e a metanfetamina.
Existem no mercado vários produtos que podem ser enquadrados numa dessas três categorias. São eles: Benzidina e Bifetamina, anfetaminas puras; Dexedrine, um sulfato de destroanfetamina, com estrutura molecular semelhante ao hormonio epinefrine (adrenalina), que é uma substância secretada no corpo humano pela glândula supra-renal nos momentos de susto; Dexamil, uma combinação de dextroanfetamina e amobarbital, um sedativo; Methedrine e Desoxyn, metanfetaminas puras; Desbutal e Obedrin, combinações de metanfetamina e pentobarbital, um barbitúrico; e Amphaplex, um coquetel de metanfetamina, anfetamina e dextroanfetamina. Preludin, uma droga que difere quimicamente das anfetaminas, é enquadrada nesse grupo por causar os mesmos efeitos.
Em estado puro, as anfetaminas têm a forma de cristais amarelados, com sabor intragavelmente amargo. Geralmente ingeridas por via oral em cápsulas ou comprimidos de cinco miligramas, as anfetaminas também podem ser consumidas por via intravenosa (diluídas em água destilada) ou ainda aspiradas na forma de pó.
A anfetamina surgiu no século 19, tendo sido sintetizada pela primeira vez na Alemanha, em 1887. Cerca de 40 anos depois, a droga começou a ser usada pelos médicos para aliviar fadiga, alargar as passagens nasais e bronquiais e estimular o sistema nervoso central. Em 1932, era lançada na França a primeira versão comercial da droga, com o nome de Benzedrine, na forma de pó para inalação. Cinco anos mais tarde, a Benzedrine surgiu na forma de pílulas, chegando a vender mais de 50 milhões de unidades nos três primeiros anos após sua introdução no mercado.
Durante a Segunda Guerra Mundial, tanto os aliados como as potências do Eixo empregaram sistematicamente as anfetaminas para elevar o moral, reforçar a resistência e eliminar a fadiga de combate de suas forças militares. Tropas alemãs, como as divisões Panzer, empregavam a Methedrine. Já a Benzedrine foi usada pelo pessoal da Força Aérea norte-americana estacionado em bases na Grã-Bretanha. Em território dos Estados Unidos, entretanto, o uso das anfetaminas por pessoal militar só foi oficialmente autorizado a partir da Guerra da Coreia. A febril produção de anfetaminas para atender aos pilotos da Luftwaffe, a força aérea de Hitler, gerou excedentes que provocaram uma verdadeira epidemia anfetamínica no Japão. Perto do final, da guerra, os operários das fábricas japonesas de munição receberam generosos suprimentos da droga, que era anunciada como solução para eliminar a sonolência e embalar o espírito. Como resultado, no período imediato do pós-guerra, o Japão possuía 500 mil novos viciados.
Pouco mais tarde, no início da década de 50, militares americanos servindo no Japão e na Coreia se transformaram nos primeiros a utilizar o speedball, uma mistura injectável de anfetamina e heroína. Outra epidemia anfetamínica aconteceu na Suécia em 1965, depois que a droga passou a ser fornecida pelo serviço nacional de saúde. Milhares de pessoas se aproveitaram do fato de a anfetamina ser distribuída gratuitamente para consumir quantidades abusivas da sua substância, até que ela foi tornada ilegal algum tempo depois.
Nas últimas décadas, a anfetamina tem sido usada em massa em tratamentos para emagrecer, já que a droga é temporariamente eficaz na supressão do apetite. Entretanto, à medida que o tempo passa, o organismo desenvolve tolerância à anfetamina e torna-se necessário aumentar cada vez mais as doses para se conseguir os mesmos efeitos. A perda de apetite gerada pelo seu uso constante pode transformar-se em anorexia, um estado no qual a pessoa passa a sentir dificuldade para comer e até mesmo para engolir alimentos pastosos, resultando em sérias perda de peso, desnutrição e até morte. Durante muito tempo, a anfetamina foi também utilizada para tratar depressão, epilepsia, mal de Parkinson e narcolepsia. Actualmente, apenas a narcolepsia permanece utilizando essa droga em seu tratamento.
As anfetaminas agem estimulando o sistema nervoso central através de uma intensificação da norepinefrina, um neuro-hormônio que activa partes do sistema nervoso simpático. Efeitos semelhantes aos produzidos pela adrenalina no cérebro são causados pelas anfetaminas, levando o coração e os sistemas orgânicos a funcionarem em alta velocidade. Resultado: o batimento cardíaco é acelerado e a pressão sanguínea sobe bastante. Ao agir sobre os centros de controle do hipo tálamo, ao mesmo tempo em que reduz a actividade gastrointestinal, a droga inibe o apetite e seu efeito pode durar de quatro a 14 horas, dependendo da dosagem.
A anfetamina é rapidamente assimilada pela corrente sanguínea e, logo depois de ser ingerida, provoca arrepios seguidos de sentimentos de confiança e presunção. As pupilas dilatam, a respiração torna-se ofegante, o coração bate freneticamente e a fala fica atropelada. Em seguida, o usuário da droga pode entrar em estado de euforia e elevação, enquanto seu corpo se agita com uma intensa liberação de energia. Quando essa energia se extingue, o efeito começa a declinar, sendo substituído por inquietação, nervosismo e agitação, passando à fadiga, paranóia e depressão. Esgotadas as sensações da droga, o abuso leva geralmente a dores de cabeça, palpitações, dispersividade e confusão. Como o efeito é pouco duradouro e termina em depressão, o usuário é levado a tomar doses sucessivas, que vão aumentando na quantidade de anfetamina ingerida à medida que o organismo vai se habituando à droga. O ciclo de abuso e dependência pode criar uma reacção tóxica no organismo, conhecida como psicose anfetamínica, que pode durar até algumas semanas, com irritabilidade, insónia, alucinações e até a morte em casos extremos. Os sonhos de quem abusa de anfetaminas são perturbados e interrompidos, e seu sono é pouco reparador.
Overdoses fatais, todavia, são raras, e a dosagem letal ainda é desconhecida, sendo que os usuários mais habituais podem consumir até 1000 miligramas por dia. Ao contrário do que os médicos pensavam quando se começou a utilizar a anfetamina, a droga não causa dependência física, mas psicológica, podendo chegar a tal ponto em que o abandono de seu uso torna-se praticamente impossível.
As anfetaminas são as drogas geralmente associadas com os casos de doping em corridas de cavalos, jogos de futebol e outras competições desportistas.
                                                 COGUMELOS

                                                                                        
                                                      Amanita muscaria 

Empregados como alucinógenos há milhares de anos, os cogumelos apresentam muitas variedades. O tipo Amanita muscaria, também conhecido como "agário das moscas" porque o seu sumo atordoa as moscas por ele atraídas, é familiar à maioria das pessoas como cogumelo decorativo. Ele possui um "chapéu" em forma de guarda-chuva vermelho com bolinhas brancas e um caule branco com uma base em forma de xícara. Dois alucinógenos muito proximamente relacionados, o muscimol e o ácido ibotênico são encontrados no Amanita muscaria; ambos estimulam os receptores do neurotransmissor GABA no sistema nervoso central. Os primeiros efeitos do cogumelo Amanita são desorientação, falta de coordenação e sono, enquanto que os efeitos posteriores incluem euforia intensa, distorção da noção de tempo, alucinações visuais intensas e alterações de humor que podem incluir fúria. No caso de doses altas podem ocorrer efeitos tóxicos. O cogumelo A.muscaria em si é menos tóxico do que outros do gênero Amanita, que são altamente venenosos e até letais.
Psilocybe cubensis 
Dentro do grupo Amanita existem variedades venenosas, mas raramente fatais por causa da toxina muscarina, de ação imediata: ela estimula os receptores de acetilcolina, situados no cérebro e nos sistema nervoso periférico. Sua intoxicação provoca salivação, lacrimejamento, perda de controle da urina e das fezes. Podem ainda ocorrer contração pupilar, cólicas, naúseas, vômitos e queda do ritmo cardíaco e da pressão arterial.
O genêro Psilosybe traz os alucinógenos psilosibin, quimicamente semelhantes à serotonina e ao LSD. Podem provocar euforia, náusea, sonolência, visão obscura, pupilas dilatadas, aumento de percepção de cores, de contornos, formas e imagens. Outras reações comuns são forte ansiedade e angústia, com imagens extraordinárias e assustadoras. Os efeitos podem passar em três horas, mas cria-se rapidamente a tolerância.

( Fonte: Anjos Caídos, Içami Tiba. Editora Gente, 6ª edição)
( Fonte: Como agem as drogas, Gesina L. Longenecker,PH.D. Quark books. Ilustrações de Nelson W.Hee)
HEROÍNA

A heroína é descendente directa da morfina, e ambas são tão relacionadas que a heroína, ao penetrar na corrente sanguínea e ser processada pelo fígado, é transformada em morfina. A droga tem sua origem na papoila, planta da qual é extraído o ópio. Processado, o ópio produz a morfina, que em seguida é transformada em heroína. A papoila empregada na produção da droga é cultivada principalmente no México, Turquia, China, Índia e também nos países do chamado triângulo Dourado (Birmânia, Laos e Tailândia).




A morfina é um alcalóide natural do ópio, que deprime o sistema nervoso central, e foi a primeira droga opiácea a ser produzida em 1803. Como poderoso analgésico, suas propriedades foram amplamente empregadas para tratar de feridos durante a Guerra Civil Americana, em meados do século passado. No final do conflito, 45 mil veteranos encontravam-se viciados em morfina, o que despertou na comunidade médica a certeza de que a droga era perigosa e altamente causadora de dependência. Mesmo assim, nos Estados Unidos, a morfina continuou sendo usada para tratar tosse, diarreia, cólicas menstruais e dores de dente, sendo vendida não só em farmácias, mas também em doceiras e até por reembolso postal. Em consequência, o número de viciados começou a crescer, e os riscos representados pela droga eram cada vez mais evidentes, o que fez com que os cientistas passassem a procurar um substituto seguro para a morfina.
Em 1898, nos laboratórios da Bayer, na Alemanha, surgiu o que se acreditou na época ser o substituto ideal: a diacetilmorfina, uma substância três vezes mais potente que a morfina. Devido a essa potência, considerada "heróica", a Bayer decidiu baptizar oficialmente a nova substância com o nome de heroína.
A heroína foi aplicada em viciados em morfina, e os cientistas comprovaram que a droga aliviava os sintomas de abstinência dos morfinômanos.
Durante doze anos acreditou-se que a heroína poderia substituir, segura e eficazmente, a morfina. Além das doenças anteriormente "tratadas" pela morfina, a heroína também foi usada como remédio para a cura do alcoolismo. Por ironia, ficou provado que a heroína é ainda mais viciante do que a morfina, podendo criar dependência em apenas algumas semanas de uso. Em 1912, os Estados Unidos assinaram um tratado internacional visando acabar com o comércio de ópio no mundo inteiro. Por causa disso, dois anos mais tarde, o Congresso norte-americano aprovou uma lei que restringiu o uso de opiáceos, e, na mesma década, criou mecanismos judiciais que tornavam a heroína ilegal. Isso levou a uma situação peculiar: antes de 1914, muitas pessoas se haviam tornado viciadas em heroína consumindo a droga como remédio; a partir desse ano os dependentes eram transformados em marginais que precisavam recorrer ao mercado negro para obter a droga e evitar os dolorosos sintomas da síndrome de abstinência. Ao ser consumida (geralmente por injecção intravenosa), a heroína pode causar inicialmente náusea e acessos de vomito, mas à medida que o organismo se adapta aos efeitos da droga o usuário passa a sentir-se num estado de excitação e euforia, às vezes semelhante ao prazer sexual. Simultaneamente a droga induz sensações de paz, alívio e satisfação, que se desvanecem algum tempo depois. Como o efeito é relativamente breve (mais ou menos 60 minutos), o usuário é impelido a consumir nova dose de droga. Dentro de algum tempo de uso constante, ele sentirá necessidade de quantidades cada vez maiores de heroína, não para sentir prazer, mas simplesmente para evitar os terríveis sintomas da abstinência. O viciado em heroína torna-se apático, letárgico e obcecado pela droga, perdendo todo interesse pelo mundo que o cerca. Ficar sem a droga significa um verdadeiro inferno para ele, que passa a sentir dores atrozes, febres, delírios, suores frios, náusea, diarreia, tremores, depressão, perda de apetite, fraqueza, crises de choro, vertigens, etc.
Apesar de tudo isso, algumas teorias recentes sustentam que ninguém morre de overdose de heroína, já que testes em animais mostraram que não existe uma dose letal da droga. Afirma-se que uma dose de heroína pode ser mortal para um viciado em certas ocasiões, mas em outras não.
Essas teorias consideram que, nesses casos, não é a heroína a causa da morte, mas sim um efeito semelhante ao choque causado pela injecção de misturas de heroína com outras substâncias utilizadas para adulterar a droga vendida ilegalmente. Como se não bastassem os perigos da heroína, ela ainda é consumida em coquetéis conhecidos como speedballs, onde a droga é misturada com anfetaminas ou cocaína. Esta última mistura foi responsável pela morte do cantor e comediante John Belushi, em 1982.
Da mesma forma que a heroína foi descoberta como remédio para a morfina, outras substâncias vêm sendo pesquisadas para resolver o problema do vício em heroína. Uma delas é a metadona, uma mistura química sintética que alivia os sintomas de abstinência de heroína. Sintetizada pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial, a metadona é um opiáceo produzido em laboratório, pouco mais potente que a morfina. Ela é quase tão eficaz quando aplicada por via intravenosa. Doses adequadas de metadona podem durar até 24 horas, e por isso a droga vem sendo empregada, nos Estados Unidos, para tratar viciados em heroína. Seu uso é totalmente restrito a clínicas e hospitais que aplicam a metadona em pacientes dependentes de heroína, que precisam da droga para escapar dos sintomas da síndrome de abstinência. Entretanto, o viciado que não receber a sua dose também está sujeito a sofrer diarreia, suores, insónia, e dores de estômago, provocados pela falta da substância.
Ela também é considerada altamente viciante, mas não produz a euforia gerada pela heroína. A metadona não causa tolerância e, a medida que o tratamento vai evoluindo, o usuário pode reduzir paulatinamente as doses até livrar-se do vício.
ÓPIO



O ópio é a única droga que foi motivo declarado para uma guerra. No século 17, a British East Índia Company produzia ópio na Índia e o vendia em grande quantidade para a China. Até que, em 1800, o Imperador Ch'ung Ch'en proibiu o consumo da droga, que se alastrava pelo território chinês como uma verdadeira epidemia. Todavia o contrabando prosseguiu e, em 1831, a venda de ópio em Cantão atingiu o equivalente a 11 milhões de dólares, enquanto que o comércio oficial deste porto chinês não passou dos sete milhões de dólares.

A insistência do governo chinês em reprimir o uso e a venda da droga levou o país a um conflito com a Inglaterra, conhecido como a Guerra do Ópio. Ela começou em Março de 1839, durou quase três anos e terminou com a vitória dos ingleses, que obrigaram a China a liberar a importação da droga e a pagar indemnização pelo ópio confiscado e destruído em todos esses anos, além de ceder Hong Kong. Como resultado, em 1900, metade da população adulta masculina da China era viciada em ópio.
Uma das substâncias mais viciante que existe, o ópio é produzido a partir da resina extraída das cápsulas de sementes de papoila, (Papaver somniferum), planta originária da Ásia Menor e cultivada na Turquia, Irã, Índia, China, Líbano, Grécia, Jugoslávia, Bulgária e sudoeste da Ásia, onde se localiza o famoso Triângulo Dourado. 

A droga é feita retirando-se um líquido leitoso das cápsulas da papoila, que, depois de secado, resulta numa pasta amarronzada, que então é fervida para se transformar em ópio. Processamentos posteriores do ópio resultam em morfina, codeína, heroína e outros opiáceos.
No mercado ilegal, o ópio é vendido em barras ou reduzido a pó e embalado em cápsulas ou comprimidos.
Ele não é fumado e sim inalado pelos usuários, já que em contacto directo com o fogo o ópio perde suas propriedades narcóticas. 
A droga também é comida e consumida como chá ou, no caso de comprimidos, dissolvida sob a língua. 
Uma dose moderada faz com que o usuário mergulhe num relaxado e tranquilo mundo de sonhos fantásticos. 
O efeito dura de três a quatro horas, período em que o usuário se sente liberado das ansiedades cotidianas, ao mesmo tempo em que seu discernimento e sua coordenação permanecem inalterados. 
Nas primeiras vezes, a droga provoca náuseas, vómitos, ansiedade, vertigens e falta de ar, sintomas que desaparecem à medida que o uso se torna regular. 
O consumidor frequente torna-se passivo e apático, seus membros parecem cada vez mais pesados e sua mente envolve-se numa onda de letargia.
Como os seus derivados, o ópio provoca tolerância no organismo, que passa a necessitar de doses cada vez maiores para se sentir normal. 
O aumento da dosagem leva ao sono e à redução da respiração e da pressão sanguínea, podendo evoluir, em caso de overdose, para náusea, vomito, contracção das pupilas e sonolência incontrolada, passando à coma e morte por falha respiratória. A overdose pode ser causada não apenas por um aumento da dosagem de ópio, mas também pela mistura da droga com álcool e barbitúricos. 
Como o ópio causa grave dependência, o consumidor habitual pode morrer em razão da síndrome de abstinência, caso o uso da substância seja suspenso abruptamente.
Especialistas afirmam que a inalação casual da droga dificilmente causa vício, embora seja desconhecido o ponto exacto em que a pessoa se torna dependente de ópio. Uma vez viciado, o indivíduo deixa de sentir o estupor originalmente produzido pela droga, passando a consumir ópio apenas para escapar dos terríveis sintomas da síndrome de abstinência, que duram de um a dez dias e incluem arrepios, tremores, diarreias, crises de choro, náusea, transpiração, vómito, cólicas abdominais e musculares, perda de apetite, insónia e dores atrozes. Pesquisas recentes indicam que os opiáceos podem causar mudanças bioquímicas permanentes a nível molecular, fazendo com que o ex-viciado se mantenha predisposto a retornar ao vício mesmo após anos de privação do uso de opiáceos.
O ópio possui diversos alcalóides, entre eles a morfina, principal responsável pelo efeito narcótico. Outros alcalóides fazem do ópio um agente anestésico, e por milhares de anos a droga foi utilizada como sedativo e tranquilizante, além de ser ministrada como remédio para disenteria, diarreia, gota, diabetes, tétano, insanidade e até ninfomania. O ópio também já foi considerado medicamento útil na alcoolismo, sendo que no século 19 milhares de alcoólatras passaram a consumir preparados de opiáceos para se livrar da bebida, mas apenas trocavam uma droga por outra.
Depoimentos dos Usuários de LSD
Suas identidades são preservadas com nomes fictícios
· "Com 16 anos fui apresentada a uma droga que usei durante mais de três anos: o LSD. Na época eu não sabia que o LSD era o alucinógeno mais potente conhecido pelo homem. A droga vinha em pequenos pedaços de papel, chamados pontos que não eram maiores do que o meu dedo indicador. 


                                                                                                                                                                                                             
Quinze minutos depois de pôr o papel na minha língua o meu corpo todo ficava quente e eu começava suar. Algumas outras reações que experimentei foram pupilas dilatadas, náuseas e "arrepios". Enquanto estava drogada com o LSD sentia como se houvesse uma enorme distorção na minha mente e corpo. As mudanças visuais e de humor eram parecidas com um pesadelo assustador. Era como se eu não tivesse controle sobre minha mente e corpo". — Edna
· "Após tomar o ácido, pensei que tínhamos batido de frente contra um caminhão de 18 rodas e tínhamos morrido. Podia ouvir o metal a chiar, e depois, um silêncio escuro e diabólico. À essa altura eu estava apavorada; pensava realmente que tínhamos morrido...Durante um ano não fui a nenhum cemitério porque tinha medo de encontrar a minha própria sepultura". — Jennifer
· "Comecei a beber aos 15 anos. Depois comecei a tomar ecstasy, estimulantes, cocaína e LSD. Descobri como era difícil manter um emprego e fiquei deprimido. Pensei que nunca iria superar a minha obsessão pelas drogas. Tentei me suicidar duas vezes com overdose de comprimidos. Fui levado a psiquiatras que me deram ainda mais drogas, anti-depressivos e tranquilizantes, que só pioraram as coisas. Para extravasar os meus sentimentos, comecei a auto-ferir-me, cortando e queimando meu próprio corpo". — Fernando
· "Quando meus amigos me deram LSD, a minha viagem começou a virar paranoia. Eu sentia que eles conspiravam para fazer alguma coisa comigo, talvez até me matar. Pensava comigo mesmo: 'Tenho que sair daqui'. Corri para o quarto do meu amigo, abri a janela e pulei. Felizmente meu amigo morava no térreo. Corri por uma área de madeira em direção à uma ponte. Sentia o meu coração batendo cada vez mais rápido. Ouvia vozes que me diziam que teria um ataque cardíaco e morreria. E não acabou aí. Anos mais tarde quando eu estava a correr no parque, de repente, bang! Eu comecei a ter um flashback daquela viagem. Comecei a ter um ataque de pânico terrível e ouvia as mesmas vozes me dizendo que eu teria um ataque cardíaco e morreria. Eu diria para qualquer pessoa mesmo só a pensar em tomar o LSD que pensasse duas vezes". — Paulo


ESTATÍSTICA INTERNACIONAIS. 

Os mais ricos são os que mais usam a droga.

De acordo com o Ministério da Justiça, esporadicamente se tem notícias acerca do consumo de LSD no Brasil, principalmente por pessoas das classes mais favorecidas. Embora raramente, a polícia apreende, vez por outra, parte das drogas trazidas do exterior.
Na Europa, 4,2% daqueles com idade entre 15 e 24 anos já tomaram LSD pelo menos uma vez. Em Portugal, o número de convulsões causadas por cogumelos alucinógenose LSD em 2006 foi maior na cidade de Lisboa.

O Que é Um Alucinógeno?

Os alucinógenos são drogas que causam alucinações. Os usuários veem imagens, ouvem sons e sentem sensações que parecem muito reais mas que não existem.
Alguns alucinógenos também produzem mudanças repentinas e imprevisíveis no humor daqueles que os consomem.

Nos EUA, desde 1975 são feitas pesquisas em nível nacional com estudantes do último ano do ensino médio para determinar as tendências no consumo de drogas e para saber as opiniões dos estudantes sobre a toxicodependência. 

Em 1997, 13,6% dos formandos do ensino médio tinham experimentado LSD pelo menos uma vez na vida.
Um estudo lançado em janeiro de 2008 descobriu que cerca de 3,1 milhões de pessoas nos EUA com idades entre 12 e 25 anos já tinham consumido LSD.



No Brasil, ainda não foram feitos estudos sobre o consumo de LSD  entre a população, que é uma vergonha. 


Sendo uma droga vendida sem controle.

21 de dez. de 2011

                                          VICIADOS EM REMÉDIOS.


                                                                                       

A máquina de propaganda da indústria farmacêutica, a irresponsabilidade de muitos médicos e a ignorância dos usuários criaram um novo tipo de vício, tão perigoso quanto o das drogas ilegais: a farmacodependência

Um dia, sem querer, você abre uma das gavetas do seu filho adolescente e encontra um cigarro de maconha. A sensação é de decepção, medo, angústia, seguida de terrível constatação: "Meu filho é um drogado". Enquanto torce mentalmente para que ele não esteja viciado, você, sem perceber, se vê abrindo a gaveta de remédios para retirar o calmante que usa nos momentos de tensão, antevendo a inevitável e difícil conversa que precisará travar quando ele chegar. É nessa gaveta de medicamentos que você encontra o alívio para o corpo e a alma.São analgésicos para a dor, ansiolíticos para relaxar, antiinflamatórios e até mesmo comprimidos de anfetamina usados para conter o apetite que tantas vezes você não consegue controlar naturalmente.

Em meio ao nervosismo, você não se dá conta de que alguns desses remédios ingeridos diariamente podem causar mais danos e dependência que as substâncias que você conhece como "Drogas Ilícitas".
Esteja certo: se um químico fizesse uma análise fria das substâncias encontradas na sua gaveta e na do seu filho, o garoto não seria o único a precisar de uma conversa séria sobre o perigo de se amparar em muletas psicoativas.
"Do ponto de vista científico, não há diferença entre um dependente de cocaína e um viciado em remédios que contêm anfetamina", diz o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, coordenador do Programa de Orientação e Assistência a Dependentes (Proad), da Universidade Federal de São Paulo.
"Droga é droga, não importa se ela foi comprada num morro ou numa farmácia dentro de um shopping."

E o Brasil tem uma farmácia para cada 3 000 habitantes, mais que o dobro do recomendado pela Organização Mundial de Saúde.
Há mais pontos de venda de medicamentos do que de pão – são 55 000 farmácias contra 50 000 padarias.
Drogas químicas podem ser compradas até por telefone e pela internet, com ou sem receita médica.

Mas, afinal, precisamos mesmo de tantos remédios?

Segundo a maioria dos especialistas, a resposta é não.
Apesar da saúde precária dos pobres, que mal conseguem ter acesso a alimentos básicos, e dos distúrbios orgânicos da classe média e dos ricos, resultado de um estilo de vida descomedido e estressante, o quinto lugar ocupado pelo Brasil em consumo de medicamentos reflete principalmente um problema grave que hoje é alvo de debate nos Países Desenvolvidos:
O uso abusivo de remédios e os interesses bilionários da indústria farmacêutica.

Numa sociedade que perdeu a noção de vida saudável, os medicamentos se tornaram a solução mágica para todas as complicações, inclusive aquelas de natureza essencialmente psicológica, relacionadas às pequenas frustrações do dia-a-dia.

                                                                                       

Uma inversão de valor cujas consequências começam a preocupar.
Segundo a Fundação Oswaldo Cruz, 30% das 80 000 mortes anuais por intoxicação no Brasil são causados pelo uso indevido de remédios.
A situação é ainda mais grave nos Estados Unidos, onde anualmente 1 milhão pessoas são intoxicadas por medicamentos.
As chamadas doenças iatrogênicas, aquelas provocadas por tratamentos médicos inadequados, compõem atualmente uma parcela ampla – e ainda não quantificada – dos atendimentos em hospitais e clínicas.
Tudo isso é quase um escândalo quando se considera a advertência de um especialista na área, o professor Daniel Singulem, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

"A natureza resolve sozinha 90% dos problemas de saúde do ser humano",
diz Daniel. "Em geral, pede-se aos médicos apenas que não atrapalhem".

Por: Jomar Morais.

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