NOSSAS EXPERIÊNCIAS: 2012-04-22

26 de abr. de 2012

14/5/2010 - Depoimento de um viciado


Antes de se suicidar, Percy Partrick, dependente de drogas, endereçou uma carta emocionante alertando os jovens. Se alguém lhe oferecer algum tóxico, demonstre ser mais homem do que eu fui. Não se deixe tentar, por nenhuma razão, e saiba responder com um “não”.

Talvez você encontre “amigos” que lhe ofereçam gratuitamente um pouco da coisa (droga) para depois, sucessivamente, fazer você pagar por ela. No princípio o preço é reduzido, mas quando perceberem que você se tornou viciado (dependente), aumentarão os preços. Não esqueça que a mesma pessoa que lhe vendeu a maconha, terá, em reserva para você, também a heroína. E tudo isso, por quê? Não certamente pela sua felicidade, mas para obter dinheiro.




A droga pode oferecer momentos de felicidade, mas a cada um destes momentos corresponde um século de desespero que jamais poderá ser apagado. A droga destruiu todos os meus sonhos de amor, as minhas ambições e a minha vida no seio da família.







O adolescente, além de se preservar do uso das drogas, deve fazer algo para aqueles que já são escravos deste vício. Por: Percy Partrick.
O CHEIRADOR TAMBÉM É RESPONSÁVEL - UMA CAPA HISTÓRICA.


A capa da VEJA desta semana merece entrar para a galeria das sínteses de que só o jornalismo é capaz e que acabam fazendo história. Há ali uma inversão genial do senso comum. E, ao se inverter a formulação, toca-se no centro nervoso da questão da droga: o consumo.

Sim, todos sabemos que, em regra, “quem cheira morre”  — ou, ao menos, tem aumentadas as chances de uma morte precoce. E o mesmo se pode dizer do consumidor de  quaisquer drogas, lícitas ou ilícitas — umas mais letais, outras menos.

Ocorre que, em relação às drogas ilícitas, é preciso ter claro que QUEM AS CONSOME TAMBÉM MATA.

Há uma certa indulgência, no Brasil e no mundo, com o consumidor de drogas ilícitas. Curiosamente, transfere-se para a lei a responsabilidade pelos desastres sociais por elas provocados. “Ah, se fossem legais, tudo seria diferente. A culpa é da lei”. Trata-se de um raciocínio obviamente torto.

A ser assim, a melhor maneira de se acabar com os crimes é, se me perdoam a tautologia, descriminá-los. Se vale para as drogas, por que não valeria para outros tipos de transgressão? No Brasil, diga-se, o consumo, na prática, já é descriminado. Agora, o Ministério da Justiça tem um estudo indicando que também o “pequeno (?) traficante” tem de sair da cadeia.

O narcotráfico já demonstrou sua incrível capacidade de se reinventar. Se o “pequeno traficante” não tiver problemas maiores com a Justiça, é evidente que a saída para o grande traficante será fragmentar ainda mais a rede de distribuição. Até parece que um “pequeno” não está a serviço de um “grande”. Afinal, quem é o seu fornecedor?

“Então, Reinaldo, para você, também o consumidor comete um crime?” Ora, é evidente que sim. E é preciso ser um cretino ou um vigarista moral para ignorar que o dinheiro que ele dispensou na compra da “mercadoria” se transforma em dinheiro sujo e vai meter um revólver ou um fuzil na mão de um adolescente.

Quem cheira mata!


Por Reinaldo Azevedo.

22 de abr. de 2012

O uso de drogas no Brasil e no mundo está crescendo a cada ano. Independente de classe social cada vez mais adolescentes experimentam drogas cada vez mais cedo.
Entre os fatores para esse aumento do abuso de drogas estão:
  • Cada vez maior aceitação e pressão de seu meio social para o uso de drogas.
  • Oferta em quase todos os lugares: escolas e faculdades, clubs, danceterias, festas, amigos...
  • Drogas cada vez mais puras e baratas em decorrência do aumento da demanda.
  • Novas e perigosas drogas como o ecstasy, com apelo de marketing – a droga do amor, K – a droga dos Clubs, etc...
  • Distanciamento entre pais e filhos.
  • Aumento da potência de drogas antes ditas leves, como a maconha.
O abuso de drogas têm, em muitos casos, efeito devastador na vida de um jovem.

O relacionamento com pais, amigos não-usuários, atividades escolares e de lazer costumam ser as primeiras vítimas. Mas existem vários casos onde o abuso de drogas não é acompanhado do detrimento destas relações.

Drogas como a maconha podem levar os usuários a um estagio de letargia, improdutividade, sonho, conhecido com síndrome letárgica. A síndrome letárgica é acompanhada da diminuição da capacidade de aprender e da memória de curto prazo. O estereotipo de um usuário de maconha é do sujeito largadão, quem não produz e não trabalha. Obviamente existem muitos usuários que não são profundamente afetados pela maconha. Mas existem muitos outros que o são.

Outras drogas tais como cocaína e crack são muito mais perigosas com profundas e sérias conseqüências para o usuário. O poder de dependência destas drogas é extremo e seu uso pode levar a danos cerebrais irreversíveis. Nos últimos tempos assistimos em nosso país a explosão do ecstasy, que combina perigosíssimos fatores: é uma droga bem aceita pelos jovens, com marketing próprio (conhecida como pílula do amor), está cada vez mais barata e disponível, sendo a droga da moda. O ecstasy é extremamente neurotóxico. Estudos demonstram que mesmo poucas seções de uso podem acarretar danos cerebrais permanentes e seríssimos, ocasionando problemas que vão de perda de memória e depressão crônica ao mal de Parkinson. Também recentemente o Brasil passou a ser rota de passagem da Heroína de alta qualidade que começou a ser produzida recentemente pela Colômbia; É de se esperar o aumento da oferta dessa poderosíssima droga que até há pouco estava longe do Brasil.

O uso das drogas também podem levar ao convívio de indivíduos perigosos tais como traficantes e usuários pesados expondo o jovem a influência de tais indivíduos e a atuação na margem da lei.
Sinais

Listas de sinais supostamente denunciadores do abuso de drogas tais quais afastamento de amigos e família, queda no rendimento escolar, apatia, gastos excessivos, etc.. podem, ao nosso ver, ser enganadoras e injustas. Existem muitos motivos pelos quais os jovens podem apresentar este comportamento, não necessariamente pelo uso de drogas. A própria adolescência e as profundas modificações físicas e psíquicas que ela acarreta podem ser desencadeadores de grandes mudanças de comportamentos, às vezes rebeldes e anti-sociais, sem que isso seja um indicador do uso de drogas.

Paradoxalmente lembramos que o uso de drogas começa sempre ocasionalmente e sem sinais aparentes; Muitas vezes somente quando o abuso está grave é que os pais começam a perceber si

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