NOSSAS EXPERIÊNCIAS: 2012-01-08

14 de jan. de 2012

HERPES LABIAL E GENITAL – SINTOMAS E TRATAMENTO

  O herpes labial e o herpes genital são doenças infecciosas e contagiosas causadas por um dos subtipos de vírus da família do Herpesvírus humano, composta por 8 subtipos diferentes. Cada subtipo do vírus da Herpes causa doenças completamente distintas uma das outras, como catapora (varicela), Herpes simples e mononucleose infecciosa, por exemplo. Neste texto abordaremos os sintomas, a transmissão e o tratamento do herpes labial e do herpes genital.
Antes de falarmos do herpes labial e genital, vale a pena passarmos os olhos na lista com os 8 subtipos de vírus da família Herpesvírus:

- HHV 1 e HHV 2: Vírus Herpes Simples 1 e 2 (HSV-1 e HSV-2) , causadores do que vulgarmente se chama de herpes.
- HHV 3: Vírus da varicela Zoster, causador da varicela (catapora) e do Herpes Zoster.
- HHV 4: Vírus Epstein-Barr, causador da mononucleose infecciosa.-HHV 5: Citomegalovírus, também causador de síndrome de mononucleose e comum agente infeccioso em imunodeprimidos.
- HHV 6 e 7: Roseolovírus, causador do exantema súbito, muito comum em crianças.
- HHV 8: Vírus associado ao Sarcoma de Kaposi, câncer que ocorre em portadores de SIDA (AIDS)
Este texto focará nos Vírus Herpes simples 1 e 2 (HSV-1 e HSV-2), responsáveis pela herpes labial e pela herpes genital, respectivamente.

Vírus da Herpes simples 1 e 2

O HSV-1 costuma causar o herpes labial, enquanto que o HSV-2 é, em geral, responsável pelo herpes genital. Digo em geral porque como a prática de sexo oral é muito comum, não é raro encontrarmos lesões orais pelo Herpes vírus 2 e lesões genitais pelo herpes vírus 1.

Um em cada cinco adultos é portador do HSV-2 e mais da metade da população tem o HSV-1. Porém, muitos portadores não apresentam sintomas.

A infecção pelo Herpes simples é recorrente, ela vai e volta espontaneamente. Isto ocorre porque o vírus "se esconde" dentro das células do sistema nervoso impedindo que as defesas do organismo consigam eliminá-las completamente. Quem tem Herpes, o terá pelo resto da vida.

De tempos em tempos o vírus volta a se manifestar, normalmente em períodos de queda do sistema imune. Alguns fatos predisponentes são conhecidos, como exposição solar intensa, estresse emocional, menstruação, traumas etc... A frequência das recorrências é individual.

Sintomas do herpes labial | Sintomas do herpes genital

A primeira aparição costuma ser a mais sintomática, pois neste momento ainda não temos anticorpos formados. Em geral, o quadro é de múltiplas vesículas (pequenas bolhas) agrupadas, com áreas de inflamação na base e ao redor. As lesões são muito dolorosas e podem vir acompanhadas de mal estar, linfonodos (gânglios) aumentados e febre.

As recorrências costumam ser menos sintomáticas e mais curtas. Normalmente apresentam alguns sintomas que "avisam" que as lesões do herpes vão reaparecer. Dor, formigamento ou prurido (comichão) local costumam surgir algumas horas antes das vesículas.

As vesículas podem romper-se, formando pequenas ulcerações que lembram aftas O HSV-1 e o HSV-2 têm predileção pela mucosa oral e genital, respectivamente. Porém, podem causar lesão em outras partes do corpo como na pele, olhos, meningite, encefalite (infecção do encéfalo), hepatite, pneumonia e esofagite (infecção do esôfago). Essas infecções mais graves costumam ocorrer em doente com imunossupressão como na SIDA (AIDS) e nos transplantados.
Uma outra complicação das infecções pelo Herpes vírus é a paralisia facial, chamada de paralisia de Bell.

Transmissão do herpes

A transmissão do herpes ocorre por contato íntimo com a área infectada. O Herpes vírus é muito contagioso; o período de maior risco de transmissão é durante as crises e nos 2 dias que a antecedem, podendo também ocorrer mesmo quando não há lesões aparentes. Alguns pacientes secretam o vírus mesmo fora das crises, podendo transmiti-lo a qualquer momento, principalmente no HSV-2.
O vírus é encontrado nas lesões, na saliva, no sêmen e nas secreções vaginais. A transmissão por objetos, como copos e talheres pode ocorrer, mas é menos comum, uma vez que o vírus sobrevive poucas horas fora de um organismo vivo. O período de incubação, ou seja, o intervalo de tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas, é de 4 dias, em média.

O Herpes simples genital é uma DST (doença sexualmente transmissível). Durante a fase ativa deve-se evitar atividade sexual, pois mesmo com o uso da camisinha há risco de contaminação.
O HSV-1 é normalmente adquirido durante a infância, enquanto que o HSV-2 na vida adulta.

Tratamento do herpes

O tratamento com antivirais, como o aciclovir, serve pra reduzir o tempo de doença. Quanto mais precocemente forem iniciados, melhor a resposta. No herpes labial pode-se usar pomadas e no genital comprimidos. Mais uma vez, não há cura para o herpes. Também ainda não existe vacina eficaz contra o herpes vírus.

O tratamento está realmente indicado nas lesões primárias e nos doentes imunossuprimidos. Nos outros casos, o tratamento não altera muito o curso da crise.

Outras lesões que não são herpes

Outros 2 tipos de lesões genitais têm causado algum tipo de confusão com o Herpes. Ambas são assintomáticas e podem acometer genitália e boca. A primeira são as manchas de Fordyce, uma espécie de glândulas sebáceas. Não indicam qualquer tipo de doença. A outra lesão são as pápulas peroladas. Também não indicam nenhuma patologia e pode acometer homens e mulheres.

Dr. Pedro Pinheiro fonte: www.mdsaude.com
Para realizar esta reportagem, VEJA entrevistou oito homens que tinham infectado a mulher. A idéia era que relatassem sua história e se deixassem fotografar. Ninguém concordou. As justificativas iam do medo dos comentários entre colegas de trabalho até a reação dos filhos. Alguns reconheceram que temem ser tachados de homossexuais. Todos falam com remorso sobre a transmissão do vírus para a mulher. "Eu sei que acabei com a vida dela e me arrependo muito", relata o engenheiro paulista Jorge. "Minha filha está crescendo com dois pais sob risco de morte." Ele soube que estava com o vírus em 1992, quando foi doar sangue para um colega de trabalho hospitalizado. A doação foi recusada, e ele teve de fazer um novo teste. "Larguei meu emprego e mudei com minha família para o interior, mas o casamento não durou mais um ano", lembra. "Felizmente minha ex-mulher ainda não desenvolveu a doença."

Para quem se chocou com os relatos, é sempre útil lembrar que a única forma segura de não engrossar as estatísticas da Aids é usar o bom senso e a camisinha. Não é tão simples, mesmo porque as mulheres que são contaminadas em geral não tinham motivo para suspeitar do risco que corriam junto de seus parceiros. Então, por que tomar precauções? As pessoas podem, no entanto, agir com mais responsabilidade, sobretudo os homens. E talvez com um pouco mais de malícia, sobretudo as mulheres.

 * Os bissexuais, por exemplo, deveriam ter a dignidade de renunciar ao casamento para não colocar em risco suas esposas. O homem nessa situação simplesmente não tem o direito de fingir que leva uma vida normal.

 * Para o homem ou a mulher casados que mantêm aventuras heterossexuais, é imperativo o uso da camisinha nesses encontros fora de casa. É o mínimo que se pode esperar. Comportar-se de maneira diferente é agir como um assassino em potencial.

* A mulher casada que tenha a mais leve desconfiança de que seu marido mantém relações extraconjugais precisa exigir a camisinha. Se desconfiar que o parceiro pode ter relações homossexuais, então, a exigência é muito mais urgente.

Isso é o que dizem os médicos e especialistas no comportamento de pessoas que se contaminaram. A mesma sugestão, no entanto, acaba sendo colhida da principal das vítimas: a mulher. Ouça-se pela última vez a pedagoga Jerusa Maria Mendes, de Pernambuco: "Depois de odiar meu marido num primeiro momento, depois de me odiar, passei a ver uma coisa que não via antes. Reconheço que a culpa pela presença do vírus no meu corpo é dos dois: dele por ter me contaminado e minha por não ter exigido a camisinha. Se eu pudesse voltar atrás, teria tomado essa decisão tão simples e hoje seria saudável".

Não posso ter filhos

"Eu desconfiei que poderia estar contaminada pelo vírus da Aids antes mesmo de fazer um exame. É que meu marido, de uma hora para outra, ficou muito doente. Desenvolveu uma tuberculose que não sarava mais. Fiquei sabendo que era Aids, e o teste a que me submeti foi apenas uma confirmação. Nunca senti raiva. Minha única preocupação foi cuidar dele até o fim. Acompanhava suas idas semanais ao médico, tomava conta dos horários de medicamento e cozinhava legumes e verduras duas vezes ao dia. Como ele dormia só quatro ou cinco horas por noite, eu também ficava acordada. Depois desse período terrível, ele se recuperou e viveu mais quatro anos como uma pessoa normal. Foi a melhor fase do nosso relacionamento. Quando ele morreu, perdi o rumo. Entrei em depressão e não saí de casa por uns dois meses. Agora estou num grupo de auto-ajuda e encontrei um namorado soropositivo. Ainda não desenvolvi a doença, mas a Aids me tirou um grande sonho: não vou poder ter filhos."
Greicilene Rodrigues
Fotos: Egberto Nogueira

A gente ia se casar

"Começamos a namorar quando eu tinha 15 anos de idade. Depois de seis anos de namoro e um de noivado, já tínhamos comprado apartamento e o meu enxoval estava completo. Faltava apenas marcar a data do casamento. Foi quando ele começou a ficar muito magro e doente. Dizia que era um problema intestinal. Só descobri que era Aids porque peguei uma caixinha do remédio que ele estava tomando, Estavudina, da família do AZT, fui até a farmácia e o senhor que me atendeu explicou para que servia. À noite perguntei: 'Nós estamos com Aids?'. Foi aí que descobri que o homem que eu amava estava morrendo sozinho sem me contar. Fiz o meu teste e, é claro, deu positivo. Fiquei desesperada, mas na hora ainda estava muito magoada por ele não ter confiado em mim. A doença nele foi fulminante. Três semanas depois que fiquei sabendo, ele morreu e eu achei que ia ser a próxima. Comecei a me destruir. Saía toda noite, bebia muito e não tomava os remédios. Depois de um ano encontrei outra pessoa que me ajudou muito e estou muito bem. Iniciei o tratamento com o coquetel, engordei e voltei a estudar."
Angélica Silveira

A fidelidade me traiu

"Não sou promíscua. Nunca fui. Só mantinha relações sexuais com meu namorado. Mas talvez se eu fosse, hoje não teria contraído o vírus da Aids. Não me preveni, não pedia a ele que usasse camisinha, como se o amor me proporcionasse imunidade. Mas a fidelidade me traiu. Histórias como a minha há muitas. Eu me apaixonei pelo meu namorado, que conheci por intermédio de um amigo comum. Um ano depois, ao fazer um exame de rotina, descobri que estava com o vírus. Quando peguei o resultado, simplesmente desabei. Quantas de nós deixam de se proteger em nome do amor, ou do 'o que ele irá pensar de mim?'. A pessoa amada é sempre idealizada e perfeita. Esquecemos que há lá atrás um passado de amores vividos. Por que não dialogar sobre o uso do preservativo pelo menos até o resultado do teste? Um homem aparentemente saudável, um colega de trabalho ou de faculdade pode estar infectado. Todo meu projeto de vida foi alterado. Coisas que eu pensava que teria anos para realizar passam a ter urgência."
Simone Borges
Foto: Renan Cepeda

Ele sabia havia seis meses

"Ele sabia que estava com Aids havia pelo menos seis meses e continuou levando o nosso casamento como se nada tivesse acontecido. Seguíamos mantendo relações sexuais sem preservativo. Ele mentiu logo para mim, que confiava cegamente no seu amor. Só soube que ele estava com Aids quando minha sogra avisou. Fiquei com tanta raiva que perdi o controle e bati nele. Fiquei com ódio. Estávamos casados havia cinco anos e depois da notícia nossa relação acabou. Não me separei porque tive medo de que as pessoas não me aceitassem. Não tenho como esquecer que estou com o HIV porque a discriminação está em toda parte. Uma vez, ao contar a um dentista que era portadora do vírus, ele disse que não podia me atender. Parei de fazer a unha com minha manicure depois que ela perdeu várias clientes por minha causa. Minha irmã também já perdeu um namorado depois que contou a ele que eu tinha Aids. Mesmo assim, não me arrependo de ter assumido a doença. Não conseguiria enganar as pessoas como meu marido me enganou."
Jacqueline Normandia
Foto: Eugenio Savio

Tentei o suicídio

"Para mim, a Aids me fazia lembrar do Cazuza na fase terminal da doença: um pouco de pele por cima dos ossos. Quando a notícia sobre minha contaminação se espalhou, tinha vizinho que corria para dentro de casa quando eu passava. Todos me evitavam. Eu mesma não sabia como me comportar. Poderia me aproximar dos meus filhos? Pegá-los no colo? Beijá-los? Eu queria morrer. Tentei o suicídio três vezes tomando remédios e me cortando com uma faca. Fiquei com muita raiva do meu marido, mas eu ainda o amava e não me separei dele. O desejo superou o trauma e a gente continuou mantendo relações sexuais. Um dia ele não tinha preservativos, nem eu. Como éramos soropositivos, não nos preocupamos. Acabei ficando grávida. A família dele queria que eu abortasse, mas não admiti. A Jessica nasceu infectada, mas depois de dois anos os exames mostraram que ela não vai desenvolver a doença. Nunca recebi uma notícia tão boa."
Elizabete do Rocio Chagas
Foto: Joel Rocha

Tive vontade de matá-lo

"Eu soube que estava com a doença por acaso. Apareceram uns nódulos no meu pescoço e fui consultar-me. Acabei fazendo alguns exames, entre eles o do HIV. Deu positivo. Estava casada há dezessete anos e não usava camisinha. Para mim, o preservativo era um bom método anticoncepcional. Mas eu tinha feito laqueadura depois do terceiro filho e não precisava disso. Jamais passou pela minha cabeça, como de resto pela cabeça da maioria das mulheres, que manter relações sexuais com o marido pudesse ser tão perigoso. Só vivia para a família, enquanto o meu marido me traía. Minha revolta era tão grande que pensei seriamente em matá-lo, mas não tive coragem. Felizmente já estávamos separados há dois meses, quando soube. Um dos momentos mais duros após a contaminação foi dar a notícia para meus filhos. Minha filha mais velha tinha 15 anos. Ela me viu chorando e perguntou o que havia acontecido. Eu não queria falar, mas não resisti. Para evitar que meus filhos passem por uma experiência semelhante, sempre falo sobre sexo seguro e em casa sou eu que forneço a camisinha para eles."
Romilda de Lima
Foto: Jader da Rocha

A Aids de mãe para filho

Crianças contaminadas
ao nascer: "a maior
parte dos casos
podia ser evitada"
Foto: Egberto Nogueira
Na esteira do avanço da epidemia de Aids entre mulheres está também o crescimento de um tipo ainda mais cruel de contaminação. É a transmissão perinatal do vírus, aquela que acontece da mãe soropositiva para o filho. O primeiro caso foi registrado no Brasil em 1985. Desde então, 40% das 3.596 crianças que nasceram carregando o vírus da Aids morreram. As sobreviventes, algumas passando hoje pela pré-adolescência, enfrentam uma rotina de medicamentos e preconceito. Muitas delas nem freqüentam escola porque não suportam o peso da discriminação. "O revoltante é que a maior parte dos casos de crianças com Aids poderia ser evitada", afirma a infectologista Marinella Della Negra, responsável pela ala de atendimento de crianças soropositivas do hospital paulista Emílio Ribas.
O fato de uma mãe ter o vírus da Aids não significa que a criança também seja infectada. A contaminação ocorre em um de cada quatro nascimentos. A transmissão do vírus, na grande maioria dos casos, não acontece durante a gestação, mas no parto. Na hora de nascer, a criança é banhada de sangue contaminado e o vírus penetra no organismo do bebê por meio de lesões microscópicas que são comuns na hora do nascimento. Se a gestante se tratasse com o remédio AZT, a quantidade de vírus que atinge a criança diminuiria drasticamente. Se a criança também tomar doses diárias de AZT nas primeiras seis semanas de vida, o vírus não se alastra e pode regredir. Com AZT, o risco de o bebê se tornar um soropositivo cai de 25% para 8%. O desafio de diminuir o número de registros da Aids perinatal depende também de informação médica. "Quando consulta uma gestante, os médicos pedem uma série de exames, mas não o de HIV. É uma negligência criminosa", acusa o infectologista paulista Caio Rosenthal. A prova desse pouco-caso é que no ano passado sobraram duas de cada três caixas de remédio anti-Aids na rede oficial de saúde. No período, mais de 600 crianças nasceram infectadas.

Com reportagem de Dina Duarte, do Recife, Luciano Patzsch, de Curitiba, Fabiana Godoy, de São Paulo, Consuelo Dieguez e Ronaldo França, do Rio de Janeiro, Daniella Camargos, de Belo Horizonte, e Cristine Prestes, de Porto Alegre

13 de jan. de 2012

A Aids tem um vírus transmissor, o HIV, mas se multiplica em ambiente de desinformação. Não é por outra razão que o último relatório da Organização Mundial de Saúde mostra que nove de cada dez casos da doença registrados no mundo ocorrem em países pobres ou em desenvolvimento. Há mais casos no interior que nas capitais e o crescimento é mais acentuado entre pessoas pobres e de baixa escolaridade. "Não me preveni e me comportava como se o amor me garantisse a imunidade. Talvez se eu fosse promíscua hoje me preocuparia com a camisinha e não teria o vírus da Aids", diz Simone Borges, 29 anos, técnica em radiologia do Rio de Janeiro, que contraiu Aids com um namorado. "As mulheres que têm vários parceiros sabem dos riscos que correm e por isso se cuidam", afirma o cancerologista paulista especializado em Aids, Dráuzio Varella. "Já as monogâmicas acreditam que a fidelidade é uma proteção."
A incidência de Aids entre mulheres está aumentando por uma trágica combinação de fatores biológicos, econômicos e sociais. Os principais motivos, de acordo com médicos, psicólogos e grupos de apoio a infectados, são os seguintes:

 * A mulher tem dez vezes mais chance de contrair o vírus de um homem infectado do que um homem de ficar doente relacionando-se com uma mulher soropositiva.

 * para um homem se contaminar numa relação com uma mulher portadora do vírus é necessário que seu pênis esteja ferido. É muito mais fácil notar o ferimento no pênis — e assim se proteger com camisinha — do que uma lesão interna na mulher, que pode passar despercebida.

* o esperma contaminado tem uma concentração de vírus várias vezes maior do que a encontrada na secreção vaginal de uma mulher soropositiva. Além disso, o tempo de permanência do pênis em contato com a secreção vaginal é muito menor do que a da mulher em contato com o esperma.

* em geral, os homens comandam a relação sexual, usando camisinha quando lhes interessa. Nos depoimentos aos grupos de apoio a portadores do HIV são comuns as histórias de maridos que tomavam como ofensa a sugestão de usar preservativo. É como se a mulher o estivesse acusando de ser infiel.

 * embora não existam estatísticas a respeito, a experiência dos médicos mostra que é grande o número de homens casados, aparentemente insuspeitos, que gostam de uma aventura homossexual de vez em quando. "Eu afirmaria que a maioria dos homens que infectaram suas mulheres foi contaminada numa relação homossexual", declara o infectologista David Uip, de São Paulo.

 * muitos casais param de usar preservativos no momento em que consideram que o relacionamento se tornou sério ou quando passam a morar juntos. "Para eles, o preservativo é como se fosse uma formalidade", explica Dráuzio Varella. "É usado na época em que os parceiros se estão conhecendo, mas depois é abandonado."

Para a ciência não há dúvida de que a Aids é mais cruel com as mulheres do que com os homens. Dois estudos recentes apresentados por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, reforçam a fragilidade da mulher diante do vírus. Comparando um grupo de homens e outro de mulheres que estavam no mesmo estágio da doença, as universidades verificaram que os sintomas progridem mais rápido no sexo feminino, independentemente dos medicamentos usados ou do nível de células de defesa que a paciente tenha. Ainda não se sabem os motivos dessa diferença biológica, mas estuda-se uma hipótese relacionada à ação dos hormônios femininos. Some-se a isso o fato de que os maridos que levam a Aids para dentro de casa em geral não fazem o teste do HIV. As mulheres descobrem a doença normalmente depois que os companheiros adoecem e já perderam um bom tempo no processo de tratamento.

Ao saber que está com Aids, a mulher tem uma primeira reação previsível, igual à do homem: a raiva, o ódio, a vontade de cometer uma loucura contra o responsável por sua contaminação. "Quando soube que era HIV positiva, que havia sido infectada por meu marido, esperei que ele chegasse em casa, olhei para ele e disse: 'Você me matou'. Fiquei com tanta raiva por ele não ter me contado que perdi o controle e bati nele. Depois disso, já tentei suicídio duas vezes", conta Jacqueline Normandia, 32 anos, operadora de telemarketing em Belo Horizonte. Após essa fase de fúria, a mulher passa a demonstrar reações distintas das do homem, bem menos egoístas. A tendência masculina é fazer o possível para evitar que a notícia se espalhe. O motivo é sabido. Tem medo de que os amigos pensem que ele é gay. Nessa hora, inventa histórias para a própria mulher. Se o casamento é recente, conta que contraiu o vírus de uma antiga namorada. Se o casal enfrentou uma separação, diz que teve um caso eventual nesse período com outra mulher. Já a mulher prefere contar logo o ocorrido para a família. Nas conversas com os médicos ou psicólogos, ela demonstra também preocupação imediata com o futuro dos filhos. Afinal, quem vai cuidar deles depois que ela se for? Isso sem contar a dor imediata das crianças. Na escola, os amigos acabam sabendo que a sua mamãe pegou Aids e quem passou foi o seu papai.

"Cuidei dele até o fim" — Outro dado curioso é que, apesar do ódio, as mulheres dificilmente abandonam seus maridos, ainda que só estejam nesta situação terrível por causa deles. "Meu marido morreu de Aids no ano passado e cuidei dele até o fim. Minha preocupação era dar força para ele lutar contra a doença", afirma a dona de casa Greicilene Rodrigues, de 24 anos, de São José dos Campos. É claro que a presença do vírus produz outros tipos de reações, pessoais, delicadas e extremamente compreensíveis. "Tenho vontade de namorar, tenho desejo sexual, mas quem vai querer uma mulher com Aids? Ainda mais com tantos filhos", desabafa a viúva Renata Frazão, sete filhos, carioca de 35 anos que perdeu o marido com Aids.

"Se eu pudesse voltar atrás..." — O avanço da Aids entre as mulheres, da forma como vem ocorrendo, exige que as pessoas pensem um pouco mais nos seus relacionamentos íntimos. O casamento é uma aliança que envolve rotina, uma base sólida para a criação dos filhos e a manutenção da família. Não é um acordo em torno de aventuras. Com o tempo, a paixão pode arrefecer, mas sobram a amizade, a confiança, uma história comum. O casamento, como outras instituições, passa por ciclos. A paixão na lua-de-mel, a adaptação à vida a dois nos primeiros anos, o primeiro filho por volta do quarto ano e, em um determinado momento, a "crise dos sete anos", seguida da crise dos dez, quinze, vinte... Os dois se perguntam se valeu a pena o esforço que fizeram no passado e se o casamento merece uma chance no futuro. É a velha história: elas anseiam por romance, eles querem mais sexo. Surge o caldo ideal para a traição conjugal. Sem camisinha, como se vê.

Aguardem continuação final da reportagem



Dormindo com o inimigo

Sete em cada dez mulheres aidéticas são infectadas por seus maridos

Thomas Traumann e Karla Monteiro
Fotos: Leo Caldas-Lumiar/Egberto Nogueira/Edison Vara/Eugenio Savio/Jader da Rocha/Renan Cepeda/Joel Rocha/Rodolfo Machado
Jerusa Maria Mendes, Recife
38 anos, pedagoga, cinco filhos.
Ano do diagnóstico: 1995
Angélica Silveira, São Paulo
24 anos, estudante de arquitetura.
Ano do diagnóstico: 1994
Greicilene Rodrigues, São José dos Campos
24 anos, dona de casa.
Ano do diagnóstico: 1993


Maria Beatriz Dreyer Pacheco, Porto Alegre
49 anos, advogada, quatro filhos.
Ano do diagnóstico: 1997
Jacqueline Normandia, Belo Horizonte
32 anos, operadora de telemarketing.
Ano do diagnóstico: 1991
Romilda de Lima, Curitiba
36 anos, secretária, três filhos.
Ano do diagnóstico: 1994


Simone Borges, Rio de Janeiro
29 anos, técnica de radiologia.
Ano do diagnóstico: 1996
Elizabete do Rocio Chagas, Curitiba
36 anos, vendedora, três filhos.
Ano do diagnóstico: 1994
Maria Helena Araújo, Florianópolis
46 anos, escrivã aposentada.
Ano do diagnóstico: 1991


"Eu desconfiava que meu marido tinha suas aventuras extraconjugais. Desde 1993, ele apresentava sintomas estranhos. Foi internado várias vezes com crises de herpes-zoster e tuberculose. Resolvi fazer um exame. Nunca mais vou esquecer aquela sexta-feira 13, dia em que saiu o resultado. Era janeiro de 1995. Aos 35 anos de idade, confirmei uma suspeita que me martirizava: fui contaminada pelo HIV por meu marido. Fiquei em estado de choque. Só conseguia chorar e passei a pensar que iria morrer no dia seguinte. Eu me senti impotente, injustiçada, arrasada. Não era promíscua, não recebi transfusão de sangue nem usava drogas de nenhum tipo, quanto mais injetáveis. Só poderia ter pegado Aids de uma maneira: fazendo sexo com o homem com quem vivo há dez anos. Estou pagando pelo prazer que meu companheiro foi buscar fora de casa."

O depoimento acima, dado a VEJA pela pedagoga pernambucana Jerusa Maria Mendes, hoje com 38 anos, é de arrepiar. Ela foi contaminada pelo vírus da Aids sem pertencer a nenhum grupo de risco, apenas levando a vida corriqueira de uma mulher casada. Para muita gente, um caso assim parece ser fruto de uma fatalidade. Da mesma forma que pegou Aids com o marido, Jerusa poderia ter sido atingida por um raio caminhando na Praia de Boa Viagem, no Recife. Certo? Errado duplamente. Em primeiro lugar, porque normalmente as pessoas olham para as vítimas da Aids como se fossem uma exceção. Esse modo de encarar a contaminação é fruto do preconceito e do desconhecimento em relação à doença.

A primeira sensação das pessoas sadias é achar que alguma coisa errada houve para ter ocorrido o contágio.

— Isso não poderia ter acontecido comigo, é a conclusão errada que muita gente tira por causa da ignorância. A Aids foi no ano passado a doença que mais matou no mundo. Fez 2,3 milhões de vítimas. No Brasil, é a segunda doença que mais vítimas fatais faz entre as mulheres de 20 a 50 anos — período mais ativo de sua vida sexual. As doenças que mais matam são, pela ordem, câncer, Aids, doenças circulatórias, derrames, doenças cerebrovasculares e doenças respiratórias.

Nessa faixa de idade, a Aids matou no Brasil 2600 mulheres apenas em 1996. Há uma segunda razão para se preocupar com o problema. A relação heterossexual estável e monogâmica tornou-se, para as mulheres, a principal porta de entrada para o vírus da Aids. Segundo pesquisa feita pelo Núcleo de Estudos para a Prevenção da Aids da Universidade de São Paulo, 71% das mulheres soropositivas contraíram o vírus do marido ou de um namorado ou noivo com quem se relacionam há mais de um ano. Ficam bem atrás as contaminações em mulheres que trocam de parceiro com mais freqüência e as usuárias de drogas injetáveis. O estudo da USP foi feito com 148 entrevistas de portadoras do HIV e, de acordo com todos os especialistas consultados por VEJA, retrata uma tendência nacional da epidemia. Entre os homens, a conta é outra. De acordo com dados do Ministério da Saúde, 43% dos soropositivos dizem ter contraído o vírus em relações não convencionais (homossexuais ou bissexuais). Os que se dizem contaminados em relações heterossexuais são 25% do total. Com uma clareza que machuca, o confronto dos números reforça o que está escrito no título desta reportagem. Milhares de mulheres estão literalmente dormindo com o inimigo.

Jerusa conheceu o artista plástico Ernandes Ferreira Cavalcanti, de 45 anos, por intermédio de amigos comuns. Ele era solteiro. Ela, viúva. Namoraram e casaram-se. Formavam o que ela define como "um casal normal". Todos os fins de semana, eles passam um dia na praia. Vão ao cinema mais de uma vez por mês. Em alguns domingos, Ernandes cozinha e prepara uma feijoada para os amigos e a família. Ele trabalha em casa pintando quadros e está abrindo uma microempresa para fazer pintura e pequenos consertos domésticos. Ela trabalha há doze anos como educadora no Centro das Mulheres do Cabo, uma organização não-governamental feminista. Nas datas especiais, como o Dia das Mães, quebram a rotina e vão a um motel. A vida sexual do casal era como a de qualquer outro. Mantinham de duas a três relações semanais e ficavam distantes em épocas de crise. Nas fases de euforia, quando a paixão entre os dois incandescia, saíam para dançar e mergulhavam em noitadas às quais ela se refere como inesquecíveis.

Doze mulheres por dia — Dois detalhes tornam o caso impressionante. O primeiro: Jerusa tem cinco filhos, o mais novo com 13 anos, o mais velho com 22, fruto do seu primeiro casamento. O mais velho tentou o suicídio depois de receber a notícia de que a mãe estava doente. O segundo detalhe, contado por ela própria: "Em várias oportunidades eu pedi ao Ernandes que usasse preservativo nas nossas relações sexuais, mas ele se recusou. Dizia que o pedido era coisa de feminista. Acabei cedendo, não pedi mais, e deu no que deu".

Quando um homem e uma mulher decidem viver juntos, eles estão dividindo mais do que uma paixão ou o sonho de formar uma família. É um gesto de confiança, um acordo de que os dois vão responsabilizar-se um pelo futuro do outro — e os dois pelo futuro dos filhos. Nem sempre funciona dessa forma, como mostram os números. A Aids, que já atingiu mais de 135.000 pessoas no Brasil, há muito deixou de ser um mal relacionado a homossexuais, travestis, prostitutas e viciados em drogas. A doença entrou na casa dos brasileiros e está contaminando mães e esposas. Em 1985, existia uma mulher contaminada para cada grupo de 25 homens. Hoje, a relação é de uma mulher para dois homens. Entre as casadas, a doença tomou contornos alarmantes nos últimos anos. Desde 1995 caiu o número de contaminações anuais por HIV de homossexuais (-16%), usuários de drogas injetáveis (-18%) e receptores de transfusão de sangue (-38%). Entre as mulheres contaminadas por relação sexual, no entanto, o crescimento foi de 14%. No ano passado, segundo dados preliminares, 14500 pessoas foram infectadas no Brasil, sendo 4300 do sexo feminino. Feitas as contas, são doze mulheres contaminadas todos os dias, oito delas em relações monogâmicas. Vitimar mulheres casadas e monogâmicas é enterrar definitivamente o conceito de "grupo de risco" para definir as pessoas mais expostas ao HIV.

Seria menos perturbador se a pesquisa da Universidade de São Paulo descobrisse que aquele grupo de mulheres "casadas" contaminadas, os tais 71%, tivesse feito alguma coisa errada, tivesse dado algum passo em falso, não tivesse resistido a uma compreensível aventura fora do casamento depois de tantos anos fazendo sexo com o mesmo homem. Mas não. Tudo indica que elas só se relacionavam com o marido. Também seria menos perturbador para as demais mulheres se a pesquisa apontasse um traço qualquer de perfil ou de personalidade que as distinguisse das não contaminadas, mas isso não aconteceu. Elas não são diferentes de ninguém. A maioria possui emprego, aposentadoria ou ganha dinheiro no mercado informal. Mais de 12% freqüentaram a universidade, um índice acima da média nacional. A idade das contaminadas é em torno de 32 anos. Elas têm em média dois filhos. O erro delas? Confiaram nos maridos e namorados e faziam sexo sem preservativo. É um dado longe da realidade?

Aguardem cotinuação da reportagem...

12 de jan. de 2012



DST – Doenças Sexualmente Transmissíveis:



O que são DST
São doenças transmitidas principalmente pela relação sexual vaginal, oral ou anal, através do contato dos órgãos sexuais com a lubrificação vaginal ou com o sêmen.

Os principais sintomas das DST
Corrimentos abundantes amarelados ou esverdeados na vagina ou pênis.

Nome das principais DST
- Aids
- Candidíase
- ChatoGonorréia
- Cancro Mole
- Clamídia
- Condiloma (Crista de Galo, ou HPV)
- Donovanose
- Hepatite B
- Herpes
- Linfogranuloma
- Sífilis
- Tricomoníase
- Vaginose

Os principais sintomas de DST
                                   
Mau-cheiro no órgãos genitais.
Coceiras ou vermelhidão constantes na virilha, vagina, saco ou pênis.
Feridas na agina, saco, pênis ou ânus
verrugas na vagina, pênis, boca, saco ou ânus
bolhas (vermelhidão) na virilha, vagina, saco ou pênis
ardor ao urinar
Dor durante as relações sexuais

Como se proteger das DST
A única forma de se proteger das DST é usando camisinha. Tanto a camisinha feminina quanto a camisinha masculina protegem das DST, inclusive a aids.O diafragma usado junto com o espermicida, evita algumas DST como a candidíase (cândida) e o condiloma (crista de galo), mas não evita as outras DST e nem a aids.

Prevenção no sexo vaginal, prevenção no sexo oral, prevenção no sexo anal
CAMISINHA MASCULINA 
Também chamada de preservativo masculino ou condom, trata-se de um saquinho de látex fino que deve ser colocado no pênis ereto (duro) antes de qualquer contato sexual. Ele impede a passagem dos espermatozóides para o útero. Como é descartável, depois de usado uma vez deve ser jogado no lixo

Importante:
  •  A camisinha masculina evita a gravidez em até 98% quando bem colocada. 
  •  A camisinha só fura ou rasga caso esteja com a data de validade vencida, ou se for usada com lubrificantes a base de óleo (como a vaselina) ou se for colocada sem que sua ponta seja apertada. Nesse caso o ar que permanece dentro ajuda ela a estourar.
  •  Oferece prevenção das DST (doenças transmitidas pelo sexo), incluindo a Aids.
  •  Pode ser usada para prevenir essas doenças na relação sexual vaginal, oral ou anal, evitando o contato entre mucosa bucal, anal, pênis ou sêmen.


CAMISINHA FEMININA
Também chamada de preservativo feminino, é um saquinho feito de poliuretano, macio e transparente para ser colocado antes da relação sexual para revestir a vagina e a parte externa da vulva, protegendo os grandes lábios. Dentro tem um anel, também em poliuretano, que fica solto e serve para  facilitar a sua colocação e fixação na vagina.  Como é descartável, deve ser jogada no lixo após o seu uso.

IMPORTANTE:

Protege  as paredes da vagina, o colo do útero e parte da vulva do contato com o esperma, protegendo a mulher da gravidez com eficácia de 97,3% e também das  D ST (doenças sexualmente transmissíveis) e Aids.


O que fazer se pegar uma DST
Doenças Sexualmente Transmissíveis são doenças sérias que podem trazer vários riscos para a saúde, além da esterilidade, por isso é importante marcar uma consulta médica para tratá-las.Somente o médico (ginecologista, clínico geral ou urologista) tem condições de fazer exames clínicos e de laboratório que podem avaliar qual a medicação necessária para cada DST. Tomar remédios receitados por farmacêuticos e amigos podem apenas “esconder” os sintomas e fazer com que a doença se torne mais resistente dentro do corpo.

fonte: www.redece.org
  



                                    
Candidíase (Infecção Fúngica)O que é candidíase ?A candidíase é uma condição causada pelo fungo Candida albicans. É também conhecida como uma infecção de levedura. Pode infectar a vagina, boca, e áreas úmidas na pele.
Como acontece?
É normal a presença de algum fungo no corpo. Bactérias normalmente mantêm a população de fungos sob controle. Porém, às vezes ocorre crescimento de fungos e surge uma infecção.

Existem várias situações em que o fungo pode crescer demais ou se multiplicar. Por exemplo, antibióticos podem destruir as bactérias que inibem os níveis de fungo.

Desordens e mudanças de causas hormonais, tais como menopausa, gravidez, ou a ingestão de pílulas contraceptivas, podem também favorecer o crescimento fúngico. As infecções de levedura são freqüentemente associadas com o diabetes, especialmente quando o açúcar do sangue não for bem controlado. Ocorrências periódicas ou casos refratários ao tratamento de candidíase vaginal pode às vezes ser o primeiro sinal de diabetes.

Menos comumente, infecções fúngicas persistentes podem ser um sinal precoce de infecção pelo HIV. As drogas que suprimem o sistema imunológico do organismo (como as drogas usadas para tratar AIDS) também permitem o crescimento e disseminação fúngicas.

A candidíase geralmente não é disseminada por relação sexual.
Quais são os sintomas?
a vagina candidíase causa uma secreção que é espessa e branca. Outro sintomas que as mulheres têm comumente são:

- coceira
- vermelhidão da parte exterior da vagina (a vulva)
- a irritação à micção.

Algumas mulheres infectadas com Cândida não têm nenhum sintoma.

Em homens, o fungo pode causar inchaço e vermelhidão no pênis e prepúcio. As infecções de levedura do pênis são mais comuns quando o pênis for não circuncidado.

Se a boca está infetada, a mucosa da boca fica freqüentemente vermelha e dolorida. Às vezes o fungo causa manchas brancas e placas na mucosa da língua e bochecha. Isto é chamado "tordo." O fungo pode causar feridas crescentes amarelo-cremosas, na boca.

Na pele (inclusive pele com erupção cutânea de fralda),a candidíase produz uma erupção cutânea vermelha e sarnenta. Freqüentemente a erupção cutânea é uma placa vermelha com pequenos pontos vermelhos ao redor.
Como é feito o diagnóstico?
Seu médico perguntará sobre sua história médica e fará exames. Algumas células retiradas de uma erupção cutânea podem mostrar a levedura quando vistas ao microscópio.
Como é tratada?
Seu médico prescreverá medicamento para infecções causadas por Candida albicans.
Quanto tempo durarão os efeitos ?
Com o tratamento apropriado, a infecção apresentará melhoras de alguns dias a uma semana.
Quais cuidados devem ser tomados?
Para obter melhores resultados durante o tratamento, siga as seguintes diretrizes:

- Evite relação sexual até que a infecção apresente melhoras.
- Siga completamente o tratamento prescrito por seu médico.
- Depois de urinar, enxugue-se delicadamente para evitar irritação.
- Evite dietas ricas em açúcar.
- Use sabonetes neutros.
- Evite usar duchas e outras substâncias químicas, como bolinhas perfumadas de banho ou sprays de higiene, na área vaginal a menos que tenha sido recomendado pelo seu médico.
- Tome banho de chuveiro em vez de banho em banheira. Mantenha a área genital seca.
- Vista roupa íntima de algodão para permitir ventilação e para manter a área seca.
- Perca peso se você for obeso (20% acima do peso normal).
- Se você for diabético, mantenha uma taxa de açúcar do sangue normal.
- Tente comer iogurte. Algumas mulheres acham que consumo diário de iogurte previne o crescimento de levedura.

ATENÇÃO: Procure seu médico imediatamente se apresentar repetidas infecções de levedura dentro de um período de 2 meses ou uma infecção por fungo que persiste apesar do tratamento. Deixe que seu médico se certifique de ser uma infecção fúngica e se for, determine por que não está respondendo ao tratamento.
O que pode ser feito para prevenir a ocorrência de cândida?Para prevenir a candidíase, siga estas diretrizes:

- Mantenha secas e ventiladas as áreas mais úmidas do corpo
- Evite vestir um maiô molhado ou roupa úmida por longos períodos de tempo.
- Evite freqüentes duchas.
- Evite bolinhas de banho (cheirosas ou sem aroma).
- Evite vestir roupa íntima feita de fibra sintética ou outros materiais que permitam pouca ventilação.
- Acrescente iogurte à sua dieta.
- Evite, se possível, o uso freqüente ou prolongado de antibióticos orais.

Desenvolvidos por Sistemas de Referências Clínicas.
CLAMÍDIA

Definição clamídia
 
A Clamídia é uma bactéria responsável por diversas infecções:
1. oculares (tracoma)
2. nas mucuosas (uretrites)
3. ganglionárias (linforreticulose benignas)
4. genitais
5. nos pulmões (pneumonia) No quadro de infecções genitais por clamídia, falamos de doença sexualmente transmissível (DST). As infecções por Clamídia são graves, pois são a causa mais freqüente de cegueira no mundo e a primeira causa de esterilidade feminina.

Duas espécies de Clamídia são patógenas para o homem:
1. Chlamydia trachomatis [= Clamídia trachomatis] (responsável por infecções genitais e oculares).
2. Chlamydia pneumoniae [= Clamídia pnemoniae] (responsável por pneumopatias e bronquites).

Existe ainda uma terceira espécie de Clamídia (Chlamydia psittaci), encontrada em animais e suscetível de provocar ocasionalmente infecções respiratórias no homem.

Estatísticas clamídia
Segundo estudos nacionais na França (1997), 2,3% das mulheres e 4,1% dos homens estariam infectados pela doença. [fonte: Doctissimo.fr]
Esta doença incide mais em mulheres do que homens e dentre as mulheres, naquelas que estão entre os 18 e 25 anos de idade. Chlamydia trachomatis é a causa de DST mais comumente reportada nos Estados Unidos, que apresenta em torno de 4 milhões de casos a cada ano.

Causas clamídia
A Clamídia é transmitida sexualmente, em função de uma infecção genital. Como vimos na seção definição de Clamídia, trata-se de uma doença sexualmente transmissível (DST) – uma das mais freqüentes. Sendo assim, esta bactéria é transmitida nas relações sexuais sem proteção, com um parceiro/a já infectado/a. O homem não precisa ejacular para transmitir a doença. Esta infecção não é transmitida através do contato com objetos como acento de banheiros. As infecções são muitas vezes assintomáticas, razão pela qual é possível contaminar seu parceiro sem saber. Mulheres grávidas e infectadas podem transmitir a clamídia para o recém nascido, que geralmente nasce com conjuntivite (20-50% dos casos) e/ou pneumonia (10-20%) causados pela bactéria. Além de aumentar o risco de parto prematuro e de nascer com baixo peso. Estes problemas acontecem mesmo nas mães assintomáticas. Nos casos em que há sintomas, o período de incubação da bactéria é cerca de uma semana. Os sintomas são diferentes para o homem e para a mulher. Essas informações se encontram na seção Sintomas de uma infecção por Clamídia.

Grupos de risco clamidia
As pessoas sexualmente ativas, que não utilizam preservativos em relações sexuais, com parceiros já infectados. Como a maioria das mulheres infectadas não apresentam sintomas clínicos, é recomendado que as mulheres dos grupos de riscos abaixo passem por uma triagem para Clamídia anualmente. - Mulheres de até 25 anos sexualmente ativas (incluindo grávidas). - Mulheres a cima dos 25 anos que apresentam os seguintes fatores de risco: um novo parceiro sexual nos 60 dias anteriores, mais de um parceiro sexual, uso não regular de camisinha ou com histórico de DST. A triagem para clamídia é feita em alguns países, como nos Estados Unidos, onde estudos demonstraram que diminui a incidência da doença quando realizada em mulheres assintomáticas, porem não há indícios que a triagem em homens diminua a incidência, por isso é feita somente em mulheres.

Sintomas clamídia
Como vimos na seção causas de uma infecção por Clamídia, esta DST se manifesta diferentemente no homem e na mulher. Em muitos casos, a pessoa infectado não apresenta sintomas clínicos, mais de 50% das mulheres infectadas não apresentam sintomas.
Infecção por Clamídia no homem
- dores uretrais
- leve dor para urinar
- secreção fluída
- feridas
- dores e inflamação dos testículos - homens que possuem relações sexuais com outros homens podem desenvolver infecção no anus
Sintomas clamídiaInfecção por Clamídia na mulher
- danos vaginais
- leve dor para urinar
- febre
- dores abdominais e da pélvis
- sangramentos fora do período menstrual
- dor nas relações sexuais
- irritações, feridas na genitália.

Esses sintomas podem surgir juntos, individualmente, ou sequer aparecer. A inconstância dos sintomas torna difícil o diagnóstico, o tratamento e a observação das complicações. Os sintomas da clamídia, tanto nos homens quanto nas mulheres, podem ser confundidos com os sintomas da gonorréia, outra doença sexualmente transmissível.

Diagnóstico clamídia
O diagnóstico de uma infecção por clamídia é feito através de exames de coleta de secreções genitais, através de swabs. No Homem, é possível detectar a bactéria no primeiro jato de urina.
Se a bactéria for detectada, será feita uma pesquisa para identificar a existência ou não de outras DST. A sorologia pode ser utilizada como recurso para auxiliar o diagnóstico nos casos complicados de infecções por clamídia, tais como as infecções genitais altas ou as pneumopatias do recém-nascido.


Complicações clamídia
Como vimos na seções definição de uma infecção por clamídia e sintomas de infecção por clamídia, estas bactérias, uma vez contraídas podem causar:

- cegueira
- esterilidade feminina
- dores pélvicas crônicas De fato, uma infecção por clamídia pode permanecer assintomática e tocar as trompas. É por isso que esta infecção pode levar a complicações como a esterilidade na mulher, uma gravidez extra-uterina ou um aborto espontâneo. Por isso que é essencial evitar esse tipo de infecção ou tratá-la rapidamente. Além disso, a clamídia também pode ser transmitida no parto (transmissão vertical). As bactérias podem colonizar a faringe, provocando pneumopatias tardias ou conjuntivites.

No homem, as infecções por Clamídia podem levar a:
- inflamação da uretra (uretrite)
- epididimite (inflamação no epidídimo)- inflamação na próstata (prostatite)
- estreitamento uretral (estenose uretral) Pessoas com clamídia podem, raramente, desenvolver um tipo especifico de artrite, a artrite reativa, que causa um conjunto de sintomas não relacionados, como dor nas articulações (artrite) e inflamação dos olhos.

Tratamento clamídia
O tratamento de uma infecção por clamídia é feito através da tomada de antibióticos específicos para esse tipo de bactéria, por via oral.

Tratamento clamídiaOs antibióticos que oferecem bons resultados para esse tipo de infecção são os:
- tetraciclinas
- macrolídeos
- fluoroquinolones de última geração
Em caso de infecção genital não aguda por Clamídia Trachomatis, o tratamento recomendado é o azitromicina em dose única. A azitromicina, também é a droga mais segura para se tomar durante a gravidez, a doxaciclina não deve ser tomada neste caso, pois há risco de dano no desenvolvimento dos dentes e ossos do feto.

Nos casos de infecções agudas, os doentes devem ser hospitalizados a fim de receber sua antibioterapia por via intravenosa.

É essencial tratar igualmente o/a parceiro/a para:
- prevenir a infecção da pessoa
- prevenir uma reinfecção (ciclo vicioso)
- prevenir uma disseminação futura da bactéria Não se devem manter relações sexuais até o fim do tratamento. Bons conselhos clamídia Se o tratamento da infecção por Clamídia for feito através de antibioterapia, é necessário assegurar que o medicamento seja tomado corretamente:

- respeite a posologia indicada (horários corretos da tomada: antes/durante/depois das refeições, beber bem, interação com outros medicamentos).

- tome todos os comprimidos necessários, não interrompa o tratamento na metade, mesmo se os sintomas desaparecerem.

- trate o/a parceiro/a

- siga atentamente os conselhos dados pelo especialista que recomendou o medicamento.

- evite as relações sexuais sem proteção enquanto não tiver certeza de que está curado. Esses conselhos te ajudaram a obter uma boa recuperação. Caso os antibióticos não sejam tomados corretamente, as bactérias podem não morrer com o tratamento e além de tido criar resistência ao medicamento, o que quer dizer que este antibiótico não fará mais efeito e você terá que tomar outro. Evitar as relações sexuais com o seu parceiro que provavelmente também está infectado, mesmo se os dois estiverem realizando tratamento, evita a re-infecção.

Prevenção clamídia
Como a clamídia é uma bactéria que provoca DST, a prevenção desta infecção é feita essencialmente pela luta das doenças venéreas.

- educação sexual

- utilize preservativos em relações sexuais

- evite se relacionar sexualmente com muitos parceiros

- faça exames ginecológicos regularmente

- trate também o seu/sua parceiro/a

- não tenha relações sexuais caso seu parceiro apresente secreções anormais, queimação ao urinar ou erupções cutâneas ou ulceras genitais

- controle sistemático em relações sexuais com numerosos parceiros, mesmo na ausência de sintomas (devido ao possível caráter assintomático da doença).
fonte: www.criasaude.com.br
CANCRO MOLE

É uma afecção de transmissão exclusivamente sexual, provocada pelo Haemophilus ducreyi, mais freqüente nas regiões tropicais. Caracteriza-se por lesões múltiplas (podendo ser única) e habitualmente dolorosas.
Denomina-se também de cancróide, cancro venéreo, cancro de Ducrey; conhecido popularmente por cavalo. O período de incubação é geralmente de 3 a 5 dias, podendo-se estender por até 2 semanas. O cancro mole é muito mais freqüente no sexo masculino.

QUADRO CLÍNICO

São lesões dolorosas, geralmente múltiplas devido à auto-inoculação. A borda é irregular, apresentando contornos eritemato-edematosos e fundo irregular recoberto por exsudato necrótico, amarelado, com odor fétido que, quando removido, revela tecido de granulação com sangramento fácil.
No homem, as localizações mais freqüentes são no frênulo e sulco bálano-prepucial; na mulher, na fúrcula e face interna dos pequenos e grandes lábios.
Em 30 a 50% dos pacientes, o bacilo atinge os linfonodos inguino-crurais (bubão), sendo unilaterais em 2/3 dos casos, observados quase que exclusivamente no sexo masculino pelas características anatômicas da drenagem linfática. No início, ocorre tumefação sólida e dolorosa, evoluindo para liquefação e fistulização em 50% dos casos, tipicamente por orifício único.

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

Cancro duro (sífilis primária), herpes simples, linfogranuloma venéreo, donovanose, erosões traumáticas infectadas. Não é rara a ocorrência do Cancro Misto de Rollet (cancro mole e cancro duro da sífilis primária).

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

Exame direto
Pesquisa em coloração pelo método de Gram em esfregaços de secreção da base da úlcera, ou do material obtido por aspiração do bubão. Observam-se, mais intensamente nas extremidades, bacilos Gram negativos intracelulares, geralmente aparecendo em cadeias paralelas, acompanhados de cocos Gram positivos (fenômeno de satelitismo).
Cultura
É o método diagnóstico mais sensível; porém, é de realização difícil, pelas exigências de crescimento do bacilo.

Biópsia

Não é recomendada, pois os dados histopatológicos propiciam diagnóstico presuntivo da doença.

TRATAMENTO

Azitromicina 1g, VO, dose única; ou
Tianfenicol 5 g, VO, dose única; ou
Doxiciclina 100 mg, VO, de12/12 horas, por 10 dias ou até a cura clínica (contra-indicado para gestantes, nutrizes); ou
Ciprofloxacina 500mg, VO, 12/12 horas por 3 dias (contra-indicado para gestantes, nutrizes e menores de 18 anos); ou
Sulfametoxazol 800 mg + Trimetoprim 160mg, VO, de 12/12 horas por 10 dias ou até a cura clínica.
O tratamento sistêmico deve ser sempre acompanhado por medidas de higiene local.

RECOMENDAÇÕES

Seguimento do paciente deve ser feito até a involução total das lesões.
Deve ser indicada a abstinência sexual até a resolução completa da doença.
Tratamento dos parceiros sexuais está recomendado, mesmo que a doença clínica não seja demonstrada, pela possibilidade de existirem portadores assintomáticos, principalmente entre mulheres.
É muito importante excluir a possibilidade da existência de sífilis associada pela pesquisa de Treponema pallidum na lesão genital e/ou por reação sorológica para sífilis, no momento e 30 dias após o aparecimento da lesão.
A aspiração, com agulha de grosso calibre, dos gânglios linfáticos regionais comprometidos, pode ser indicada para alívio de linfonodos tensos e com flutuação.
São contra-indicadas a incisão com drenagem ou excisão dos linfonodos acometidos.

Gestante

Aparentemente a doença não apresenta uma ameaça ao feto ou ao neonato. Apesar disso, permanece a possibilidade teórica. Não se deve esquecer que 12 a 15% das lesões típicas do cancro mole são infecções mistas com H. ducreyi e T. pallidum.

 

Tratamento

Estearato de Eritromicina 500 mg, VO, de 6/6 horas, por 10 dias. Em pacientes em que não houver resposta ao tratamento administrar Ceftriaxone 250 mg, dose única.


Portador do HIV

Pacientes HIV positivos, com cancro mole, devem ser monitorados cuidadosamente, visto que podem necessitar de maior tempo de tratamento, além do que a cura pode ser retardada e a falha terapêutica pode ocorrer em qualquer dos esquemas recomendados.
Alguns especialistas sugerem o uso da eritromicina (estearato), 500 mg, VO, de 6/6 horas por 10 dias.

 

CANCRO MOLE (CAVALO)

É uma infecção genital provocada por uma bactéria chamada Haemophilus ducrey, conhecida popularmente como cavalo.

 

Como se pega ?

Através do contato sexual com parceiro/a contaminado/a.
O cancro mole pode ser evitado. Por isso é importante usar a camisinha masculina ou a camisinha feminina em todas as relações sexuais e antes de qualquer contato sexual.

Quais são os sintomas?

Tanto para o homem como para a mulher, aparece em forma de ferida(s) tipo úlceras com pus, geralmente dolorosa(s) nos órgãos genitais (órgão genital masculino, vulva e/ou orifício retal). Podem também surgir caroços ou ínguas dolorosas na virilha.
Ao contrário da sífilis, sem tratamento essas úlceras não desaparecem espontaneamente, e vão piorando progressivamente. É uma DST bem mais comum no sexo masculino.

 

Quanto tempo demora para aparecer?

De 3 a 5 dias, podendo demorar até 2 semanas após a contaminação.

 

Como se faz o diagnóstico?

Através de exames clínicos e laboratoriais.

 

Como é o tratamento?

O tratamento deve ser feito o mais rápido possível. Para isso:
Procurar um serviço de saúde, pois só assim o tratamento será mais adequado e eficiente.

11 de jan. de 2012

Chato (Pediculose pubiana)



Chato (Pthirus pubis) é o parasita que causa pediculose pubiana ou ftiríase e habita os pelos da região pubiana principalmente, mas pode ainda ser encontrado nas coxas, baixo tórax, axilas e até na barba e no couro cabeludo.
Assim como o piolho do cabelo, o chato aloja-se na base dos pelos, onde deposita seus ovos. Após a infestação, os sintomas aparecem entre uma e duas semanas. A transmissão é feita através do contato íntimo, ou de roupas de uso pessoal, roupas de cama e de toalhas.
Sintomas
Os sintomas dessa doença sexualmente transmissível (DST) têm início de uma a duas semanas após o contato com o parasita. A principal queixa é a coceira. Nos locais da picada, podem ocorrer alterações da pele semelhantes à urticária, bolhas e manchas azuladas.
A única forma de evitar a pediculose pubiana é impedir o contato com os piolhos e a fixação das lêndeas.
Diagnóstico e Prevenção
O diagnóstico pode ser feito pela observação dos piolhos e das lêndeas na base dos pelos e da presença de parasitas na pele da região afetada.
A única forma de evitar a pediculose pubiana é impedir o contato com os piolhos e a fixação das lêndeas.
Tratamento
Os medicamentos usados para a combater a escabiose devem ser aplicados nas áreas afetadas (púbis, coxas, tronco, axilas, etc.) duas vezes seguidas e depois de sete dias novamente. A aplicação deve ser feita localmente e repetida entre sete e dez dias depois, para combater os ovos que ainda não haviam eclodido.
O objetivo da primeira aplicação é eliminar os insetos adultos; o da segunda é acabar com aqueles que ainda não haviam eclodido na primeira aplicação.
Quem vive na mesma casa do portador de pediculose pubiana deve receber tratamento preventivo.
Recomendações
* Troque de roupas diariamente. Faça o mesmo com a roupa de cama e de banho todos os dias;
* Lave as roupas em água quente ou mande lavá-las a seco se não puderem ser imersas em água;
* Procure certificar-se de que todas as pessoas da família estão tomando os mesmos cuidados;
* Não se esqueça de repetir a aplicação do remédio sete dias depois da primeira aplicação.

Fonte: drauziovarella.com

COMO IDENTIFICAR O HPV NO HOMEM

Em homens, as verrugas genitais frequentemente surgem como tumores fixos e moles, podendo ser lisos ou rugosos. As verrugas perianais normalmente têm aspecto de couve-flor, enquanto que verrugas penianas são frequentemente lisas e papulosas .
Estas podem ter de 3 a 5 mm de diâmetro e normalmente ocorrem em grupos de três ou quatro. Nos homens, a maioria das lesões associadas ao HPV se encontram no prepúcio e na glande, locais susceptíveis ao trauma epitelial durante a relação sexual. As lesões também surgem na uretra e no corpo peniano, escroto e área perianal.

Pouco é conhecido sobre a relação entre o HPV e o câncer em homens, embora a incidência do câncer peniano seja muito menor que a do câncer cervical e possa não estar tão fortemente associado à
infecção por HPV.O DNA do HPV tem sido achado em 20% a 50% dos casos de câncer peniano. Uma quantidade de casos significantemente maior do que o esperado de câncer cervical foi encontrada nas esposas de homens com câncer peniano.




DEFINIÇÃO GONORRÉIA



A gonorréia ou blenorragia é uma DST (doença sexualmente transmissível) causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae (um gonococo Gram-negativo) e pode afetar tanto homens quanto mulheres.
A bactéria pode atingir a uretra, o reto, a garganta e, em mulheres, o colo do útero. No recém nascido, a N. gonorrhoeae pode causar conjuntivite, denominada oftalmia neonatorum, que pode afetar permanentemente a visão da criança.

Estatísticas gonorréia

A gonorréia é uma das doenças mais antigas que se tem conhecimento. É uma das DST mais frequentes e estima-se que os países em desenvolvimento sejam os mais atingidos.
No Brasil, os dados de infecção são escassos e não há, atualmente, um mapa de distribuição das doenças sexualmente transmissíveis. Estimou-se que em 2003, mais de 1,5 milhões de transmissões da bactéria causadora da gonorréia, segundo dados do Programa Nacional de DST e AIDS do Ministério da Saúde. Nos EUA, por ano são reportados cerca de 400 mil novos casos da doença.
A doença é mais prevalente em jovens adultos com vida sexual ativa, entre os 15 e 29 anos de idade. E cerca de 50% das mulheres, a gonorréia encontra-se no reto, chamada de gonorréia anorretal, entretanto, a maioria dos casos de gonorréia anorretal é assintomática. Cerca de 10-20% das mulheres e de 10-25% dos homossexuais masculinos com gonorréia apresentam infecção na faringe.
Nos países desenvolvidos, 3-5% das grávidas sejam portadoras da bactéria causadora da gonorréia.
Muitos pacientes, tanto homens quanto mulheres, podem ser assintomáticos e portadores de gonorréia que com frequência pode se localizar em determinadas partes do corpo como o reto e a faringe.

Causas gonorréia

A gonorréia é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, um gonococo Gram-negativo.

Transmissão gonorréia


causas gonorréiaA forma de contágio mais comum é durante as relações sexuais sem nenhuma proteção, incluindo sexo oral, vaginal ou anal. A localização da infecção (uretra, anus ou garganta), está relacionada à via de infecção e ao tipo de relação sexual.

Embora menos frequente, a transmissão pode ocorrer de mãe para filho durante o parto. Nesse caso, a conjuntiva do bebê pode ser infectada, ocasionando a conjuntivite gonocócica.

Grupos de Risco gonorréia

A gonorréia atinge tanto a homens quanto mulheres. Alguns grupos de risco podem ser definidos para a doença:
- Jovens adultos com vida sexual ativa;
- Pessoas com múltiplos parceiros sexuais;
- Homens (maior incidência em homens do que em mulheres);
- Pacientes que não adotam práticas seguras durante as relações sexuais;
- Neonatos (no caso da mãe ser portadora de gonorréia).

Sintomas gonorréia

Os sintomas da gonorréia variam de acordo com a região do corpo atingida e começam cerca de 2 a 10 dias após o contágio.
sintomas gonorreia cistite
Infecção no trato genital
No homem, se a infecção ocorrer no trato genital, os sintomas podem ser:
- Uretrite (inflamação da uretra): aparece geralmente 4 a 20 dias após a contaminação
A uretrite se manifesta através de uma urina:
> amarelada
> abundante
> que mancha as roupas
> com possível ardência e dor na micção
Além disso, pode haver inchaço nos testículos.
Na mulher, uma infecção no trato genital por gonorréia inclui:
- Micção dolorosa
- Dor abdominal
- Dor pélvica
- Aumento do corrimento vaginal
- Inflamações locais, como cistite
- Sangramento vaginal entre as menstruações
- Inflamações na vulva e na vagina
É importante ressaltar que os sintomas da gonorréia nem sempre são visíveis nas mulheres (assintomática).

Infecção no reto
Os sintomas de infecção no reto incluem coceira anal, corrimento semelhante a pus no reto, presença de sangue no papel higiênico após usar o banheiro, dor ao evacuar.

Infecção nos olhos
A gonorréia pode atingir os olhos de recém-nascidos através do parto, ocasionando a conjuntivite gonocócica. Em adultos, essa condição é rara. Os sintomas observados são sensibilidade à luz e presença de secreções como pus em ambos os olhos.

sintomas gonorréiaInfecção na garganta
A bactéria causadora da gonorréia normalmente se instala na garganta através do sexo oral. Os sintomas incluem dor ao engolir, aumento dos linfonodos do pescoço, sintomas semelhantes a uma infecção de garganta.

Infecção nas articulações
Por vezes, a bactéria pode se instalar nas juntas, causando artrite séptica. Nesse caso, as articulações se apresentam doloridas, inchadas, quentes e vermelhas, especialmente durante os movimentos.

Diagnóstico gonorréia

diagnóstico gonorréia
As mulheres com suspeita de gonorréia devem procurar um ginecologista ou um clínico geral, e os homens devem procurar um urologista ou então um clínico geral. Além disso, o médico infectologista também pode diagnosticar a doença.
Normalmente, o médico realiza um exame clínico baseado no histórico do paciente e observa alguns sinais como corrimento vaginal, presença de secreções semelhante a pus e dor ao urinar. O médico pode solicitar um exame de urina para identificar se a bactéria está instalada na uretra. Outro teste empregado é o uso do swab (aparelho semelhante a uma haste flexível com algodão na ponta) na região atingida, como reto, garganta ou vagina.
Tanto o teste de urina quanto o swab servem para identificar qual agente etiológico está causando os sintomas. Ademais, exames complementares para outras DSTs podem ser requeridos pelo médico, uma vez que a presença de gonorréia aumenta o risco de se contrair outras doenças, como clamídia.

Complicações gonorréia

Quando não tratada, a gonorréia pode apresentar algumas complicações:

No homem
Em caso de ausência de tratamento, pode ocorrer uma prostatite, uma cistite e em um caso extremo, estreitamento uretral, que por sua vez pode causar dificuldades na micção.
Epididimite também pode ocorrer e, se não tratada, pode levar o homem à infertilidade.

Na mulher
Em caso de ausência de tratamento, tratamento inadequado ou se a bactéria subir até os ovários e as trompas, causando a doença inflamatória pélvica, que pode resultar na esterilidade feminina. Além disso, a mulher pode infectar o bebê durante o parto.
A doença pode ainda causar outras complicações no corpo. Uma vez na corrente sanguínea, a bactéria pode atingir articulações, causar sintomas como febre, rash cutâneo, dores nas juntas e outras infecções (como salpingite e peritonite).
A infecção por gonorréia aumenta os riscos de se contrair outras doenças sexualmente transmissíveis, como HIV e clamídia. Pessoas que têm HIV e gonorréia transmitem a doença mais facilmente a outros parceiros.
Em bebês, a conjuntivite gonocócica não tratada pode ocasionar cegueira. Além disso, a infecção pode levar complicações na pele e escalpo.
Tratamento gonorréia
O tratamento da gonorréia é basicamente feito pelo uso de antibióticos, uma vez que se trata de uma doença bacteriana. Em geral, o antibiótico escolhido é do grupo das quinolonas ou cefalosporinas (como ciprofloxacino, cefixima etc).
Em bebês, colírios antibióticos são usados para se tratar a conjuntivite gonocócica.
Devido ao uso indiscriminado de antibióticos, muitas cepas bacterianas tornaram-se resistentes aos agentes antigos (como penicilina G). Portanto, é importante que se tenha critério ao usar um antibiótico e siga corretamente a forma de uso indicada pelo médico.

Na tabela abaixo há algumas formas de uso de medicamentos para a gonorréia:
MedicamentoDoseVia de administração
Ceftriaxona125 mg, dose únicaIntramuscular
Cefixima400 mg, dose únicaVia oral
Ciprofloxacino500 mg, dose únicaVia oral
Ofloxacino 400 mg, dose únicaVia oral
Eritromicina500 mg, 4 vezes ao dia, 7 diasVia oral

Depois do tratamento, recomenda-se que retorne ao médico para verificar se os sintomas foram curados.
Dados recentes têm mostrado que cada vez mais a bactéria causadora da gonorréia está resistente aos antibióticos. Números Centros de Controle de Doenças dos EUA mostra que 1/4 das cepas de bactérias são resistentes à penicilina. Nesse casos, os médicos evitam usar a penicilina para não criar bactérias ainda mais fortes. Uma opção é o uso de cefalosporina injetável.

Fitoterapia gonorréia
fitoterapia gonorréiaExistem alguns tratamentos naturais que podem auxiliar na redução dos sintomas da gonorréia.
Alguns chás de plantas auxiliam nos tratamentos, como aloe vera, lúpulo, cascas de carvalho branco, zimbro, álamo e mirra.
Estudos têm sido conduzidos com extratos de plantas para se verificar a eficácia bactericida desses compostos. Uma pesquisa publicada na revista International Journal of Antimicrobial Agents mostrou que naftoquinonas de certas plantas (Diospyros canaliculata e Diospyros cassiflora) mostraram eficácia contra o gonococo causador da gonorréia.
Como se trata de uma doença bacteriana e que, se não tratada, pode levar a sérias complicações, antes de usar qualquer produto, converse com um médico.

Dicas prevenção gonorréia

Sobre o tratamento da gonorréia, algumas dicas são importantes:
- É importante começar a terapia o quanto antes.
- É necessário seguir corretamente as recomendações do médico e tomar a quantidade indicada de comprimidos prescritos (antibiótico).
- Durante o tratamento, as relações sexuais sem proteção devem ser evitadas.
- O parceiro/a sexual também deve se tratar como meio de prevenção.
- A gonorréia é frequentemente associada à clamídia, portanto o médico deverá tratar as duas doenças.
Além disso, algumas outras práticas auxiliam o paciente:
- Adote uma alimentação rica em líquidos e composta de alimentos nutritivos e saudáveis.
- Mantenha uma boa higiene dos órgãos genintais.
- Eduque sexualmente os seus filhos para que eles tenham cuidados durante as relações sexuais. Lembre-se: educação sexual começa em casa.

Veja abaixo alguns mitos e verdades sobre a gonorréia:
Dúvida
Resposta
Urinar após o ato sexual evita a gonorréiaMito. Urinar após o ato sexual não protege o indivíduo da infecção pelo gonococo.
Sexo oral evita contaminação por gonorréia.Mito. O sexo oral também é uma das fontes de transmissão da doença. A bactéria pode ficar alojada na garganta.
O uso de preservativos femininos ajuda a prevenir a transmissão.Verdade. Assim como o uso de preservativos masculinos também auxilia na prevenção.
A gonorréia pode ser transmitida por quem se senta na mesma cadeira que um infectado.Mito. A via de transmissão da gonorréia é sexual ou durante o parto.
O uso de preservativo é altamente eficaz para prevenir DSTs.Verdade. O uso de preservativos durante as relações sexuais evita o contágio de diversas doenças, inclusive HIV/AIDS.
Sexo anal pode transmitir gonorréia.Verdade. Essa prática sexual também está associada à infecção pelo gonococo.

Prevenção gonorréia

A prevenção da gonorréia é feita essencialmente através do combate às doenças venéreas, com a adoção das seguintes medidas:
- Educação sexual. Informe-se sobre os modos de contágio da doença e mantenha seus filhos, amigos e parentes sempre cientes.
- Uso de preservativo em todas as relações sexuais.
- Evitar ter muitos parceiros sexuais.
- Consultar um ginecologista periodicamente (no caso das mulheres) ou um urologista (no caso dos homens).
- Se você foi diagnosticado com gonorréia, trate também o parceiro/a.prevenção gonorréia
- Controle regular e sistemático em caso de relações sexuais com inúmeros parceiros, mesmo na ausência de sintomas (lembre-se que a doença pode ser assintomática).
- Evite relações sexuais com pessoas que tenham sintomas de doenças venéreas ou algum outro sintoma desconhecido.
- Evite relações sexuais com desconhecidos.





Tradutor