NOSSAS EXPERIÊNCIAS

12 de jan. de 2012

CLAMÍDIA

Definição clamídia
 
A Clamídia é uma bactéria responsável por diversas infecções:
1. oculares (tracoma)
2. nas mucuosas (uretrites)
3. ganglionárias (linforreticulose benignas)
4. genitais
5. nos pulmões (pneumonia) No quadro de infecções genitais por clamídia, falamos de doença sexualmente transmissível (DST). As infecções por Clamídia são graves, pois são a causa mais freqüente de cegueira no mundo e a primeira causa de esterilidade feminina.

Duas espécies de Clamídia são patógenas para o homem:
1. Chlamydia trachomatis [= Clamídia trachomatis] (responsável por infecções genitais e oculares).
2. Chlamydia pneumoniae [= Clamídia pnemoniae] (responsável por pneumopatias e bronquites).

Existe ainda uma terceira espécie de Clamídia (Chlamydia psittaci), encontrada em animais e suscetível de provocar ocasionalmente infecções respiratórias no homem.

Estatísticas clamídia
Segundo estudos nacionais na França (1997), 2,3% das mulheres e 4,1% dos homens estariam infectados pela doença. [fonte: Doctissimo.fr]
Esta doença incide mais em mulheres do que homens e dentre as mulheres, naquelas que estão entre os 18 e 25 anos de idade. Chlamydia trachomatis é a causa de DST mais comumente reportada nos Estados Unidos, que apresenta em torno de 4 milhões de casos a cada ano.

Causas clamídia
A Clamídia é transmitida sexualmente, em função de uma infecção genital. Como vimos na seção definição de Clamídia, trata-se de uma doença sexualmente transmissível (DST) – uma das mais freqüentes. Sendo assim, esta bactéria é transmitida nas relações sexuais sem proteção, com um parceiro/a já infectado/a. O homem não precisa ejacular para transmitir a doença. Esta infecção não é transmitida através do contato com objetos como acento de banheiros. As infecções são muitas vezes assintomáticas, razão pela qual é possível contaminar seu parceiro sem saber. Mulheres grávidas e infectadas podem transmitir a clamídia para o recém nascido, que geralmente nasce com conjuntivite (20-50% dos casos) e/ou pneumonia (10-20%) causados pela bactéria. Além de aumentar o risco de parto prematuro e de nascer com baixo peso. Estes problemas acontecem mesmo nas mães assintomáticas. Nos casos em que há sintomas, o período de incubação da bactéria é cerca de uma semana. Os sintomas são diferentes para o homem e para a mulher. Essas informações se encontram na seção Sintomas de uma infecção por Clamídia.

Grupos de risco clamidia
As pessoas sexualmente ativas, que não utilizam preservativos em relações sexuais, com parceiros já infectados. Como a maioria das mulheres infectadas não apresentam sintomas clínicos, é recomendado que as mulheres dos grupos de riscos abaixo passem por uma triagem para Clamídia anualmente. - Mulheres de até 25 anos sexualmente ativas (incluindo grávidas). - Mulheres a cima dos 25 anos que apresentam os seguintes fatores de risco: um novo parceiro sexual nos 60 dias anteriores, mais de um parceiro sexual, uso não regular de camisinha ou com histórico de DST. A triagem para clamídia é feita em alguns países, como nos Estados Unidos, onde estudos demonstraram que diminui a incidência da doença quando realizada em mulheres assintomáticas, porem não há indícios que a triagem em homens diminua a incidência, por isso é feita somente em mulheres.

Sintomas clamídia
Como vimos na seção causas de uma infecção por Clamídia, esta DST se manifesta diferentemente no homem e na mulher. Em muitos casos, a pessoa infectado não apresenta sintomas clínicos, mais de 50% das mulheres infectadas não apresentam sintomas.
Infecção por Clamídia no homem
- dores uretrais
- leve dor para urinar
- secreção fluída
- feridas
- dores e inflamação dos testículos - homens que possuem relações sexuais com outros homens podem desenvolver infecção no anus
Sintomas clamídiaInfecção por Clamídia na mulher
- danos vaginais
- leve dor para urinar
- febre
- dores abdominais e da pélvis
- sangramentos fora do período menstrual
- dor nas relações sexuais
- irritações, feridas na genitália.

Esses sintomas podem surgir juntos, individualmente, ou sequer aparecer. A inconstância dos sintomas torna difícil o diagnóstico, o tratamento e a observação das complicações. Os sintomas da clamídia, tanto nos homens quanto nas mulheres, podem ser confundidos com os sintomas da gonorréia, outra doença sexualmente transmissível.

Diagnóstico clamídia
O diagnóstico de uma infecção por clamídia é feito através de exames de coleta de secreções genitais, através de swabs. No Homem, é possível detectar a bactéria no primeiro jato de urina.
Se a bactéria for detectada, será feita uma pesquisa para identificar a existência ou não de outras DST. A sorologia pode ser utilizada como recurso para auxiliar o diagnóstico nos casos complicados de infecções por clamídia, tais como as infecções genitais altas ou as pneumopatias do recém-nascido.


Complicações clamídia
Como vimos na seções definição de uma infecção por clamídia e sintomas de infecção por clamídia, estas bactérias, uma vez contraídas podem causar:

- cegueira
- esterilidade feminina
- dores pélvicas crônicas De fato, uma infecção por clamídia pode permanecer assintomática e tocar as trompas. É por isso que esta infecção pode levar a complicações como a esterilidade na mulher, uma gravidez extra-uterina ou um aborto espontâneo. Por isso que é essencial evitar esse tipo de infecção ou tratá-la rapidamente. Além disso, a clamídia também pode ser transmitida no parto (transmissão vertical). As bactérias podem colonizar a faringe, provocando pneumopatias tardias ou conjuntivites.

No homem, as infecções por Clamídia podem levar a:
- inflamação da uretra (uretrite)
- epididimite (inflamação no epidídimo)- inflamação na próstata (prostatite)
- estreitamento uretral (estenose uretral) Pessoas com clamídia podem, raramente, desenvolver um tipo especifico de artrite, a artrite reativa, que causa um conjunto de sintomas não relacionados, como dor nas articulações (artrite) e inflamação dos olhos.

Tratamento clamídia
O tratamento de uma infecção por clamídia é feito através da tomada de antibióticos específicos para esse tipo de bactéria, por via oral.

Tratamento clamídiaOs antibióticos que oferecem bons resultados para esse tipo de infecção são os:
- tetraciclinas
- macrolídeos
- fluoroquinolones de última geração
Em caso de infecção genital não aguda por Clamídia Trachomatis, o tratamento recomendado é o azitromicina em dose única. A azitromicina, também é a droga mais segura para se tomar durante a gravidez, a doxaciclina não deve ser tomada neste caso, pois há risco de dano no desenvolvimento dos dentes e ossos do feto.

Nos casos de infecções agudas, os doentes devem ser hospitalizados a fim de receber sua antibioterapia por via intravenosa.

É essencial tratar igualmente o/a parceiro/a para:
- prevenir a infecção da pessoa
- prevenir uma reinfecção (ciclo vicioso)
- prevenir uma disseminação futura da bactéria Não se devem manter relações sexuais até o fim do tratamento. Bons conselhos clamídia Se o tratamento da infecção por Clamídia for feito através de antibioterapia, é necessário assegurar que o medicamento seja tomado corretamente:

- respeite a posologia indicada (horários corretos da tomada: antes/durante/depois das refeições, beber bem, interação com outros medicamentos).

- tome todos os comprimidos necessários, não interrompa o tratamento na metade, mesmo se os sintomas desaparecerem.

- trate o/a parceiro/a

- siga atentamente os conselhos dados pelo especialista que recomendou o medicamento.

- evite as relações sexuais sem proteção enquanto não tiver certeza de que está curado. Esses conselhos te ajudaram a obter uma boa recuperação. Caso os antibióticos não sejam tomados corretamente, as bactérias podem não morrer com o tratamento e além de tido criar resistência ao medicamento, o que quer dizer que este antibiótico não fará mais efeito e você terá que tomar outro. Evitar as relações sexuais com o seu parceiro que provavelmente também está infectado, mesmo se os dois estiverem realizando tratamento, evita a re-infecção.

Prevenção clamídia
Como a clamídia é uma bactéria que provoca DST, a prevenção desta infecção é feita essencialmente pela luta das doenças venéreas.

- educação sexual

- utilize preservativos em relações sexuais

- evite se relacionar sexualmente com muitos parceiros

- faça exames ginecológicos regularmente

- trate também o seu/sua parceiro/a

- não tenha relações sexuais caso seu parceiro apresente secreções anormais, queimação ao urinar ou erupções cutâneas ou ulceras genitais

- controle sistemático em relações sexuais com numerosos parceiros, mesmo na ausência de sintomas (devido ao possível caráter assintomático da doença).
fonte: www.criasaude.com.br

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