2010 foi ano recorde de novas drogas sintéticas na Europa
11/05/2011 - 14:42
Em 2010, bateu-se o recorde de novas drogas descobertas na Europa, com 41 substâncias psicoativas identificadas pelo sistema de alerta rápido, muitas à venda por vias legais, avança a TSF.
O relatório do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, relativo a novas drogas descobertas em 2010, surge no dia em que se reúne em Lisboa o primeiro Fórum Multidisciplinar Internacional de Novas Drogas e nele se destaca o "ritmo sem precedentes" a que são comunicadas novas drogas no sistema de alerta da Europol e do Observatório, o Reitox.
O Observatório salienta que "é o maior número de substâncias relatadas num único ano", assinalando que tal acontece num contexto em que cresce o fenómeno das "drogas legais".
Muitas das substâncias identificadas são compradas através da Internet e em lojas especializadas, as chamadas "smart shops" ou "head shops".
O director do Observatório, Wolfgang Götz, destacou que falta ao sistema de alerta rápido capacidade para "antecipar ameaças", o que se conseguiria com um investimento nas instalações laboratoriais pela Europa para que pudessem "comprar, sintetizar e estudar novos componentes" destas substâncias.
Das novas drogas detetadas, quinze são catinonas sintéticas, o que torna esta classe "uma das maiores" monitorizadas pelo sistema de alerta rápido. As catinonas são alcalóides com efeitos semelhantes aos das anfetaminas: excitação e euforia.
Entre estas catinonas sintéticas está a mefedrona - também conhecida como "miau miau" -, vendida livremente em Portugal como fertilizante vegetal até há poucos meses mas cujo processo de inclusão na lista de produtos controlados começou em Fevereiro passado, seguindo uma recomendação do Conselho da Europa de dezembro do ano passado.
Em 2010 foram detetados ainda onze novos canabinóides sintéticos, que já são mais de vinte na lista do sistema de alerta rápido.
Uma das formas mais comuns de comercialização destes canabinóides é o "Spice", apresentado como uma mistura de ervas para queimar como ambientador mas que é fumada para replicar os efeitos do cannabis, com "efeitos adversos para a saúde" registados.
O relatório refere que 16 países europeus já tomaram a iniciativa de proibir ou controlar os produtos como o "Spice" desde 2009 e destaca que a variedade de compostos químicos empregues nas misturas, "muitas vezes em combinações diferentes, são difíceis de analisar e são um desafio para os cientistas forenses".
Por isso, é cada vez mais necessária a "colaboração entre diferentes laboratórios" quer a nível nacional, quer internacional.
"A rapidez com que surgem [novas substâncias psicoativas] e os modos de distribuição desafiam os meios tradicionais de controlo", refere-se no relatório, a par de um crescente "interesse e preocupação" a nível político e social com as "drogas legais".
Pela primeira vez, surgiram derivados de duas drogas bem conhecidas: a fenciclidina, conhecida como PCP ou "pó de anjo" e a quetamina, um anestésico.
O relatório do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, relativo a novas drogas descobertas em 2010, surge no dia em que se reúne em Lisboa o primeiro Fórum Multidisciplinar Internacional de Novas Drogas e nele se destaca o "ritmo sem precedentes" a que são comunicadas novas drogas no sistema de alerta da Europol e do Observatório, o Reitox.
O Observatório salienta que "é o maior número de substâncias relatadas num único ano", assinalando que tal acontece num contexto em que cresce o fenómeno das "drogas legais".
Muitas das substâncias identificadas são compradas através da Internet e em lojas especializadas, as chamadas "smart shops" ou "head shops".
O director do Observatório, Wolfgang Götz, destacou que falta ao sistema de alerta rápido capacidade para "antecipar ameaças", o que se conseguiria com um investimento nas instalações laboratoriais pela Europa para que pudessem "comprar, sintetizar e estudar novos componentes" destas substâncias.
Das novas drogas detetadas, quinze são catinonas sintéticas, o que torna esta classe "uma das maiores" monitorizadas pelo sistema de alerta rápido. As catinonas são alcalóides com efeitos semelhantes aos das anfetaminas: excitação e euforia.
Entre estas catinonas sintéticas está a mefedrona - também conhecida como "miau miau" -, vendida livremente em Portugal como fertilizante vegetal até há poucos meses mas cujo processo de inclusão na lista de produtos controlados começou em Fevereiro passado, seguindo uma recomendação do Conselho da Europa de dezembro do ano passado.
Em 2010 foram detetados ainda onze novos canabinóides sintéticos, que já são mais de vinte na lista do sistema de alerta rápido.
Uma das formas mais comuns de comercialização destes canabinóides é o "Spice", apresentado como uma mistura de ervas para queimar como ambientador mas que é fumada para replicar os efeitos do cannabis, com "efeitos adversos para a saúde" registados.
O relatório refere que 16 países europeus já tomaram a iniciativa de proibir ou controlar os produtos como o "Spice" desde 2009 e destaca que a variedade de compostos químicos empregues nas misturas, "muitas vezes em combinações diferentes, são difíceis de analisar e são um desafio para os cientistas forenses".
Por isso, é cada vez mais necessária a "colaboração entre diferentes laboratórios" quer a nível nacional, quer internacional.
"A rapidez com que surgem [novas substâncias psicoativas] e os modos de distribuição desafiam os meios tradicionais de controlo", refere-se no relatório, a par de um crescente "interesse e preocupação" a nível político e social com as "drogas legais".
Pela primeira vez, surgiram derivados de duas drogas bem conhecidas: a fenciclidina, conhecida como PCP ou "pó de anjo" e a quetamina, um anestésico.
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