NOSSAS EXPERIÊNCIAS: Mulheres bebem e fumam mais que os homens

16 de dez. de 2011

Mulheres bebem e fumam mais que os homens


Pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde mostra que consumo abusivo de álcool está crescendo no Brasil, principalmente entre as mulheres. O levantamento foi feito a partir de 54 mil entrevistas por telefone com pessoas de mais de 18 anos nas 27 capitais do país.
O percentual de brasileiros que bebem em excesso passou de 16,1% em 2006 para 18% em 2010. O problema atinge mais os homens. Em 2010, 26,8% deles abusavam de álcool. Em 2006, eram 25,5% de homens brasileiros.
Entretanto, o aumento excessivo no consumo de bebeidas foi entre as mulheres, a taxa passou de 8,2% para 10,6% nos últimos quatro anos.
Baseado em critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS), o ministério considerou como consumo excessivo a ingestão de pelo menos cinco doses em uma mesma ocasião por mês para homens ou pelo menos quatro doses para mulheres.
Amadeu Roselli Cruz, do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), afirma que o aumento do consumo de álcool na população feminina está ligado à inserção das mulheres no mercado de trabalho e nas universidades. Segundo ela, a igualdade de gênero, entre homens e mulherees, se estende a campos positivos e negativos. Comportamentos que eram tidos como tipicamente masculinos passam a ser adotados pela mulher, explica.
A pesquisa mostra ainda que o tabagismo continua em declínio no país, mas tem encontrado resistência maior entre as mulheres, ainda que o número de fumantes seja superior entre os homens.
Nos últimos anos, no entanto, a queda se deu apenas entre os homens – de 20,2% para 17,9% de 2006 a 2010. Entre as mulheres, o número ficou estável em 12,7%. Mas, aumentou o percentual das mulheres que fumam mais de um maço por dia – de 3,2% para 3,6%. Entre os homens, houve queda.
O tabagismo também preocupa entre a população com menor instrução. Pessoas que têm só o ensino fundamental são as que mais fumam -18,6%, contra 10,2% das que têm nível superior
Cigarro pode matar 8 milhões de pessoas por ano, alerta OMS
Oito milhões de pessoas até o ano de 2030 morrerão anualmente em conseqüência do tabaco, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS). Aproximadamente 80% destas mortes prematuras acontecerão em países menos desenvolvidos. Segundo o relatório divulgado pela OMS, no decorrer do século 21, o tabaco pode matar 1 bilhão de pessoas se não forem tomadas medidas urgentes para conter os fumantes.
A OMS ressalta que foram registrados avanços em todas as áreas e que já são 30 os países que incluíram em suas legislações alguma medida contra o tabaco.
As campanhas midiáticas de conscientização sobre os perigos do tabaco foram realizadas em 23 países entre 2009 e 2010 e chegaram a 1,9 bilhão de pessoas (28% da população mundial). E o maior progresso foi alcançado na inclusão de advertências sobre os danos para a saúde do tabaco nos maços, medida que desde 2008 protege mais 458 milhões de pessoas — mais que o dobro da população coberta por esta medida antes dessa data
Além disso, o número de pessoas protegidas por leis que proíbem a publicidade de marcas de cigarro aumentou em 80 milhões desde o ano de 2008, enquanto a população coberta por leis que declaram todos os espaços públicos e centros de trabalho como zonas livres de fumo cresceu em 385 milhões de pessoas nesse período.
Outra forma de ajudar a largar o vício do tabaco foram os serviços médicos que beneficiaram mais 76 milhões de pessoas no mundo todo desde 2008.
Sobre a proposta da OMS de situar o imposto do tabaco a pelo menos 75% de seu valor de mercado, o relatório aponta que a medida afetaria 115 milhões de pessoas mais que em 2008.
Apesar de todas as medidas praticadas, a Organização Mundial de Saúde ressalta que o tabaco ainda mata cerca de 6 milhões de pessoas por ano e causa perdas multimilionárias aos Estados pelos tratamentos médicos necessários para as doenças provocadas pelo vício
Substâncias do cigarro são viciantes
Uma pesquisa divulgada pelo Comitê Nacional para a Prevenção ao Tabagismo na Espanha (CNPT) revelou que os cigarros fabricados hoje usam metade do ‘tabaco autêntico’ que era utilizado há 40 anos. No lugar do tabaco, os fabricantes acrescentam de 400 a 600 substâncias que tornam o cigarro mais ‘viciante’, denunciam os especialistas europeus.
O CNPT também ressaltou que “nicotina pura é menos viciante que o tabaco vegetal”. Ou seja, se os cigarros não tivessem os aditivos, seria mais fácil se livrar da dependência.
Segundo o estudo, muitos dos produtos adicionados ao cigarro não oferecem isoladamente grandes riscos à saúde. Mas, no processo de combustão, podem tornar o cigarro mais viciante. 
As centenas de aditivos no cigarro, como o açúcar, por exemplo, que se transforma em acetaldeído, produto cancerígeno, potencializam os efeitos da nicotina. Já o mentol, usado em cigarros com sabores, aumenta o PH da nicotina, causando mais efeito no cérebro.
As substâncias colocadas no lugar do tabaco autêntico fazem o produto perder o sabor tornando-o mais agradável, conseqüentemente gerando mais consumo pelo fumante.
A denúncia do comitê europeu também destacou a falta de fiscalização do cigarro, já que não há lei que regule o uso de aditivos. A única medida existente seria em relação aos níveis admitidos de alcatrão, nicotina e monóxido de carbono.  
Apesar de muitos especialistas acreditarem que a medida não vá fazer com que os dependentes diminuam a quantidade de cigarros consumidos por dia, a Organização Mundial de Saúde (OMS) levará para a Convenção Quadro para o Controle do Tabaco, que acontecerá em novembro, no Uruguai, proposta que pretende banir a adição dos ingredientes no cigarro.
Há, porém médicos defendendo a medida como forma de evitar que 50% dos jovens brasileiros com até 19 anos experimentem cigarros instigados pelo sabor destes. Sem os aditivos, praticamente todas as marcas seriam iguais, mais fortes e desagradáveis
Cigarro apagado é prejudicial à saúde

O cigarro é perigoso para a saúde e seus malefícios, como câncer de pulmão, de boca e tantos outros prejuízos, podem ser enumerados e comprovados cientificamente. Mas um novo estudo revela que a fumaça que fica impregnada nos locais em que se fuma também é nociva para a saúde, tanto para o fumante ativo quanto para o passivo.

O cigarro mesmo apagado continua sendo maléfico para o organismo, porque as toxinas deixadas pela fumaça no ambiente podem contaminar outras pessoas com suas substâncias cancerígenas. A comprovação é fruto de uma pesquisa realizada pelo laboratório Lawrence Berkeley National, nos Estados Unidos.

Segundo os autores do trabalho, ao se acender um cigarro, a nicotina liberada em forma de fumaça pode ficar depositada por meses nas paredes, móveis, cortinas, carpetes e pisos. A queima do tabaco libera a nicotina na forma de vapor, reage com o ácido nitroso do ambiente, constitui as nitrosaminas cancerígenas específicas do tabaco e aderem nestas superfícies resistindo por um longo período. E as nitrosaminas são as cancerígenas mais ativas e potentes associadas ao tabaco.

 A exposição a estas nitrosaminas passa geralmente pela inalação de pó ou pelo contato da pele com as almofadas, cortinas ou roupas, o que torna as crianças ainda mais vulneráveis. Além dos bebês que sofrem também os efeitos do cigarro, por meio das partículas fixadas nos cabelos e nas roupas, o que aumentam o risco de doenças. As crianças e os bebês estão mais expostos aos riscos do cigarro, porque brincam e engatinham em lugares contaminados pela fumaça e, ainda mais, levam as mãos à boca com freqüência facilitando a contaminação no corpo.

Os riscos do cigarro apagado não eram conhecidos por mais da metade dos fumantes e não sabiam que as crianças e bebês eram os mais suscetíveis nesta situação especialmente

Câncer de boca, fumantes devem ficar atentos

Pessoas com mais de 40 anos que fumam e bebem devem ficar atentas porque são mais propensas a adquirir câncer de boca. Para se prevenir contra a doença deve-se fazer exame bucal com profissional de saúde (dentista ou médico) pelo menos uma vez por ano. Um simples exame utilizando um abaixador de língua com espelhinho e uma lanterna bastam para diagnosticar precocemente o tumor.

O câncer de boca é uma denominação que inclui os cânceres de lábio e da cavidade oral (gengivas, palato duro, linguagem oral e assoalho da boca). O câncer de lábio é o mais frequente em pessoas brancas, e registra maior ocorrência no lábio inferior em relação ao superior. Para se prevenir do câncer de lábio, deve-se evitar a exposição ao sol sem proteção (filtro solar e chapéu de aba longa). As pessoas que estão na mira de adquirir câncer de boca são as com idade superior a 40 anos com vício de fumar cachimbo e cigarro que consomem álccol; a falta de higiene bucal e  o uso de próteses dentárias mal ajustadas também podem ser fatores de risco

O principal sintoma desse tipo de câncer é o aparecimento de feridas na boca que não cicatrizam em uma semana. Outros sintomas são: ulcerações superficiais com menos de dois centímetros de diâmetro, indolor (podendo sangrar ou não) e manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nos lábios ou na mucosa bucal. Dificuldade para falar, mastigar e engolir, além de emagrecimento acentuado, dor e presença de linfodenomegalia cervical (caroço no pescoço), isso quando o câncer de boca já está em estado adiantado.

O tratamento do câncer de boca é a cirurgia e/ou a radioterapia isolada ou associativamente. Para lesões iniciais, tanto a cirurgia quanto a radioterapia têm bons resultados e sua indicação vai depender da localização do tumor e das alterações funcionais provocadas pelo tratamento (cura em 80% dos casos). Segundo o médico Orlando Parise Júnior, o cigarro possui 5.000 substâncias tóxicas que são danosas à saúde. A fumaça do cigarro que chega muito quente (mais de setenta graus) na boca do fumante provocando irritação crônica que obriga a mucosa a reproduzir-se de modo mais acelerado, o que leva à multiplicação de células e ao câncer


Tabagismo na mira da OMS

Uma medida da Organização Mundial de Saúde (OMS) para acabar com o sabor do cigarro pode evitar que 50% dos jovens brasileiros com até 19 anos de idade deixem de experimentar o tabaco. A proposta pretende banir dos produtos ingredientes como saborizantes e açúcares e será discutida pela Convenção Quadro para o Controle do Tabaco, que acontecerá em novembro, no Uruguai. 

Segundo a OMS, esses aditivos aumentariam a atratividade e a toxicidade do cigarro. Sem eles, as drogas passarão praticamente a ser todas iguais, com o mesmo sabor e ficarão mais fortes e desagradáveis.

De acordo com Cristina Perez, técnica da Divisão de Controle do Tabagismo do Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Rio de Janeiro, a grande maioria das marcas de cigarro adiciona açúcar na composição, amenizando o gosto ruim e mascarando as substâncias tóxicas. E quando o cigarro é aceso, o açúcar adicionado ao tabaco se transforma em acetaldeído. Esta substância potencializa os cancerígenos presentes no cigarro e a dependência pela nicotina.

A medida poderá fazer com que adolescentes deixem de experimentar o cigarro, porque segundo revelou uma pesquisa recente 90% dos fumantes começam a fazer uso de cigarros antes dos 19 anos e a maioria alega que foi por causa do sabor. A OMS atualmente considera o tabagismo como uma doença pediátrica devido ao grande número de fumantes ainda não ter nem alcançado a maior idade.

Alguns especialistas, no entanto, não acreditam que a medida vá fazer com que os dependentes diminuam a quantidade de cigarros consumidos por dia. Eles acreditam que serviços específicos existentes hoje na rede de assistência à saúde para parar de fumar são mais eficazes nesse tipo de controle.

Para Cristina Perez é necessário interromper a iniciação ao tabaco. Se as substâncias que amenizam o gosto ruim do cigarro forem retiradas, muitos jovens vão deixar de experimentar. Isso é fundamental, conclui


Nicotina: estudo diz que ela se concentra gradualmente no cérebro  


Diversos estudos já publicados afirmam que a nicotina chega rapidamente ao cérebro, mas poucos trazem provas sobre isso. Agora, pesquisadores da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, disseram que a nicotina se concentra gradualmente no cérebro dos fumantes – e não instantaneamente, como se acreditava. O estudo, que foi publicado na “Proceedings of the National Academy of Science“, pode indicar novas maneiras para uma pessoa abandonar o cigarro. A nicotina é o ingrediente ativo nos produtos derivados do tabaco.

Ela atua em receptores do cérebro que normalmente reconhece o neurotransmissor acetilcolina, que está associado a mecanismos cerebrais de vigília e alerta. É por isso, segundo os médicos, que o fumante diz que o cigarro melhora sua concentração e o deixa mais calmo. O problema maior da nicotina é que ela é uma substância que causa habituação, pois a falta do tabaco provoca no fumante sintomas desagradáveis por causa da dependência. Apesar de parecer que o fumo do tabaco não provoca lesões no cérebro, ele é extremamente destrutivo para os pulmões, pois a exposição prolongada ao fumo pode levar ao aparecimento de câncer de pulmão, além de outras doenças pulmonares e do coração.

Para realizar a pesquisa, o coordenador Jed Rose acompanhou imagens do cérebro de 13 fumantes regulares e dez que fumavam ocasionalmente, uma indicação de que não eram viciados em nicotina. Os níveis máximos da substância no cérebro foram registrados de três a cinco minutos após a tragada e não sete segundos depois, como se acreditava. Mas é mais rápida no grupo dos usuários ocasionais. Rose explica que este ritmo lento se deve ao fato de que a nicotina permanece mais tempo nos pulmões dos viciados, talvez devido ao efeito crônico do fumo nesses órgãos respiratórios.

Estima-se que mais de 100.000 pessoas morrem por ano na Grã-Bretanha devido a doenças provocadas pelo tabaco. De acordo com o professor titular de Doenças Pulmonares e Pneumologia do Centro de Pesquisas Médicas e Biológicas de Sorocaba, São Paulo, José Rosemberg, no mundo morrem prematuramente 4 milhões de fumantes por ano. “Temos 1,2 bilhão de fumantes. Se você juntar a isso os 2 bilhões de fumantes passivos, então o tabaco é a pior epidemia que estamos enfrentando. Metade da população mundial sofre direta ou indiretamente os efeitos do cigarro”, conclui um dos mais ferrenhos inimigos do tabagismo




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