NOSSAS EXPERIÊNCIAS

17 de dez. de 2011

Cigarro pode matar 8 milhões de pessoas por ano, alerta OMS 

Oito milhões de pessoas até o ano de 2030 morrerão anualmente em conseqüência do tabaco, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS). Aproximadamente 80% destas mortes prematuras acontecerão em países menos desenvolvidos. Segundo o relatório divulgado pela OMS, no decorrer do século 21, o tabaco pode matar 1 bilhão de pessoas se não forem tomadas medidas urgentes para conter os fumantes.

A OMS ressalta que foram registrados avanços em todas as áreas e que já são 30 os países que incluíram em suas legislações alguma medida contra o tabaco.

As campanhas midiáticas de conscientização sobre os perigos do tabaco foram realizadas em 23 países entre 2009 e 2010 e chegaram a 1,9 bilhão de pessoas (28% da população mundial). E o maior progresso foi alcançado na inclusão de advertências sobre os danos para a saúde do tabaco nos maços, medida que desde 2008 protege mais 458 milhões de pessoas — mais que o dobro da população coberta por esta medida antes dessa data

Além disso, o número de pessoas protegidas por leis que proíbem a publicidade de marcas de cigarro aumentou em 80 milhões desde o ano de 2008, enquanto a população coberta por leis que declaram todos os espaços públicos e centros de trabalho como zonas livres de fumo cresceu em 385 milhões de pessoas nesse período.

Outra forma de ajudar a largar o vício do tabaco foram os serviços médicos que beneficiaram mais 76 milhões de pessoas no mundo todo desde 2008.

Sobre a proposta da OMS de situar o imposto do tabaco a pelo menos 75% de seu valor de mercado, o relatório aponta que a medida afetaria 115 milhões de pessoas mais que em 2008.

Apesar de todas as medidas praticadas, a Organização Mundial de Saúde ressalta que o tabaco ainda mata cerca de 6 milhões de pessoas por ano e causa perdas multimilionárias aos Estados pelos tratamentos médicos necessários para as doenças provocadas pelo vício


                                Substâncias do cigarro são viciantes

                                                                     

Uma pesquisa divulgada pelo Comitê Nacional para a Prevenção ao Tabagismo na Espanha (CNPT) revelou que os cigarros fabricados hoje usam metade do ‘tabaco autêntico’ que era utilizado há 40 anos. No lugar do tabaco, os fabricantes acrescentam de 400 a 600 substâncias que tornam o cigarro mais ‘viciante’, denunciam os especialistas europeus.

O CNPT também ressaltou que “nicotina pura é menos viciante que o tabaco vegetal”. Ou seja, se os cigarros não tivessem os aditivos, seria mais fácil se livrar da dependência.

Segundo o estudo, muitos dos produtos adicionados ao cigarro não oferecem isoladamente grandes riscos à saúde. Mas, no processo de combustão, podem tornar o cigarro mais viciante. 

As centenas de aditivos no cigarro, como o açúcar, por exemplo, que se transforma em acetaldeído, produto cancerígeno, potencializam os efeitos da nicotina. Já o mentol, usado em cigarros com sabores, aumenta o PH da nicotina, causando mais efeito no cérebro.

As substâncias colocadas no lugar do tabaco autêntico fazem o produto perder o sabor tornando-o mais agradável, conseqüentemente gerando mais consumo pelo fumante.

A denúncia do comitê europeu também destacou a falta de fiscalização do cigarro, já que não há lei que regule o uso de aditivos. A única medida existente seria em relação aos níveis admitidos de alcatrão, nicotina e monóxido de carbono.  

Apesar de muitos especialistas acreditarem que a medida não vá fazer com que os dependentes diminuam a quantidade de cigarros consumidos por dia, a Organização Mundial de Saúde (OMS) levará para a Convenção Quadro para o Controle do Tabaco, que acontecerá em novembro, no Uruguai, proposta que pretende banir a adição dos ingredientes no cigarro.

Há, porém médicos defendendo a medida como forma de evitar que 50% dos jovens brasileiros com até 19 anos experimentem cigarros instigados pelo sabor destes. Sem os aditivos, praticamente todas as marcas seriam iguais, mais fortes e desagradáveis


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