NOSSAS EXPERIÊNCIAS

28 de mar. de 2012


Meu nome é Leandro, tenho 27 anos.

 Sou Cadeirante a 13 anos, fruto de uma doença genética(amiotrofia espinhal tipo 2) que evolui, causando fraqueza e perda muscular e me fez parar de andar na minha adolescência.
Confesso que foi complicado, estar nessa nova situação, pois eu conseguia fazer tudo sozinho, não dependia muito de outras pessoas, e de uma hora pra outra estava eu ali dependente. Mas como nessa vida nada é permanente, e GRAÇAS A DEUS, A MINHA FAMÍLIA E AMIGOS, consegui superar essa fase, e hoje levo uma vida normal, como a de qualquer outra pessoa, é lógico que as limitações elas existem, mas como diz a música do movimento superação "SUPERAR É O ESQUEMA", e estamos aê superando dia-a-dia, trabalhando, estudando, amando(rs, importante neh!), resumindo: "tamô aê" VIVENDO, chego a conclusão, que tudo que acontece na nossa vida, tudo coopera para o nosso bem.
Fiquem com DEUS.


Depoimento de Michelle
Dia 28 de Dezembro de 2006, voltava do trabalho levando uma colega do serviço na garupa da minha moto até minha casa, quando despercebida, entrei em uma rua errada e foi quando bati em um carro. No tombo bati com as costas na guia e perdi os movimentos das pernas, inclusive a sensibilidade, minha colega sofreu apenas alguns arranhões.
Muitas coisas mudaram, tive que aprender a ser independente novamente, era tudo o que mais queria. Nunca achei que estar em uma cadeira de rodas impediria de fazer as coisas que gostava, lógico que o que eu não sabia era que poderia fazer muito mais do que imaginava. Cada coisinha que aprendia e me dava mais independência, me deixava extremamente feliz, como a primeira vez que sentei na cama sozinha, a primeira transferência do carro pra cadeira, primeiro banho sem precisar de ajuda pra nada, fora isso, tinha minha casa pra cuidar, então cozinhava, organizava tudo que estivesse ao meu alcance. A primeira vez que andei de ônibus foi após 10 meses de lesão, fiquei tão orgulhosa de mim, pude ver que estava lidando com a situação muito bem. Em menos de um ano já era uma cadeirante super ativa.
Comecei a jogar tênis, nem sabia que existia esse tipo de esporte para cadeirante, ainda não participei de torneios, mas estou muito ansiosa para participar! Depois que comecei a fazer teatro na Oficina dos Menestréis conheci muita gente bacana, aprendi muitas lições que levarei por toda vida.
Com o acidente pude constatar que aquele velho ditado de que "existem males que vem para o bem" era verdadeiro. Minha vida mudou completamente e diferente do que muitos imaginam, mudou pra bem melhor. Hoje vivo rodeada de pessoas verdadeiras, faço coisas que jamais sonhava em fazer antes, sou reconhecida pelo meu esforço e vontade de viver.

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