TURISMO SEXUAL NAS PRAIAS BRASILEIRAS É ALVO DE DOCUMENTÁRIO.
Todo ano, milhares de brasileiras cruzam o oceano atlântico em busca de um sonho: arrumar um marido europeu e abandonar de vez a vida que levam em várias cidades brasileiras. Muitas, no entanto, veem que viver em países como Portugal, Espanha, Itália e Alemanha não é tão fácil assim. Com isso, tornam-se prostitutas e bailarinas de casas noturnas. Casos como esses estão registrados no documentário Cinderelas, lobos e um príncipe encantado, do diretor Joel Zito Araújo (A negação do Brasil e Filhas do vento), uma das estreias da semana.
As imagens do longa-metragem se dividem entre Brasil, Itália e Alemanha. Na fita, há depoimentos de brasileiras que fizeram esse trajeto e perceberam que a realidade era bem diferente do que imaginavam. A prostituição em cidades nordestinas também está presente no filme. Há, porém, alegria em Cinderelas, lobos e um príncipe encantado. Entrevistas com mulheres que se deram bem e arrumaram o tão sonhado “príncipe encantado” na Europa. O foco, entretanto, é mostrar a disparidade existente entre esses dois mundos — o das cinderelas e o dos lobos — sem fazer julgamento dos personagens retratados.
Além do turismo sexual, temas como racismo, imigração e pedofilia permeiam boa parte da obra de Joel. Porém, o sonho dessas meninas em encontrar um “príncipe” é o que ilustra boa parte do longa — exibido no Festival do Rio e premiado com menção honrosa no Festival Internacional de Cinema de Brasília, ambos em 2008.
Disparidades entre dois mundos são o foco de novo documentário brasileiro.
- Ronaldo Mendes -
Robson Oliveira/Divulgação.
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