NOSSAS EXPERIÊNCIAS: Álcool mata. Mas quem se importa?

14 de dez. de 2011

Álcool mata. Mas quem se importa?

A Lei Seca parece estar pegando, as políticas públicas vêm evoluindo, o preconceito diminuiu. O alcoolismo vem sendo mais bem compreendido nos últimos 20 anos. Mas a maioria dos brasileiros ainda não acredita que a dependência do álcool seja doença – nem que o único remédio para o dependente, muitas vezes, seja parar de beber. Foi o que fez o jornalista e escritor Ruy Castro, ex-marido da autora do texto, há 21 anos – e ele não tem do que reclamar. Foi essa também a escolha do médico que o ajudou na época e de algumas pessoas que resolveram contar suas histórias. Todas elas só têm motivos para comemorar – sem álcool. E desejam que muitos outros brasileiros aprendam a lidar com essa doença tão social e tão traiçoeira.
Diz a :
Jornalista Alice Sampaio.
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Quando saiu a Lei Seca, em junho de 2008, pipocaram reportagens abordando esquemas alternativos criados por donos de bares (mandar o cliente para casa de táxi ou de van) e pelos freqüentadores (fazer rodízio para ter um motorista sóbrio), ao lado de protestos de inconstitucionalidade e outros. Mas o que levou as autoridades a determinar a prisão de quem dirigisse depois de consumir apenas dois chopes? Afinal, as pessoas abusam tanto assim da bebida?

                                                                                                                  

O álcool é a droga mais consumida no mundo, e dirigir alcoolizado é um dos nossos principais problemas de saúde pública. O I Levantamento Nacional sobre os Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira, realizado em 2007, acusou: dois terços dos indivíduos que dirigiram alcoolizados fizeram isso depois de consumir três doses de álcool duas a três vezes no último ano - ou seja, a maioria bebeu mais do que o limite legal do Brasil antes da Lei Seca. E 61% da bebida consumida era justamente cerveja ou chope. Os números são claros: segundo dados do Ministério da Saúde de março de 2009, os atendimentos de urgência caíram em média 11,5% em 17 das 26 capitais pesquisadas, e houve uma redução de 20,5% no número de vítimas fatais em acidentes de trânsito. E o balanço anual divulgado pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) também em março revelou que as mortes em acidentes no trânsito paulistano diminuíram 6% em 2008 - com apenas seis meses da lei mais rigorosa.

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Realizado pela Secretaria Nacional Anti-drogas (Senad) em parceria com a Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas (Uniad) do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o I Levantamento Nacional foi coordenado pelo médico psiquiatra Ronaldo Laranjeira e revelou uma realidade infinitamente mais dramática: temos aproximadamente 12% de alcoólatras - cerca de 15 milhões de pessoas! Da população pesquisada, com idade de 14 a 65 anos, 52% bebe: metade ocasionalmente, e metade, com freqüência. Dos que bebem com freqüência, metade é dependente e os outros 12% são bebedores abusivos. Beber abusivamente, ou de maneira nociva, significa consumir cinco ou mais doses uma ou mais vezes por semana (no caso das mulheres, quatro doses ou mais). Esse levantamento e outros estudos recentes indicam também que os jovens estão começando a beber por volta dos 12 anos. Na região Sul, o quadro é pior. Reportagem publicada em 2008 no jornal Zero Hora, sob o título "Infância assolada pelo álcool", alertava que os hábitos culturais da serra gaúcha fazem crianças de apenas cinco anos começarem a beber vinho por influência dos familiares.

Um comentário:

  1. boa noite meu nome e juliana farias eu fui casada com um alcoolatra o alcolismo e muito muito mais seririo do que imaginamos destrói família amigos carater comsiencia responsabilidad no começo e legal a pessoa se diverte no meio vai ficamdo inconveniente no fim so se voce amar muito pra aguentar cheiro entre outras coisas e muito muito sério eu perdi pra bebida veio uma cirrose vc n tem noção o que e a cirrose e orrivel e algo so quem passa pode explica e comprender se vc tiver a oportunidade de se tratar va antes que seja tarde de mais

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